Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Dívida do governo federal e mais despesas financeiras devoram quase a metade dos 2,14 trilhões de reais do Orçamento de 2013. Não sobra quase nada para investir

Dívida do governo federal e mais despesas financeiras devoram quase a metade dos 2,14 trilhões de reais do Orçamento de 2013. Não sobra quase nada para investir

Fonte: veja

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, entrega ao presidente do Senado, José Sarney, o projeto de Orçamento para 2013. Ao lado de Sarney, o líder do governo, senador Romero Jucá (Foto: Agência Senado)

 Amigas e amigos do blog, vale a pena ler a matéria abaixo, da Agência Senado, para constatar a fábula que o governo federal arrecada e, ao mesmo tempo, como uma série de amarrações do Orçamento fazem com que seja muito pequena a margem de manobra para investir.

 Salta aos olhos o peso enorme da dívida pública e compromissos financeiros em geral, que devoram quase a metade de tudo o que se arrecada. Diante do tamanho do total arrecadado, chega a ser insignificante o montante de que o governo dispõe para investir — sobretudo diante das necessidades enorme do país em diferentes terrenos.

 Da Agência Senado

 Obrigações da União consomem quase todo o Orçamento

 Para cada R$ 10 do Orçamento da União do próximo ano, R$ 8,84 estão comprometidos com algum tipo de obrigação. O alto grau de vinculações – transferências constitucionais para estados e municípios, manutenção do ensino e seguridade social, entre outras – não dá margem ao Congresso Nacional para mudanças significativas no projeto enviado pelo governo.

 Em tese, senadores e deputados poderão influir no destino de apenas 11,6% do Orçamento de R$ 2,14 trilhões para o próximo ano. Essa fatia de R$ 249,4 bilhões tem o nome de “despesas discricionárias” (aquelas que podem ser feitas sem restrições).

 Mesmo essa fatia encontra-se comprometida com algumas iniciativas prioritárias do governo federal, como Brasil Sem Miséria, Minha Casa, Minha Vida e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

 Salário mínimo

 Pelo segundo ano, o Orçamento chegou ao Legislativo com a fórmula do cálculo do salário mínimo já definida. A Lei 12.382/2011, ao fixar piso nacional daquele ano, estabeleceu uma política de longo prazo, que vigorará até 2015.

 Por essa regra, o valor do mínimo do próximo ano resultará da aplicação da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2012, mais a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011.

 Foi a aplicação desses índices – crescimento de 2,7% do PIB em 2011 e estimativa de 5% do INPC para 2012 – que resultou no valor de R$ 670,95 (elevação de 7,9% sobre o atual valor de R$ 622).

 Dívida

 Os grandes números do Orçamento mostram que dívida da União e demais despesas financeiras ainda ficam com quase a metade dos recursos – 46,6%, dos quais a maior parte (34,4%) se destina à amortização. As despesas com pessoal e encargos sociais representam 9,7% dos R$ 2,14 trilhões, enquanto os benefícios de previdência e assistência correspondem a 19,7%.

 Prioridades

 Nos investimentos, o Executivo indicou a saúde como a área com maior prioridade – R$ 79,3 bilhões –, ou seja 10,7% mais do que em 2012. Em seguida, vêm o PAC e Minha Casa, Minha Vida, com R$ 52,2 bilhões, um crescimento de 22,8% em relação aos R$ 42,5 bilhões de 2012.

 Os investimentos em educação devem ser de R$ 38 bilhões, com 14,4% a mais do que os de 2012. O Brasil sem Miséria deverá ser contemplado com R$ 29,9 bilhões, com crescimento de 16,3% em relação a 2012.

 Na preparação dos grandes eventos esportivos a serem sediados pelo país, como Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos e Paraolímpicos (2016), o Executivo prevê despesas de R$ 1,9 bilhão.

 Projeções

 A proposta orçamentária trabalha, para o próximo ano, com uma projeção de crescimento do PIB de 4,5% e de variação da inflação também de 4,5%. O PIB esperado para 2013 é de R$ 4,97 trilhões.

