Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Entidades representantes do setor têxtil e do setor calçadista relataram preocupações em relação à proposta de abertura da economia, em fase de elaboração por aliados de Jair Bolsonaro (PSL), eleito presidente da República para o próximo mandato.

Resultado de imagem para imagens da industria textil

“Somos favoráveis à abertura comercial, mas não concordamos com uma abertura unilateral da economia brasileira. Uma abertura comercial, sem uma agenda de competitividade é uma loucura, que só vai prejudicar o setor industrial brasileiro”, afirmou Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

Pimentel também disse que o setor tem restrições à proposta de fundir o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços com o Ministério da Fazenda. “Países do mundo todo desenvolvem políticas industriais com pessoas qualificadas para cuidar da área. Não pode ser uma secretaria dentro da Fazenda. A Fazenda trabalha com a visão de contas públicas e não com a visão setorial”, afirmou.

Na quarta-feira passada, Bolsonaro divulgou um vídeo na internet em que revê essa proposta. Segundo ele, após receber reclamações de representantes da indústria, decidiu manter o MDIC. “Se esse é o interesse deles [empresários], para o bem do Brasil vamos mantê-lo. Sem problema nenhum”, afirmou.

O presidente da Abit considerou positivas as propostas de Bolsonaro de aumentar a segurança jurídica, desburocratizar serviços públicos e trabalhar nas reformas da previdência, fiscal e política. “O governo tem que avançar nas reformas. Temos que ir destravando o país para que o investimento venha, venha o emprego, venha o consumo. A situação não é tranquila. Os desafios são muitos e não há tempo a perder”, afirmou.

Heitor Klein, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) também relatou preocupação com a proposta de abertura comercial. “É preciso saber se a abertura comercial vai ser feita à medida que houver uma redução no Custo Brasil. Hoje temos uma proteção alta sobre os produtos importados porque os encargos tributários da produção doméstica são altos.”

Na avaliação dele, se o futuro governo adotar uma política bem estruturada para o setor industrial, que estimule a geração de emprego, isso por si só resolverá muitos problemas sociais e fiscais do país. “A geração de emprego deveria ser a preocupação número um do governo”, disse Klein.

No setor de calçados, segundo Klein, as empresas operam com capacidade ociosa elevada e não há intenção de investir em novas fábricas ou na contratação de pessoal. “As empresas só vão investir com crescimento firme da demanda. Há aumento da demanda agora, mas não prevejo avanços no primeiro semestre de 2019”, disse. Ele estima que a produção de calçados ficará estável no país neste ano.

https://www.pressreader.com/brazil/valor-econ%C3%B4mico/20181030/28...

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

Exibições: 1037

Responder esta

Respostas a este tópico

  

“É preciso saber se a abertura comercial vai ser feita à medida que houver uma redução no Custo Brasil. Hoje temos uma proteção alta sobre os produtos importados porque os encargos tributários da produção doméstica são altos.”

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço