Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O gigante global de produtos de desporto estabeleceu uma parceria com uma empresa holandesa de máquinas têxteis que desenvolveu um método de tingir tecidos sem recurso à água. E espera fomentar a adoção da revolucionária tecnologia em todo o setor de vestuário.
 

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Nike quer tingir sem água

 A Nike e a DyeCoo Textile Systems BV, empresa que desenvolveu o que alega ser o primeiro sistema de tingimento de têxteis sem água comercialmente disponível, estabeleceram uma parceria estratégica para a exploração deste inovador processo com recurso à utilização de dióxido de carbono no processo de tingimento. «Acreditamos que esta tecnologia tem o potencial de revolucionar a indústria têxtil e queremos colaborar com tinturarias progressistas, fabricantes de têxteis e marcas de vestuário para fomentar esta tecnologia e divulgá-la em toda a indústria», explica Eric Sprunk, vice-presidente de “merchandising” e produto da Nike.

A Nike tem vindo a explorar esta tecnologia nos últimos oito anos e espera apresentar vestuário produzido com tecidos tingidos sem água ainda este ano. De igual forma, a marca quer ampliar a tecnologia para volumes de produção maiores.

Para além de não utilizar água, o sistema é alegadamente capaz de reduzir o consumo de energia, não necessita de produtos químicos auxiliares ou de secagem – e é duas vezes mais rápido que os processos convencionais. «A tecnologia pode também melhorar a qualidade do tecido tingido, permite maior controlo sobre o processo de tingimento, permite novas capacidades de corantes e transforma o tingimento de tecidos, para que possa ocorrer em qualquer lugar», acrescenta Reinier Mommaal, CEO da DyeCoo.

O gigante norte-americano do desporto é uma das diversas empresas envolvidas no chamado desafio Detox, iniciado no ano passado por pressão do grupo ambiental Greenpeace para eliminar a descarga de produtos químicos perigosos a partir das suas cadeias de aprovisionamento até 2020.

Uma das questões que foram destacadas num roteiro conjunto de medidas que tencionam tomar para alcançar o objectivo é o grande volume de água utilizada em tinturaria, acabamentos e outros processos – e o facto de que o tratamento de águas residuais varia de empresa para empresa.

Com efeito, o tingimento têxtil convencional requer quantidades substanciais de água. Em média, cerca de 100 a 150 litros de água são actualmente necessários para processar um quilograma de material têxtil – e os analistas do setor estimam que mais de 39 milhões de toneladas de poliéster serão tingidas anualmente até 2015.

A Nike espera que o dióxido de carbono fluido supercrítico da DyeCoo tenha um impacto particularmente positivo na Ásia, onde ocorre grande parte do tingimento têxtil. À medida que esta tecnologia for implementada, as grandes quantidades de água utilizadas na tinturaria têxtil convencional não serão mais necessárias, nem a utilização proporcional de energia de combustíveis fósseis consumidos para aquecer esses grandes volumes de água.

A eliminação da água no processo de tingimento têxtil também suprime o risco de descargas de efluentes, um perigo ambiental conhecido. O CO2 utilizado no processo de tingimento da DyeCoo é recuperado e reutilizado.

O processo de tingimento sem água está actualmente limitado a tecidos de poliéster, mas as investigações em curso permitiram alargar a sua aplicação a outros tecidos naturais e não-naturais.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41153/xmview/...

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Respostas a este tópico

Temos que salientar que até momento só se consegue tingir pequenas partidas de tinge artigos de 100% poliéster, com corantes dispersos especiais

Com o foco da mídia mundial sobre o evento denominado Rio + 20, que trata de questões ligadas à sustentabilidade no planeta terra ,o que há de novo no campo da pesquisa ou do trabalho efetivo  e que possa reforçar o vínculo entre a indústria têxtil brasileira e as questões ambientais ?

No meu modo de ver, isto que a Nike esta fazendo é mera publicidade. Os processos de tingimento sem água que já foram pensados e alguns desenvolvidos só tratam de fibras sintéticas, para as fibras naturais até o momento nada

Bem a tempo seria tambem anunciar o estudo da Cachaca sem alcool. SdM

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