Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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“Flávio Rocha está para a UDN, como estou para o PSB”, compara Josué Gomes da Silva

Amigo há mais de três décadas do dono do Riachuelo, o presidente da Coteminas diz que Brasil precisa de debate qualificado de ideias plurais nas eleições.

No último dia de agosto do ano passado, o empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011, disse que toparia o desafio de ser vice-presidente do país com uma condição: a chapa teria de ser encabeçada pelo empresário Flávio Rocha. Seis meses depois, Rocha está próximo de se lançar como alternativa à disputa presidencial, e Silva não economiza nos elogios ao dono da Riachuelo. “O Flávio é um brasileiro inteligente, preparado, competente e que levará suas ideias ao Brasil”, diz. Amigos há mais de três décadas, os empresários são colegas em três entidades do setor produtivo: Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), IDV (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) e Abit (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial]. Ambos têm uma regularidade de encontros para além de suas agendas de empresários.

O dono Coteminas, também cortejado para ser vice de outros presidenciáveis, como Ciro Gomes e Lula, diz que ele e Rocha concordam no essencial, na vontade de construir um Brasil melhor. Pondera, no entanto, que há divergência de ideias, e para isso faz uma analogia histórica: “Se tivéssemos vivendo no passado, eu provavelmente fosse um membro do antigo Partido Socialista Brasileiro (PSB). E o Flávio, provavelmente, fosse um membro da antiga União Democrática Nacional (UDN)”, compara. O PSB foi fundado em 1947 a partir da Esquerda Democrática, grupo que reunia opositores ao Estado Novo. Antigetulista, o partido tinha inspirações em ideias socialistas e liberais. A UDN, também contrária a Getúlio Vargas, surgiu em 1945, com orientações liberal e conservadora.

Segundo Silva, o mais importante durante o processo eleitoral este ano será um debate qualificado, com pontos de vistas divergentes. “Esse debate de ideias divergentes é que acho que levará um Brasil a um caminho melhor. Precisamos, com urgência, reunificar o país”, disse. “Eu e o Flávio somos prova viva disso.” Confira a entrevista.

ÉPOCA - Como conheceu o Flávio e que tipo de relações vocês têm hoje em dia?
Josué Gomes da Silva – 
O Flávio é nosso cliente [na Coteminas] há mais de três décadas e ao longo desse período se desenvolveu uma relação de amizade entre as famílias. Meu pai, José Alencar, tinha pelo senhor Nevaldo Rocha, pai do Flávio, amizade e respeito, sentimentos que foram transmitidos aos filhos. Hoje em dia temos muita participação em entidades de classe. O Flávio e eu somos colegas do Iedi [Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial], que presidi quando ele ingressou no quadro. Além disso, o Flávio foi o fundador do IDV [Instituo para o Desenvolvimento do Varejo], que foi criado quando ele percebeu que o IEDI, como think tank da indústria, prestava um serviço muito bom ao setor industrial. E criou o IDV, que é um sucesso como entidade de classe participativa. Somos também colegas na Abit [Associação Brasileira da Indústria Têxtil], que também presidi, onde também somos colegas. Nos encontramos com muita frequência em entidades de classe. Infelizmente, nos últimos tempos, tenho sido menos assíduo nessas entidades, mas a amizade é muito grande e nos encontramos com periodicidade.

ÉPOCA – Qual sua opinião sobre o Brasil 200, movimento fundado pelo Flávio Rocha?
Silva - 
Tenho visto notícias a respeito. Eu e o Flávio somos uma demonstração do que o Brasil precisa. Nos respeitamos e nos admiramos, ainda que em algumas questões tenhamos pensamentos diferentes. O Brasil precisa de um debate de ideias qualificadas, ainda que muitas vezes divergentes. Tanto eu, quanto ele, sabemos que ambos queremos o melhor para o país. Obviamente há pontos altamente importantes nas posições do Flávio, como acredito que ele acha que tenha na minha posição que são importantes ao Brasil. Esse debate de ideias divergentes é que acho que levará um Brasil a um caminho melhor. Precisamos, com urgência, reunificar o país. Eu e o Flávio somos prova viva disso. Os dois, amigos fraternos, pessoas que se admiram e se respeitam, mas  que não necessariamente pensam em tudo exatamente igual.

