Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Busca de tecnologias, tanto nos processos produtivos, como na utilização de matérias-primas sustentáveis vem se tornando uma realidade

Desde 2004, a São Paulo Fashion Week, principal evento de moda do país, é considerado um dos cases mundiais de inovação.

A moda é um processo natural de economia criativa. Ela está em constante desenvolvimento e inovação. Mas esta visão não existia há cerca de 30 anos no país, quando não se pensava em moda, mas sim em roupas. Hoje, este conceito mudou e o Brasil já visualiza os resultados.

Exemplo disso é o modelo de gestão da São Paulo Fashion Week, principal evento de moda do país, considerado um dos cases mundiais de economia criativa desde 2004 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com a campanha mundial "Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", conhecida no Brasil por "8 Jeitos de Mudar o Mundo".

Há 15 anos, ter introduzido a moda num país onde a carga tributária é uma das maiores do mundo e existem deficiências na infraestrutura, já foi inovar.

"O Brasil tem extrema vocação nessa área, pois é um país que usa invenções em meio às crises", diz Graça Cabral, diretora de parcerias estratégicas da empresa Luminosidade, criadora e organizadora do evento.

Segundo Cabral, que também é sócia da Hot Spot, incubadora de novos talentos de moda no país, o design de roupas é o intangível brasileiro e se enquadra no molde de economia criativa por se sustentar em quatro pilares: social, cultural, econômico e ambiental.

"A moda emprega muita gente, tem caráter de negócios e vive em constante inovação", afirma.

O design diferenciado brasileiro pode ser apontado pela grife Osklen, marca de roupas femininas e masculinas nascida no Rio de Janeiro em 1989.

No último desfile de 2011, na coleção Verão, a marca apresentou uma coleção inteira tingida artesanalmente com pigmentos naturais e algumas peças feitas com algodão orgânico, que não utiliza químicos em seu cultivo.

Graça Cabral afirma que a busca de tecnologias, tanto nos processos produtivos, como na utilização de matérias-primas sustentáveis vem se tornando uma realidade, mas ainda é necessária a quebra de alguns paradigmas.

"No Brasil, a grande questão de se consolidar a moda é ter a garantia de matéria-prima, mas o consumidor ainda é muito ligado ao preço".

Outro exemplo de inovação na moda foi feito pela estilista inglesa Stella McCartney, que lançou em outubro uma linha de óculos escuros feitos com materiais e processos completamente sustentáveis.

A criação de McCartney tem, ao todo, cinco modelos - dois feitos com metal e três feitos com acetato -, que utilizam fontes renováveis de energia e materiais 100% naturais.

Em pauta

Na Associação Brasileira da Indústria Têxtil - ABIT - o assunto tecnologia e novos processos também está em pauta.

Em meados deste ano, a ABIT e o Sindicato da Indústria Têxtil do Estado de São Paulo (Sinditêxtil-SP) realizaram, o workshop "Panorama atual da Inovação na Indústria Têxtil e de Confecção", que trouxe acadêmicos e empresários para apresentar as medidas que foram adotadas para desenvolver o processo de inovação tecnológica, onde participaram entidades acadêmicas, representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e empresas do setor têxtil.

Dados do relatório das Nações Unidas sobre Economia Criativa de 2010, lançado no dia 7 de novembro no Rio de Janeiro, mostram que a crise financeira internacional de 2008 não abalou o crescimento do setor, que engloba, além da moda, atividades como design, artesanato e audiovisual.

Segundo o estudo da ONU, o ritmo de crescimento foi mantido alcançando a cifra de US$ 592 bilhões, equivalentes a mais de R$ 1 trilhão.

Fonte:|http://www.brasileconomico.com.br/noticias/moda-brasileira-vira-mod...

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Alguém me respondeu em outro artigo, em nome do Senai-Cetiq.

Pergunto a esta pessoa: O que o Senai-Cetiq, sem dúvida uma referência em conhecimento em nossa cadeia, está fazendo para treinar todos os níveis operacionais na indústria do vestuário, em nível Brasil, pois as unidades estaduais ou municipais ainda estão aplicando os programas de treinamento elaborados nos anos 70. 

Desculpem a impertinência, mas no Brasil inteiro, não há costureiras. As que ainda estão empregadas só conhecem as máquinas básicas e nas eletrônicas só sabem cortar fios. A faixa etária média é de 40 anos.