 Esses dados já chegaram desatualizados ao Congresso. Avaliação preliminar de integrantes da Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara dos Deputados mostra que o projeto entregue ao Legislativo em 30 de agosto “subestima a inflação e superestima o crescimento real deste ano – e do próximo”.

 Partes

 O Orçamento Geral da União (OGU) é formado por um tripé: o orçamento fiscal, o da seguridade e o de investimento das empresas estatais federais. Sua elaboração, a cargo do Poder Executivo, segue parâmetros estabelecidos no Plano Plurianual (PPA) e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

 O projeto PPA define as prioridades do governo por um período de quatro anos e deve ser enviado pelo presidente da República ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de seu mandato. O atual PPA, com diretrizes para o período de 2012 a 2015, foi instituído pela Lei 12.593/12.

 De acordo com a Constituição Federal, o projeto de lei do PPA deve conter “as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”. O PPA estabelece a ligação entre as prioridades de longo prazo e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

 Diretrizes

 O projeto da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano. A LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro subsequente; orienta a elaboração do Orçamento; dispõe sobre alteração na legislação tributária; e estabelece a política de aplicação das agências financeiras de fomento.

 Com base na LDO, a Secretaria de Orçamento Federal elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os ministérios e as unidades orçamentárias dos poderes Legislativo e Judiciário. Por determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o projeto de lei do Orçamento ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada ano.

 Detalhamento

 O governo detalha no projeto da LOA as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingidas naquele ano. A lei orçamentária disciplina todas as ações do governo federal. Nenhuma despesa pública pode ser executada fora do Orçamento, mas nem tudo nele previsto é executado pelo governo federal, que tem poder de contingenciar (bloquear) verbas e programas.

 No Congresso, deputados e senadores discutem na Comissão Mista de Orçamentos (CMO) a proposta enviada pelo Executivo, fazem as modificações necessárias e votam o projeto. A Constituição determina que o Orçamento deve ser votado até o fim de cada sessão legislativa. Depois de aprovado, o projeto é sancionado pelo presidente da República e transformado em lei.

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Comentário de petrúcio josé rodrigues em 3 outubro 2012 às 23:09

TUDO ISTO PODE-SE  DIZER QUE É EM NOME  DO "COMPANHEIRISMO".

JÁ  FALEI EM OUTRAS INSERÇÕES, QUE O PAIS PASSOU A NÃO TER MEMÓRIAS.

1 - PORQUE A ÉPOCA  DO CORONELISMO O CABRESTO ERA REAL E DOLOROSO.

2 - NA DÉCADA PASSADA, VEIO O HOMEM DE  GARANHUNS(PE) QUE  SEM MEMÓRIA, SEM PLANEJAMENTOS, SEM DISCERNIMENTOS TINHA UM ÚNICO  OBJETIVO QUE ERA CHEGAR  NA  SITUAÇÃO QUE  ESTAMOS HOJE.

UM PAIS  COM UM ORÇAMENTO DE R$. 2,14  TRILHÕES, COM UMA FATIA  DE R$.249,4 BILHÕES,  GASTOS COM DESPESAS QUE NÃO EXISTEM RESTRIÇÕES, SIGNIFICA  DIZER QUE NÓS  CIDADÃOS ESTAMOS OUTORGANDO O DIREITO DE DAR A CADA DEP. FEDERAL, SENADORES E OUTROS UM TALÃO DE  CHEQUE ASSINADO EM BRANCO PARA O USO DOS COMPANHEIROS MAIS NECESSITADOS.

ISTO É ALGO INUSITADO. ACHO QUE O COMPANHEIRO HUGO CHAVES  TEM MAIS CRITÉRIO.

Comentário de Romildo de Paula Leite em 3 outubro 2012 às 21:53

   Em tese, senadores e deputados poderão influir no destino de apenas 11,6% do Orçamento de R$ 2,14 trilhões para o próximo ano. Essa fatia de R$ 249,4 bilhões tem o nome de “despesas discricionárias” (aquelas que podem ser feitas sem restrições), esses corruptos não deveriam influir em nada desse Orçamento. 

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