São Paulo – Todo ano, a cena se repete. Toneladas de areia invadem as cidades chinesas, cobrindo as ruas com nuvens alaranjadas de pó. Aos habitantes, a recomendação do governo é de que cubram o rosto e, se possível, fiquem em casa, com portas e janelas fechadas. Vindas do deserto de Gobi, as tempestades de areia chegam sempre que o tempo está árido, com baixa precipitação.
Mas as condições naturais não são o único culpado desse fenômeno que praticamente paralisa o comércio, fecha escolas e, por vezes, deixa vítimas fatais. A ação do homem, através do desmatamento e da urbanização intensa, ajuda a aumentar as zonas desérticas do país, o que agrava ainda mais a ventania.
O Yangtsé, o maior rio chinês e o terceiro do mundo, com cerca de 6,3 mil Km de extensão, atravessa a sua pior estiagem em mais de meio século. Nesta primavera, as incidências de chuva no país caíram 80% em relação aos valores normais, enquanto o calor, acima dos 35 graus célsius, só vem aumentando.
Ao menos sete províncias sofrem com o desabastecimento provocado pela baixa de água, que prejudica principalmente a produção agrícola. Para contornar a seca, as autoridades chinesas ordenaram que a usina de Três Gargantas, o maior complexo hidrelétrico do mundo, aumente suas operações em 20% nas próximas duas semanas.
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A agricultura chinesa, que atende a um mercado interno de 1,3 bilhão de pessoas, impressiona pelo seu rápido crescimento. Mas os meios que garantem esse desempenho têm gerado alguns escândalos alimentares que lançam desconfiança sobre as práticas agrícolas do país.
Desde 1990, a China tornou-se o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que apesar de ajudarem a acelerar o crescimento do cultivo, poluem e deterioram o solo. E vez por outra, gera resultados inesperados e preocupantes. No começo de maio, o uso abusivo de produtos químicos para acelerar o cultivo fez com que plantações de melancia no leste da China literalmente explodissem. Alguns fazendeiros registraram perdas de até dois terços da produção da fruta.
4 – Poluição atinge níveis recordes em Xangai
Xangai, considerada a capital comercial e financeira da Chin, registrou níveis recordes de poluição atmosférica no começo de maio. Durante quase três dias, uma espessa neblina envolveu a cidade de 20 milhões de habitantes. Muitas pessoas sofreram com tosse seca, irritação nos olhos e dificuldades para respirar.
Segundo a imprensa local, os índices de poluição ambiental bateram os 500 pontos na escala chinesa, bem acima do nível considerado bom, entre 50 e 100 pontos. A péssima qualidade do ar na região deve-se em grande medida a uma matriz de geração de energia suja, formada na maior parte por termelétricas a carvão. Outra consequência negativa da poluição são as chuvas ácidas, provocadas pela alta presença de dióxido de enxofre no ar.
Consideradas a segunda maior causa da perda da biodiversidade no mundo, atrás apenas da ação humana, as espécies exóticas estão invadindo a China. Há registros de pelo menos 400 espécies de animais, plantas e insetos, que foram trazidos para a China desde que o país abriu sua economia no início dos anos 90.
De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (The World Conservation Union - IUCN), os organismos introduzidos em um ecossistema do qual não fazem parte prejudicam os processos naturais e os organismos nativos, além de gerar impactos econômicos e sociais negativos. Estima-se que os prejuízos na China girem em torno de 15 bilhões de dólares anualmente, com perda de lavouras e problemas de saúde pública.
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Concordo porque isso é só uma prévia do que acontece com produtos para consumo ou seja, se para consumo próprio há essa negligência, imaginem só as matérias-primas que compramos da china porque o preço é bem mais barato ao invés de darmos prioridade e forçar a baixa de preços de produtos feitos aqui mesmo em nosso país.
É realmente para se pensar no assunto....
Muito legal Fabricio, este documentário sobre a china.
É pra mostrar pro mundo a verdadeira cara da China.
Dawton
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