Em outras atividades específicas, como PPCP, desconheço profissional qualificado e método eficiente a se utilizar, que contemple redução de estoques, redução do tempo de processo, entrega em dia e custo adequado. Tudo o que sabem realizar foi "ensinado" pelos implantadores de sistemas ERPs, muitos deles, sequer atendendo a grade de produto.

Estas são as empresas competitivas que encontro. Mesmo as grifes conhecidas, estão com entregas atrasadas, altos estoques e suas fábricas ou terceiros sem costureiras treinadas, além de outras funções estratégicas como operadores de almoxarifado ou de estoques.

A competitividade não passa só pela criatividade. Sem produção, não há criação que se sustente, e vice-versa.

Caro Tadeu,

Fiz referencia ao Cetiq com relação ao comentário sobre um trabalho específico.

No que tange a disseminação do conhecimento que existe lá, concordo plenamente com você.

Abraços,

Erivaldo



Tadeu Bastos Gonçalves disse:

Alguém me respondeu em outro artigo, em nome do Senai-Cetiq.

Pergunto a esta pessoa: O que o Senai-Cetiq, sem dúvida uma referência em conhecimento em nossa cadeia, está fazendo para treinar todos os níveis operacionais na indústria do vestuário, em nível Brasil, pois as unidades estaduais ou municipais ainda estão aplicando os programas de treinamento elaborados nos anos 70. 

Desculpem a impertinência, mas no Brasil inteiro, não há costureiras. As que ainda estão empregadas só conhecem as máquinas básicas e nas eletrônicas só sabem cortar fios. A faixa etária média é de 40 anos.

Em outras atividades específicas, como PPCP, desconheço profissional qualificado e método eficiente a se utilizar, que contemple redução de estoques, redução do tempo de processo, entrega em dia e custo adequado. Tudo o que sabem realizar foi "ensinado" pelos implantadores de sistemas ERPs, muitos deles, sequer atendendo a grade de produto.

Estas são as empresas competitivas que encontro. Mesmo as grifes conhecidas, estão com entregas atrasadas, altos estoques e suas fábricas ou terceiros sem costureiras treinadas, além de outras funções estratégicas como operadores de almoxarifado ou de estoques.

A competitividade não passa só pela criatividade. Sem produção, não há criação que se sustente, e vice-versa.

Pois é, para que a criatividade exista, ela tem que se tornar produtivamente real e a verdade é que de real temos mesmo carência de profissionais adequadamente qualificados, digo por experiencia, que por trabalhar em uns dos maiores polos confeccionistas do pais, a qualificação profissional é o maior entrave para o bom desempenho das confecções locais, não adianta criar se produzir, por esse motivo fica enviável.Essa é uma excelente forma de começar o ano, discutir os rumos da produtividade nacional, se de fato quisermos tentar competir com a china.   

Tadeu Bastos Gonçalves disse:

Alguém me respondeu em outro artigo, em nome do Senai-Cetiq.

Pergunto a esta pessoa: O que o Senai-Cetiq, sem dúvida uma referência em conhecimento em nossa cadeia, está fazendo para treinar todos os níveis operacionais na indústria do vestuário, em nível Brasil, pois as unidades estaduais ou municipais ainda estão aplicando os programas de treinamento elaborados nos anos 70. 

Desculpem a impertinência, mas no Brasil inteiro, não há costureiras. As que ainda estão empregadas só conhecem as máquinas básicas e nas eletrônicas só sabem cortar fios. A faixa etária média é de 40 anos.

Em outras atividades específicas, como PPCP, desconheço profissional qualificado e método eficiente a se utilizar, que contemple redução de estoques, redução do tempo de processo, entrega em dia e custo adequado. Tudo o que sabem realizar foi "ensinado" pelos implantadores de sistemas ERPs, muitos deles, sequer atendendo a grade de produto.

Estas são as empresas competitivas que encontro. Mesmo as grifes conhecidas, estão com entregas atrasadas, altos estoques e suas fábricas ou terceiros sem costureiras treinadas, além de outras funções estratégicas como operadores de almoxarifado ou de estoques.

A competitividade não passa só pela criatividade. Sem produção, não há criação que se sustente, e vice-versa.

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