E teve um cúmplice. Seu nome: PMDB.
O maior culpado de tudo o que aconteceu de ruim no governo brasileiro, nos últimos anos, está descaradamente à nossa frente, com muita visibilidade, mas ninguém o acusa. Aliás, volta e meia ele passa de réu a vítima, só para despistar.
Para melhor entendermos: sabe quando um condomínio inteiro é assaltado por uma quadrilha, com um bem planejado apoio do guarda da portaria e, logo depois, todos amaldiçoam os ladrões, denunciando à polícia as atitudes e aparências dos mesmos, e o guarda, no maior cinismo, faz coro com os moradores? Pois é.
Ora, eu pergunto: quem é o maior culpado pelo assalto, o guarda ou os ladrões?
Lógico que é o guarda, pois sem sua atitude nada disso aconteceria.
Em nosso governo, sabem quem é esse “guarda”? Seu nome é PMDB. Um grupo de parlamentares de cerca de cem pessoas, entre deputados e senadores, que há décadas detém o privilégio e o poder de dar ou de tirar a maioria parlamentar a qualquer um dos governos que se sucedem. Em vez de usarem essa maioria para zelar pelos interesses de seus eleitores, a usaram e a usam para negociar poderes, não importando o tipo de governo, sua ideologia ou suas dignas ou torpes finalidades.
Para esse partido, não interessa vigiar os atos do Executivo e de toda a administração pública ou fazer leis que garantam a vida e o progresso da população. Esse grupo de parlamentares, em vez de vigiar nossas instituições, zelar pela ética na administração pública, enfim, pela finalidade para a qual todos foram eleitos, nada mais quer senão poder, poder e poder!
Poder para quê? Não para fiscalizar e combater a corrupção, mas para fazer parte dela; para acomodar mais apadrinhados, tornando o governo cada vez mais pesado e o Brasil ainda mais ingovernável do que já é.
Eu não sou político para querer combater um partido em prol de outro, mesmo porque essas torpes qualidades não são apenas do PMDB, mas de vários outros partidos que disputam ministérios. Eu aponto o PMDB porque ele é o único com poderes para forçar a balança para o lado que decidir, mas, infelizmente, sempre o faz desvirtuando a finalidade de suas funções.
Se a ética reinasse nesses partidos, não haveria governo que escapasse de um impeachment já nos primeiros e graves deslizes. Afinal, não foi assim com Collor? E foi por quê? Infelizmente não foi porque os partidos eram éticos, mas porque ele, Collor, não quis dividir o poder com o PMDB e outros. Se o tivesse dividido na época, não teria havido um, mas vários P. C. Farias, e o país teria perdido mais alguns anos de progresso, como tem acontecido nos últimos anos.
Então, é inútil combater somente PT, PT e PT. Se não há ética na fiscalização (digo, no Parlamento), sempre haverá corrupção, porque, como regra geral, “a oportunidade faz o ladrão”, seja lá qual for o partido.
Os parlamentares são assim porque é uma classe repleta de aventureiros, que incharam a política não por vocação para o bem público, mas por alternativa para o sucesso financeiro pessoal. E quem alimenta a certeza desses aventureiros são sempre os votos dos nossos inúmeros e ingênuos analfabetos.
A sociedade esclarecida brasileira clama pelo voto facultativo, justamente para inibir tal situação. Os idiotas chamariam isso de discriminação, mas não é. É pura questão de falta de informação e conhecimento. Os mesmos conhecimentos com os quais um deputado ou senador doente se recusaria se tratar com um leigo no lugar de um bom médico. Não bateu essa comparação? Bate sim, porque estamos tratando da saúde moral de nosso país.
* Reprodução liberada*
Cav. Giuseppe Tropi Somma é empresário, membro da Abramaco e presidente do Grupo Cavemac.
http://www.costuraperfeita.com.br/edicao/26/materia/ponto-de-vista....
giuseppe@cavemac.com.br
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atualmente não existe é politico honesto, salvo raras exceções!!! mais de 40% de nosso congresso está com denuncias e processos..muitos não poderão concorrer às próximas eleições...
o ideal para o Brasil, neste momento, seria a tomada do poder pelos militares, pois dentro de poucos anos nao teremos tb militares limpos!!!
adalberto
19 99764 7960
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