Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Collor, o preferido dos novos feios, sujos e malvados

Ai, ai… Pô, gente… A VEJA não segue os meus conselhos. Que pena! Deveria usar Fernando Collor como garoto-propaganda. A campanha publicitária seria mais ou menos assim: “Este homem não gosta de nós!”. E pronto! Não consigo pensar em campanha publicitária mais esclarecedora. Ora, leitores: se aqueles que se querem nossos inimigos não são, por si, um atestado definitivo de nossa boa ou má conduta, convenham que são ao menos um sinal importante.

Collor, hoje um lulista fanático e um dirceuzista juramentado, usou seu tempo na CPI para resgatar a agenda inicial da turma: atacar a VEJA e a Procuradoria-Geral da Repúbica. Dizer o quê? Já expus ao menos vinte motivos (daqui a pouco, republico o post) para este patriota odiar a revista. Ao longo do mandato, atropelado que foi por seu próprio cleptogoverno, ganhou de presente 20 capas.

Além da moral e dos costumes, ele hoje divide com muitos petistas o ódio à imprensa livre. Até este escriba já foi processado, em 1997, por este homem público por causa de uma matéria de capa da revista República. Vejam:

capa-collor-republica

Como se nota ali, a página tem um corte diagonal. Numa metade, Collor andando de jet ski; sobre a sua imagem, a palavra “livres”; na outra metade, os pobres pendurados nas janelas do Carandiru; sobre eles, a palavra “presos”. A chamada que remetia à reportagem afirma: “Cadeia no Brasil só para batedor de carteira. Mas a impunidade dos poderosos e corruptos pode acabar”. O ex-caçador de marajás e hoje caçador de jornalistas não gostou. Ele processou a revista e a mim, mas perdeu. Prevaleceram a liberdade de imprensa e a liberdade de opinião. Numa democracia, é permitido a gente achar que alguém como Collor deveria estar na cadeia.

Collor é mesmo um portento. Quem, segundo a Polícia Federal, a Interpol e o FBI negociou com bandidos comprovados foi gente de sua família, que, provaram essas instituições, comprou o Dossiê Cayman. A reportagem está aqui. Aquilo, sim, era coisa de bandidos. Circulou na imprensa por anos a fio, até que seus responsáveis fossem parar atrás das grades.

Na sua intervenção tresloucada de hoje, Collor anunciou nada menos de seis representações contra Roberto Gurgel, procurador-geral da República, e a subprocuradora Cláudia Sampaio Marques: uma na esfera cível, uma na penal e quatro na administrativa. Acusou, sem meias palavras, o procurador-geral de “fazer moeda de troca” das investigações.

Assim como Collor tem motivos pessoais para odiar a VEJA, também os tem para tentar desmoralizar o procurador-geral e, muito especialmente, a subprocuradora Cláudia Sampaio. Reportagem da Folha explica o motivo:
“Alvo do senador Fernando Collor (PTB-AL) na CPI do Cachoeira, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio pediu a condenação do ex-presidente, em 2008, por supostos peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica em ação no STF (Supremo Tribunal Federal). A denúncia do Ministério Público diz que Collor se beneficiou de esquema de “caixa dois” montado por membros de seu governo (1990-92) e empresas de publicidade. Procurado desde quinta, Collor não se manifestou. Ainda sem decisão final, o processo é um desdobramento das investigações que levaram ao impeachment do então presidente, em 1992.”

Collor cumpre na CPI a agenda combinada com Lula e Dirceu, de quem é hoje mero estafeta. Mas tem também seus motivos pessoais para o exercício permanente do ódio, que tão bem o notabilizou. Isso faz dele o grande herói dos blogs sujos. Todos estão em companhia adequada.

 

Fontye:http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

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Comentário de julio cesar de souza em 14 junho 2012 às 11:06

E SE NÃO FOREM "SUSPENSAS!!!" AS INVESTIGAÇÕES QUE DÃO DESDOBRA-

MENTO AO PROCESSO DE "IMPEACHMENT" MUITA COISA PODRE SAIRÁ DES-

TA MOITA QUE ENCOBRE RELACIONAMENTOS "MAFIOSOS".

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