Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Acordo entre Brasil e México amplia exportações e atrai investimentos

Por: Interface

Com um crescimento de 112% no volume de exportações para o México no ano passado, o país latino-americano pulou para a nona colocação entre os maiores importadores de produtos brasileiros. Os 2,658 bilhões de quilos em mercadorias brasileiras adquiridos pelo México no ano passado são um reflexo da aproximação entre os dois países, que teve início há pouco menos de um ano. "Faz parte dessa nova fase do MDIC, de maior abertura comercial", comentou Renata Amaral, consultora em relações internacionais da Barral M Jorge.

Parte dessa aproximação, o Acordo de Complementação Econômica Nº 53 (ACE 53), tratado que visa melhorar as trocas entre México e Brasil, foi apresentado por Amaral como a negociação mais promissora da qual fazemos parte atualmente.

Foram montados grupos de trabalho no México e no Brasil que estão empenhados em reduzir as barreiras tarifárias e melhorar o fluxo de comércio. Com isso, deve acontecer mais um aumento das exportações neste ano , comentou Amaral, que estimou uma evolução das vendas de manufaturados em 2016.

Os produtos industrializados são maioria na pauta de exportação brasileira para o México. No ano passado, US$ 3,303 das vendas foram obtidos com semimanufaturados e manufaturados, enquanto que as commodities geraram apenas US$ 281 milhões.

Para o coordenador do curso de economia da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Paulo Dutra, a venda de industrializados para o México é extremamente importante para a economia brasileira. Entretanto, o professor afirmou que o Acordo Transpacífico (TPP), que tem os mexicanos como signatários, pode prejudicar as negociações. O Brasil pode acabar sendo substituído por algum outro membro do TPP, como os Estados Unidos ou o Japão.

Dutra também destacou a importância da desvalorização do real para o avanço das vendas brasileiras para o México. O preço dos nossos produtos complicava aimportação pelos mexicanos até pouco tempo atrás. Com a desvalorização, produtos brasileiros puderam substituir outros que eram comprados pelo México de países diferentes.

Segundo Amaral, o aumento das trocas comerciais é reforçado principalmente pela indústria automotiva brasileira, que vê com bons olhos o mercado mexicano, a segunda maior economia latino-americana . No ano passado, carros e peças para automóveis apareceram no topo da lista de produtos mais vendidos para o país latino americano.

Apesar do crescimento no volume exportado, foi registrado leve recuo na receita total das exportações (-2%) com a queda global dos preços de diversos produtos. No ano passado, produtores e empresários brasileiros receberam US$ 3,588 bilhões por vendas para mexicanos, ante US$ 3,669 bilhões em 2014.

Ainda assim, o México saltou da 14ª para a 9ª posição entre os principais destinos das exportações brasileiras, superando Itália, Coreia do Sul, Reino Unido e Rússia.

Aportes
Os investimentos diretos no Brasil em participação no capital feitos pelo México dispararam 358%, chegando a US$ 573 milhões no ano passado, segundo dados do Banco Central (BC). Com a alta, os mexicanos passaram a fazer parte da lista dos 20 países que mais investem no Brasil.

De acordo com Dutra, a causa do aumento também foi a desvalorização cambial, que deixou mais acessíveis os ativos brasileiros. Já Amaral destacou que a aproximação entre os países estimulou os aportes.

FONTE: DCI

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