O South by Southwest (SXSW), um dos maiores festivais de inovação e criatividade do mundo aconteceu em Austin – Texas, reunindo cerca de 50 mil participantes. Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil figurou entre as maiores delegações internacionais, com cerca de 2.300 participantes, um número ligeiramente menor do que no ano passado. A presença brasileira no evento reforçou a conexão entre o país e a proposta do festival, que combina tecnologia, arte, cinema e música. “O DNA do brasileiro tem tudo a ver com o SXSW”, afirma Tracy Mann, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios Internacionais do evento no Brasil.
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A programação do SXSW 2025 contou com mais de 1.500 palestras e painéis ao longo de oito dias, reunindo nomes como Jay Graber, CEO da Bluesky, Meredith Whittaker, presidente do Signal, e a ex-primeira-dama Michelle Obama. Os temas que dominaram as discussões incluem inteligência artificial e o futuro das mídias sociais, com um foco especial na disseminação de fake news.
A participação brasileira no SXSW 2025 se destacou com painéis e apresentações de especialistas como Ronaldo Lemos, CSO do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), e Rodrigo Montesano, do Itaú. Além disso, o evento contou com a presença de mentores brasileiros, como a atriz Maria Paula Fidalgo, e representantes de grandes empresas, como O Boticário e Embraer. O espaço SP House, organizado pela Secretaria da Cultura de São Paulo, InvestSP e Prefeitura de São Paulo, ganhou um espaço ampliado este ano, com 1.200 m² dedicados a tecnologia, cultura e sustentabilidade.
As tendências do varejo também foram temas de destaque no DCSP Conecta, evento em São Paulo pós SXSW, abordadas por Janice Mendes, especialista da Gouvêa Malls. Para ela, a ideia de que a Geração Z rejeita o varejo físico é equivocada. “Olha que interessante, não é que a Geração Z não gosta de shopping center ou de varejo físico. Existe uma demanda muito grande pelo retorno ao físico, mas um físico revisitado, não mais como era antigamente”, afirma. Ela cita um estudo que aponta que 66% dos jovens entre 9 e 14 anos no Reino Unido e EUA valorizam passar tempo com amigos na vida real.
Outro tema abordado por Janice Mendes foi a hiperpersonalização no varejo, destacando como os consumidores esperam recomendações cada vez mais precisas. “A personalização agora é esperada pelos clientes. A Amazon, por exemplo, aumenta suas vendas em 35% ao associar recomendações personalizadas. No Spotify, isso resulta em um aumento de 30% no tempo de uso. Quanto mais conhecemos o consumidor, mais conseguimos trazê-lo para a nossa marca”, explica.
Ela também fez um contraponto à tecnologia, destacando a importância da conexão humana no varejo. Um exemplo citado foi o supermercado Jumbo, na Holanda, que criou um “caixa lento”, no qual funcionários são treinados para promover conversas com clientes, contrastando com a busca incessante pela automação. “Muitas vezes falamos apenas de tecnologia, mas a conexão humana no mundo físico continua sendo essencial. Os consumidores querem falar com pessoas, não com robôs”, diz.
Por fim, Janice Mendes reforçou a necessidade de equilíbrio entre personalização e simplicidade na oferta de produtos e serviços. “O maior erro que cometemos em marketing é pensar que oferecer muitas escolhas é algo positivo. Os consumidores não querem mais opções; eles querem soluções. Vivemos na permacrise, e nosso papel é facilitar a vida do cliente”, conclui.
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Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação
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