Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fonte: Jornal TodoDia - Americana-SP.

Ministro chinês diz que parceria pode ser fundamental para a estabilidade do comércio internacional.

Com um cenário de recuperação econômica lenta nos Estados Unidos e na União Européia e um Japão abalado por um desastre natural, a China pretende focar e ampliar investimentos no Brasil, afirmou ontem o ministro do Comércio da China, Chen Deming. Segundo o ministro, a relação entre os dois países pode ser fundamental para a estabilidade do comércio internacional. A China planeja investimentos na ordem de US$ 1 bilhão no Brasil. " Sei que empresários chineses têm um foco no Brasil. Já investiram na Europa, agora estão com outro foco ", disse.

O investimento chinês fora da China já atinge US$ 59 bilhões e a promessa do ministro é de que cresça cada vez mais rápido. A área primordial para os chineses será de infraestrutura, sobretudo energia. Deming falou do interesse chinês em linhas de transmissão, um dos gargalos do setor no Brasil.

O ministro citou ainda investimentos em ferrovias, portos e comunicações. De acordo com o ministro, existe o interesse da empresa Sany Heavy Industry, de máquinas para construção civil, em investir US$ 200 milhões no Brasil e da empresa Geely de montar fábrica em solo brasileiro, com nova tecnologia de carros. Há ainda o interesse em investimentos na área biológica, de medicamentos e agricultura, ressaltou o ministro.

COMÉRCIO- De janeiro a abril, China e Brasil acumulam corrente de comércio de US$ 29 bilhões, sendo o país asiático maior parceiro comercial, informou o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento). Nesse período, foram US$ 1,6 bilhão de superavit para o Brasil. O ministro chinês afastou a possibilidade do país criar dificuldades para os produtos brasileiros. " Apesar de estarmos em deficit, não vamos adotar nenhuma medida que vá prejudicar o lado brasileiro; queremos manter abertura em relação ao Brasil ", disse o ministro chinês.

No entanto, pediu o fim da triangulação das exportações Brasil-China, que constantemente entram via Hong Kong. " Espero que o comércio com o Brasil seja direto, muitos exportados pelo Brasil passam por um terceiro país e depois chega na China, o que aumenta o custo da logística ", disse. O ministro está no Brasil com uma comitiva de mais de 80 empresários e falou em coletiva à imprensa ao lado de Pimentel e do chanceler Antonio Patriota.

CARROS- O ministro Fernando Pimentel voltou a afirmar hoje que a adoção de licenças não-automáticas para entrada de automóveis no Brasil não é retaliação às restricões argentinas a produtos brasileiros e sim um controle da exportação de carros. Segundo o ministro, a balança comercial de carros está desfavorável ao Brasil e a medida vai ser dirigida a todos os países exportadores de veículos. Pimentel falou durante coletiva com o ministro do Comércio chinês, Chen Deming e afirmou que o assunto não foi tratado no encontro bilateral e que, portanto, não iria mais falar do assunto.

O ministro prometeu voltar ao tema, depois de reuniões a portas fechadas com o ministro chinês. Desde terça-feira, os importadores devem pedir licenças de importação não-automáticas, após o governo impor barreiras para dificultar a vinda de carros fabricados no país vizinho. As licenças somente serão expedidas, após técnicos do governo analisarem as solicitações e, com isso, podem demorar até 60 dias.

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