Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Parte da história você conhece. Mas o seu início e final, não. Um fabricante brasileiro de sapatos envia um dos seus funcionários para analisar o potencial do mercado da Índia. Dias depois, recebe a mensagem: Não há mercado.

Ninguém usa sapatos na Índia. Não satisfeito, envia outro funcionário que responde assim que chega: há um mercado enorme! Ninguém usa sapatos na Índia. Esta é a parte que você provavelmente conhece. Mas esta história continua.

Anos depois, quando este mesmo fabricante estava buscando oportunidades para sobreviver à enxurrada de sapatos asiáticos no Brasil, o mesmo funcionário que havia iniciado as vendas para a Índia teve a ideia de vender sapatos pela internet. Não há mercado. Ninguém compra sapato on-line no Brasil, disse o fabricante para a decepção do seu colaborador.

Mas neste mesmo momento, alguns alemães estavam no Brasil para analisar a mesma oportunidade e chegaram a uma conclusão diferente: Há um mercado enorme! Ninguém compra sapato on-line no Brasil. E investiram em uma empresa chamada Dafiti, uma das líderes no comércio eletrônico de calçados no Brasil.

Mas não é de hoje que estrangeiros investem no ninguém brasileiro. Não há mercado. Ninguém compra algo em leilão pela internet no Brasil! Era o que se imaginava quando o argentino Marcos Galperin trouxe o Mercado Livre para o Brasil em 1999. Ele tinha uma outra opinião sobre isto: Há um mercado enorme! Ninguém compra algo em leilão pela internet no Brasil.

E qualquer pesquisa de mercado indicaria que o brasileiro gostava de comer arroz, feijão e bife em 1979. Desta forma, o que o norte-americano Peter Rodenbeck mais ouvia era algo parecido com: Não há mercado! Ninguém come dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim no Brasil.

Não é nem preciso falar o nome da empresa que ele trouxe ao país... Para Peter, naquele momento, só havia uma convicção: Há um mercado enorme! No Brasil, ninguém come dois hambúrgueres,alface...

E mesmo sendo muito bem sucedido com o McDonald's no país, Peter e sua esposa tiveram que ouvir comentários semelhantes em 2006: Não há mercado! Ninguém toma café premium no Brasil! Mas só havia uma certeza para eles: Há um mercado enorme! Ninguém toma café premium no Brasil! E assim a Starbucks abriu suas portas no país.

A trajetória destes estrangeiros é a mesma de tantos outros que chegaram ao país como "ninguéns" e apostaram em coisas que os outros não viam. A novidade é que o Brasil voltou a ser destino para empreendedores estrangeiros.

Na semana passada recebi um grande grupo de estudantes de MBA de uma das principais escolas da Europa que vieram apresentar suas ideias de negócios para investidores brasileiros. E boa parte das apresentações falavam do tal ninguém brasileiro. Há um mercado enorme! Ninguém está fazendo isto no Brasil - diziam.

E em outra discussão paralela de um grupo de empreendedores norte-americanos que se tornaram investidores também há o destaque para as oportunidades que ninguém está aproveitando no Brasil.

Se estiver pensando em empreender um grande negócio, este é um bom momento para investir no ninguém brasileiro. Mas se não conhecer nenhum ninguém no país, provavelmente é o próprio. E por isto que esta história ainda não acabou. Há muitas boas ideias por vir.

Fonte:http://www.brasileconomico.ig.com.br/noticias/a-hora-do-ninguem-bra...

 

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