Empresas dão destino correto a cerca de 400 toneladas de sobras de materiais têxteis
Com 1,3 mil empresas e uma produção estimada em 114 milhões de peças por ano, o polo de moda íntima de Nova Friburgo busca ser referência também quando o assunto é descarte de resíduos sólidos. Por mês, de acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, as empresas dão destino correto a cerca de 400 toneladas de sobras de materiais têxteis. E esse destino chega em tecnologia para evitar desperdício, contratação de empresa especializada para recolhimento do lixo ou até mesmo doação das sobras de confecção para artesãos e empresas do município.
Segundo o Fórum da Moda da Firjan, em 2020, o impacto social e ambiental com relação aos resíduos têxteis estará solucionado na região. E a tecnologia ajudará nesse processo. A Uerj, por exemplo, desenvolve uma máquina, chamada de Recicladora, que transforma em pó os resíduos do polo e, junto com outros materiais, pode ser utilizado na construção civil e movelaria.
A Lucitex, fábrica de lingerie que completa 35 anos em Nova Friburgo, utiliza um software para o corte das peças em que 80% do tecido é aproveitado. E o que ainda sobra vai para uma empresa especializada em reutilização do material, usada até na fabricação de proteção para automóveis. Para incentivar outras indústrias, a Lucitex criou, em parceria com a Firjan, um Protocolo de Gestão Responsável dos Resíduos da Indústria da Confecção.
“Queríamos ter o mínimo de descarte no final da produção. É preciso que as empresas tenham essa consciência ecológica, pois não dá para depositar esses resíduos em aterros”, destacou a diretora financeira da fábrica Nelci Layola Porto.
Muitas indústrias do polo doam aparas para o Centro de Formação Profissional e Transferência Tecnológica para a Indústria do Vestuário de Friburgo (Cevest). Os restos de tecido e aviamento se transformam em peças como tapetes, bolsas e porta-moedas. Além de reciclar, gera economia na cidade e interação social dos moradores. Na comemoração dos 200 anos de Nova Friburgo, em maio, 100 bonequinhos foram confeccionados por alunos do Cevest, sendo 70% com material doado pelas empresas.
Tecido vira acessório
De quarta-feira a domingo, Friburgo receberá a 28ª edição da Fevest. A Monthal, uma das marcas do evento, lançará uma linha de acessórios fabricadas com reaproveitamento de tecidos têxteis, em parceria com a marca Zóia. “Criamos um novo conceito de moda sustentável para disseminar ainda mais o consumo consciente”, disse Felipe de Souza, gerente da Monthal.
Reaproveitamento também é o lema da EcoModas, que produz alpargatas ecologicamente corretas com sobras de tecidos de poliamida e poliéster das confecções de moda praia e fitness. A palmilha, por exemplo, é fabricada com espumas de bojos das indústrias de Friburgo.
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Que seja um exemplo para outros polos da área têxtil e de confecção.
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