Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Chegamos ao final de 2013, um ano particularmente difícil para o setor têxtil e confeccionista brasileiro. Importações desenfreadas invadindo cada vez mais o mercado, tributos escorchantes, e o governo se fazendo de cego, surdo e mudo, como aqueles três macaquinhos, sabe?

Enquanto isso, o que acontece com as indústrias deste país, as de vestuário e tantas outras? Minguam, são obrigadas a demitir muitos arrimos de família – somente este ano, entre janeiro e outubro, 55 mil trabalhadores do setor perderam seus empregos, segundo o IBGE. Trabalhadores que dificilmente serão absorvidos em outras indústrias. Com a perda de empregos, por falta de condições das empresas de competir com os produtos importados devido ao preço e ao custo Brasil, diminuem a arrecadação e o consumo na praça. Afinal, quem vai gastar sem ter dinheiro para se manter? É o governo se autoboicotando, pois, em vez de reduzir os custos de sua própria máquina, parar de roubar e ver o quão séria é a situação do país, em todos os aspectos, prefere inflar a politicagem em planos populistas somente para se manter no poder. E é pelo comodismo de quem aceita os caraminguás que o governo dá que este país não sai do lugar, ou melhor, sai, mas retrocede e se afunda cada dia mais. Grande parte da população menos favorecida prefere se aposentar ou receber as “bolsas” do governo em lugar de procurar um emprego em que possa produzir e progredir, senão “perdem o benefício”. Que benefício há em bancar uma população sem produzir nada? Ah, sim, o benefício do voto comprado para a perpetuação no poder, mesmo que isso custe afundar todo o país.

O que mais me espanta é que grande parte das confecções, mesmo sofrendo as consequências da crise, não quer soltar a voz e se unir nessa empreitada para uma mudança, em nome da “imagem da marca”. Ora, se as coisas continuarem como estão, muito em breve a imagem da marca ficará na lembrança, perdendo para o produto feito em outros países.

Se até as bandeiras nacionais para a Copa 2014 foram feitas na China com autorização da CBF, o que mais podemos esperar de sensato neste país? As oportunidades de geração de empregos que teríamos aqui no setor têxtil e confeccionista com o advento dos grandes jogos foram colocadas para escanteio na primeira oportunidade.

Estão todos exaustos de bater nas mesmas teclas, mas precisamos ser ouvidos já, não podemos esperar mais.

Aqui estamos firmes nesse propósito, e você? Se sim, não tenha medo de se juntar a nós. Faça sua voz ser ouvida também.

E, por mais que o horizonte esteja um pouco embaçado, desejamos, sinceramente, que 2014 seja um ano de mudanças para o bem!

 

SILVIA BORIELLO É EDITORA DA REVISTA COSTURA PERFEITA.

editora@costuraperfeita.com.br

 

Exibições: 69

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço