Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Brasil fica em 57º lugar entre 132 países no Índice Global de Inovação

O Brasil ganhou cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) na comparação com o ranking de 2020 e agora está no 57º lugar entre 132 países. A colocação brasileira, no entanto, é considerada ruim, pois o país está 10 colocações abaixo da obtida em 2011, quando chegou a sua melhor marca, a 47ª posição. No topo da lista aparece a Suíça, seguida pela Suécia e pelos Estados Unidos.

O ranking foi divulgado no dia 20 de setembro pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI - WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Instituto Portulans, a CNI , a Confederação da Indústria Indiana (CII), a Ecopetro e a Assembleia de Exportadores Turcos (TIM), contando com o apoio do Conselho Consultivo do IGI e de sua Rede Acadêmica. A CNI, por meio da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), é parceira na produção e divulgação do IGI desde 2017. A classificação começou a ser publicada anualmente em 2007.

Na avaliação da CNI, a colocação brasileira é incompatível com o fato de o país ser a 12ª maior economia do planeta, em 2020, e com a realidade de termos um setor empresarial sofisticado. Recente trabalho do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) mostra o Brasil em 13º lugar entre 45 países no ranking internacional para o desempenho da produção da indústria.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, alerta que os investimentos em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) são fundamentais para que o país avance e sua indústria seja competitiva no cenário internacional. Ele pontua que a pandemia reforçou a relevância da CT&I, imprescindível, por exemplo, para o desenvolvimento de vacinas e para pesquisas sobre medicamentos que possam controlar a doença.

“O crescimento sustentável e a superação da crise agravada pela pandemia de Covid-19 passam pela via da inovação. Uma estratégia nacional ambiciosa, que priorize o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação para o fortalecimento da indústria, tornará a economia mais dinâmica, promovendo maior equidade e bem-estar social”, afirma Robson Andrade.

 

Crédito de imagem: divulgação SENAI/CETIQT

Posição brasileira no IGI

O Índice Global de Inovação é formado pela média de cinco pilares (Instituições, Capital humano e pesquisa, Infraestrutura, Sofisticação de mercado e Sofisticação empresarial) do subíndice Insumos de inovação e dos dois pilares (Produtos de conhecimento e tecnologia, e Produtos criativos) do subíndice Produtos de inovação, distribuídos em 81 indicadores.

Três dos fatores que levaram o Brasil a uma melhor colocação em relação ao ano passado foram a retração do PIB – que dá uma falsa percepção de avanço em razão do uso dessa medida relativa em alguns indicadores –, a inserção de novos indicadores no ranking e a boa atuação empresarial, refletida no desempenho em indicadores como Produtos de alta tecnologia e Valores recebidos por uso de propriedade intelectual. O uso de dados de outros anos e o plano de combate ao backlog de pedidos de patentes também podem ter contribuído para o ganho de colocações.

De acordo com os dados, o Brasil continua a ter melhor desempenho em insumos de inovação do que em resultados de inovação, ocupando o 56º lugar (59º em 2020) e 59º (64º em 2020), respectivamente. A CNI observa, no entanto, que o país carece e muito de políticas de incentivo à inovação e tem sofrido cada vez mais com cortes do financiamento público à agenda de CT&I.

As principais fraquezas do país, apontadas no ranking, são Formação bruta de capital, Facilidade para abrir uma empresa, Facilidade para obtenção de crédito e Taxa tarifária aplicada.

O IGI é um dos principais instrumentos de referência para dirigentes empresariais, formuladores de políticas públicas e aos que buscam conhecimentos sobre a inovação no mundo. As diferentes métricas do ranking podem ser usadas para monitorar o desempenho de um país, comparando-o com economias da mesma região ou mesmo grupo de renda.

 

A inovação na indústria brasileira

A fim de contribuir para o avanço da agenda de CT&I no país, a CNI tem realizado nos últimos anos diversas parcerias com órgãos públicos e centros de pesquisa. A principal iniciativa nesse sentido é coordenar a MEI, que tem como objetivo principal incentivar as empresas a colocarem a inovação no centro de suas estratégicas de negócios.

A MEI tem desempenhado papel fundamental na integração dos setores públicos e privado e das universidades em torno de uma agenda consistente de inovação, que contemple o aprimoramento do marco regulatório da inovação, a modernização do sistema de financiamento e a reestruturação dos currículos de engenharia, entre outras prioridades. A CNI mantém também uma importante rede de institutos de inovação e tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que ajudam indústrias de todo o Brasil a inovarem, e centros de inovação do Serviço Social da Indústria (SESI).

Outra importante iniciativa em prol da inovação foi a parceria firmada no ano passado pela CNI com o SOSA – plataforma israelense que tem atuação global em inovação aberta. O acordo oferece a empresas brasileiras de médio e grande porte a facilitação de acesso a tecnologias disponíveis em mais de uma dezena de hubs de inovação. Além disso, também promove startups brasileiras com maior nível de maturidade em mercados internacionais, por meio de programas de residência nos ecossistemas de Nova Iorque e TelaAviv.

https://www.abit.org.br/noticias/brasil-fica-em-57-lugar-entre-132-...

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