Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Alpargatas Brasil Quer Totalidade da Subsidiária Argentina

BUENOS AIRES - A Alpargatas Brasil anunciou que encaminhou um pedido de autorização para adquirir 3,58% das ações que ainda não controlava da Alpargatas Argentina. Desta forma, a Alpargatas, controlada pelo Grupo Camargo Correa, que atualmente possui 96,42% do capital social da filial em Buenos Aires, teria 100% das ações.

A Alpargatas Argentina conta com 4 mil operários distribuídos em dez fábricas na Argentina e uma no Uruguai.

O diretor-geral da Alpargatas em Buenos Aires, Javier Goñi, afirmou que a decisão de obter o controle total da companhia "demonstra a confiança a longo prazo no país e as possibilidades de desenvolvimento da empresa".

Assim que o pedido de compra das ações restantes seja autorizado pela Comissão de Valores, os papéis serão transferidos ao nome da Alpargatas Brasil.

A Alpargatas, fundada em 1885 é o símbolo por excelência do setor têxtil argentino.

Em 2008 o governo da presidente Cristina Kirchner autorizou a compra da Alpargatas Argentina por parte da São Paulo Alpargatas (Spasa), uma subsidiária do grupo Camargo Correa.

Na época, a autorização, comunicada pela Comissão Nacional de Defesa da Concorrência, permitiu a aquisição de 60,18% do capital acionário da Alpargatas. Nos anos seguintes a empresa continuou adquirindo mais ações da empresa na Argentina.

A Alpargatas foi apenas mais um dos símbolos do capitalismo argentino que passou às mãos brasileiras. Desde a crise de 2001-2002, a presença de empresas provenientes do Brasil espalhou-se nos mais diversos setores da economia da Argentina, desde a produção têxtil, passando por combustíveis, até a área financeira.

Na Argentina, a Camargo Correa está presente no setor de cimento argentino desde que comprou outro ícone empresarial deste país, a Loma Negra. A Camargo Correa também atua na área têxtil por meio da Santista - em conjunto com a Coteminas - na empresa Grafa (uma das maiores fábricas argentinas de toalhas).

VIGÉSIMO-SÉTIMO - Em 1995, o empresário Franco Macri - na época, ícone do capitalismo argentino - foi duramente criticado por afirmar que "a Argentina está a ponto de tornar-se o vigésimo-sétimo estado do Brasil", em alusão ao crescente poderio econômico brasileiro e a simultânea decadência argentina. Na ocasião Macri foi acusado de "alarmista". Atualmente, sua frase é encarada como "profética".

Desde a crise de 2001-2002, a pior da História argentina - quando os capitais europeus e americanos desconfiavam do país - as empresas brasileiras decidiram correr o risco e investiram intensamente na Argentina.

Atualmente, as empresas brasileiras controlam um terço do mercado de combustíveis, mais da metade da produção de cimento, superam os 60% da produção de aço e dominam 70% da fabricação do denim. De quebra, o capital brasileiro é responsável por dois terços das cervejas consumidas pelos argentinos, além de uma presença crescente nos frigoríficos instalados no país.

Nos últimos dez anos a AmBev adquiriu a centenária cervejeira Quilmes; a Petrobrás passou a controlar a energética Pérez Companc; o JBS-Friboi ficou com o frigorífico Swift, enquanto que a Marfrig tornou-se o principal acionista da Quickfood. A Coteminas e a Santista instalaram-se no norte do país, enquanto que a Paquetá abriu uma fábrica de calçados na província de Buenos Aires. No ano passado o Banco do Brasil assumiu o controle do argentino Banco Patagônia

Fonte:|http://estadao.br.msn.com/economia/alpargatas-brasil-quer-totalidad...

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ABAJO LOS COLONIALISTAS BRASILENOS - Dira a plebe a la Hugo Chaves, como nos (eu incluso) berrava nos anos 60s : ABAIXOS OS IMPERIALISTAS AMERICANOS, e assim segue a humanidade pelos Mensaloes afora! SdM

 

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