HERANÇA Josué Gomes da Silva vai atrás do legado eleitoral do pai, José Alencar, ex-vice (Foto: Zanone Fraissa/Folhapress)

ÉPOCA - Esses pontos de divergências de vocês está relacionado à defesa do Flávio de um conservadorismo nos costumes?
Silva - 
A melhor maneira para, digamos, descrever um pouco a pequena nuance de diferença seria a seguinte imagem:  se tivéssemos vivendo no passado, eu provavelmente fosse um membro do antigo PSB. E o Flávio provavelmente fosse um membro da antiga UDN. Porque recorro aos partidos do passado? Em geral hoje os partidos se tornaram legendas que não aglutinam mais ideias. Talvez o Novo seja uma exceção. É um partido que surgiu com uma proposta muito clara e definida e cujos membros aderem àquele conjunto de princípios. Entrar em detalhes em aspectos específicos é mais difícil. Acho que essa imagem [PSB e UDN] é a melhor forma de descrever um pouco as diferenças de opinião. Os dois partidos tinham valores e nomes históricos importantíssimos, excepcionais que são até hoje paradigmas para políticos no Brasil -- ou deveriam ser pelo menos.

ÉPOCA - Como acredita que a religião do Flávio, evangélico da Sara Nossa Terra, o  inspira politicamente?
Silva - 
Também sou cristão, mas católico. Não acompanhei a aproximação do Flávio à Sara, que é também uma das expressões importante do cristianismo do Brasil. Não acho que, necessariamente, tenha sido [a defesa do conservadorismo nos costumes] ligado à religião. Podem ser crenças mesmo do Flávio. Nesse aspecto sou muito conservador nos meus costumes, na minha vida. Mas sou, talvez, defensor da liberdade do indivíduo. Acho que um cidadão já formado, pai de família, tem condição melhores do que qualquer um de julgar o que é bom pra ele, filhos e família.

ÉPOCA - Votaria no Flávio, caso se candidate?
Silva – 
O Flávio é um brasileiro inteligente, preparado, competente e que levará suas ideias ao Brasil. Se ele se eleger aplaudirei de pé. Tenho certeza que ele, como outros que disputarão as eleição, vão levar o que eles acreditam ser o melhor ao país. Um debate qualificado é o que de mais rico pode acontecer nessa eleição. A melhor maneira para unificar o país é ter um grande número de candidatos, que coloque a coisa pública acima dos interesses pessoais. E a melhor ideia que vença. Não tem nenhuma ideia que tenha que tenha só qualidade, sem defeitos. O ideal é que a população consiga extrair o melhor de que cada das sugestões que vieram à tona. O pior é entrar em um debate não qualificado. E o Flávio só enriquecerá as discussões. A presença dele em uma chapa só trará um debate mais qualificado. É inteligente, preparado e tem suas convicções.

LUÍS LIMA

https://epoca.globo.com/politica/noticia/2018/03/flavio-rocha-esta-...

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Respostas a este tópico

  O dono Coteminas, também cortejado para ser vice de outros presidenciáveis, como Ciro Gomes e Lula, diz que ele e Rocha concordam no essencial, na vontade de construir um Brasil melhor. 

Prezados Amigos

Hj e sempre o problema do Brasil está na maneira que o STF é constituído.
Quslquer pessoa comprovadamente honesta,diligente,com iniciativa é inteligente governa o País.
Honesta quer dizer com folha corrida,em todas as instâncias,100% ilibada.
O novo presidente deve ter consciência que o STF deve ser constituído por 23 juízes que seriam escolhidos democraticamente pelo colegiado dos TJ de cada Estado.
Não haveria mais a indicação pelo Presidente da República.
Todos os eleitos devem fazer juramento público de absoluta fidelidade a Constituição.
A presidência do STF pode suspender das atividades aquele que infringir o decoro,a normas de civilidade e afrontarem a Constituição.
Luiz Eduardo
O novo presidente também tem que ser comprovadamente um bom gestor cujos referenciais seja multi nacionais de países evoluídos.
O Ciro Gomes que fala tanto em elevada carga tributária no Brasil,será que,quando Givernafir,reduziu o Icms para os consumidores de energia elétrica e água potável?Tambem reduziu a alicota do icms dos produtos da cesta básica e da construção civil para reduzir o custo de vida e da moradia?Sera que reduziu os impostos estaduais e municipais dos artigos de limpeza para melhorar as condições de higiene da população e tambémde dos protetores solares para redução do câncer de pele?
Falar é fácil,mas praticar aquilo que prega é outra coisa bem diferente.

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