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As 100 empresas listadas no ranking faturaram um total de 217 bilhões de dólares, um crescimento de 1% em moeda constante, 5,8 pontos percentuais inferior ao crescimento ajustado de 6,8% no ano anterior. 57 dessas empresas aumentaram suas vendas no ano. Os 5 primeiros players do luxo - LVMH, Estée Lauder, Richemont, Luxottica e Kering - reafirmaram suas posições, com exceção da Estée Lauder, que subiu para o segundo lugar, ultrapassando a Richemont, que caiu para o terceiro.
A Itália foi novamente o país com maior número de empresas no ranking (24), seguida por Estados Unidos (13), Reino Unido (10) e França (9). A França, por sua vez, teve a maior participação em vendas, com 24,3%, um aumento de 5.8% em relação ao ano anterior; seguida por Estados Unidos, com 20,1%, um crescimento de 1.7%; e Itália, com 15,6%, um aumento de 1.0%. A China, a França, a Alemanha, a Itália, a Espanha, a Suíça, o Reino Unido e os Estados Unidos representaram, juntos, 83% das 100 maiores empresas de artigos de luxo e 90% das 100 maiores vendas de artigos de luxo.
Por setor, o de vestuário e calçados foi o que apresentou o maior número de empresas no ranking, 38, apesar de vendas com aumento de apenas 0,2% em relação ao ano anterior. O setor que teve melhor desempenho nas vendas no ano fiscal de 2016 foi o de cosméticos e perfumaria (11 empresas), com aumento de 7,6%, seguido pelo de bolsas e acessórios (9 empresas), com um aumento de 3,4%. Já para o de relógios e joias (31 empresas), o ano foi particularmente difícil, resultando em uma queda de -4% nas vendas.
O Brasil marcou presença no relatório com a varejista Restoque, maior empresa do setor de vestuário e acessórios de alto padrão no país, e proprietária de marcas como Le Lis Blanc, Dudalina e Rosa Chá, John John e Bobô. A empresa registrou um lucro liquido de 33,1 milhões de reais em 2017, e apareceu no 80º lugar do ranking. A Restoque e a japonesa Sanyo Shokai foram as únicas empresas do ranking que relataram uma perda líquida.
O relatório destacou que 2016 foi um ano muito desafiador para o mercado de luxo brasileiro e o crescimento que muitas empresas e varejistas esperavam não se concretizou em 2017. Ele ressaltou que as crises políticas e econômicas afetaram o consumo de artigos de luxo, que teve queda pelo segundo ano consecutivo. Segundo a Deloitte, o ano de 2018 deverá apresentar um cenário econômico melhor para as vendas de artigos de luxo no Brasil.
Segundo Patrizia Arienti, EMEA Fashion & Luxury Leader da Deloitte, "O mercado de luxo se recuperou da incerteza econômica e das crises geopolíticas, aproximando-se das vendas anuais de 1 trilhão de dólares no final de 2017". "A indústria de bens de luxo enfrentou uma série de mudanças nas últimas duas décadas. Atualmente, as tendências econômicas variadas, a rápida transformação digital e as preferências e gostos dos consumidores estão criando um novo cenário competitivo, onde as estratégias corporativas tradicionais estão sob ameaça”.
Patrizia Arienti ressaltou que as perspectivas para 2018 são bastante positivas, embora a volatilidade possa ameaçar a expansão do mercado. "O crescimento da indústria de bens de luxo continuará, ao contrário de vários outros setores. No entanto, para voltar a uma taxa estável e sólida de crescimento de vendas, os jogadores de luxo têm que enfrentar novos desafios e lidar com eles de uma forma decisiva”.