Sem nenhuma explicação, o governo de Cristina Kirchner começou a bloquear a entrada de calçados Made in Brazil. Os fabricantes calculam que mais de 500 mil pares aguardam a liberação das licenças não-automáticas para poderem entrar na Argentina. Sem este documento, as indústrias, a maioria gaúchas, já registram prejuízo de cerca de US$ 10 milhões.
Segundo Heitor Klein, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), há mercadorias paradas nas fábricas há mais de 100 dias, quando o prazo da Organização Mundial do Comércio (OMC) e acordado com os argentinos é de 60 dias.
Para Klein, a situação se agrava por ser esta a época de troca de vitrines - calçados de inverno. A entidade está há duas semanas fazendo contatos com a Secretaria da Indústria, em Buenos Aires, porém sem retorno. "Isso é uma desconsideração."
Transtornos em série
Na lista de empresas que somam os mais de 500 mil pares à espera das licenças não-automáticas está a Bibi, fabricante de calçados infantis de Parobé. A gerente de Exportação, Andrea Kohlrausch, disse que 45 mil pares de calçados de inverno (US$ 800 mil) estão com o prazo de liberação vencido e há cerca de 30 mil pares que devem vencer até o final deste mês. "Investimos forte em fevereiro para nossos calçados chegarem nas vitrines argentinas em março, o que não está acontecendo."
Segundo ela, as restrições geram uma série de transtornos, entre eles custos de armazenagem e financeiro, pois como a mercadoria não cruzou a fronteira não há como cobrar, bem como cancelamento de pedidos. Andrea tem esperança de que se o problema for resolvido em março, ainda há margem de vendas. Porém, se chegar em abril do jeito como está, além de comprometer a coleção de inverno também a de verão sairá prejudicada. A Bibi prevê uma produção de 3,3 milhões de pares neste ano, 15% destinada à exportação, sendo que o mercado argentino responde por um quinto das compras.
FONTE: FASHION MAG
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