Brasileiros são os profissionais que mais sentem medo ao fazer uma negociação, diz pesquisa

[Romildo de Paula Leite]

Estudo realizado pela rede profissional LinkedIn mostra o comportamento de profissionais em negociações de carreira.

Segundo uma pesquisa feita pela rede profissional LinkedIn, o Brasil apresentou a maior porcentagem de profissionais que admitiram sentir medo durante uma negociação (21%). A pesquisa analisou o comportamento em negociações de carreira, como pedir por um aumento, em cinco categorias: medo, ansiedade, confiança, empolgação e indiferença. Apesar de apresentar a maior quantidade de profissionais com medo, o Brasil também aparece em terceiro lugar entre os mais confiantes na hora de discutir a carreira (38%).

Alemães têm a visão mais positiva sobre negociação, com a taxa mais alta de participantes reportando que se sentem empolgados (21%) e representam o segundo lugar no ranking para mais confiantes (43%). A Índia aparece como o país mais confiante com relação à negociação, com 47%. Profissionais dos Estados Unidos são os mais ansiosos com relação à negociação (39%), enquanto os sul-coreanos são os mais indiferentes (21%). O estudo também mostra que os homens se sentem mais confiantes para negociar que as mulheres, com 37% dos homens contra apenas 26% das mulheres.

O LinkedIn conversou com mais de dois mil profissionais de oito países. No Brasil, 300 pessoas participaram da pesquisa. Os entrevistados deviam comparar a negociação com outras situações. No Brasil, 28% compararam uma negociação com um jogo de tênis, no qual dois jogadores em condições iguais competem em uma partida organizada. 24% acreditam que negociar é como uma dança, na qual dois parceiros executam passos coreografados. 16% disseram que é como uma partida de pôquer no qual jogadores são forçados a realizar jogadas com base em informações incompletas e 5% dizem que uma negociação é como uma tourada, na qual dois oponentes com diferentes estilos e forças se encontram em um conflito desorganizado até que um, inevitavelmente, vença o outro.

Fonte:http://revistaepoca.globo.com