Evento dará destaque à produção artesanal brasileira

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Fonte:|revistafator.com.br|

32 oficinas de artesanato oferecidas ao longo de cinco dias, cinco aulas de gastronomia sobre um prato típico de cada região do Brasil.

Quem aprecia a arte feita à mão, a partir de elementos naturais e originais das diversas regiões brasileiras, tem encontro marcado para o período de 21 a 25 deste mês, no Centro de Convenções. É que nesta semana acontece o Salão Internacional do Artesanato – Raízes Brasileiras, a segunda edição de um evento que tem sido responsável por movimentar a área do artesanato em Brasília, trazendo o que se tem feito de mais criativo no Brasil. Este ano, o evento promete dar destaque especial para o trabalho de artesãos locais, mostrando a qualidade da arte produzida em Brasília. O evento acontece de quarta a sexta, das 16h às 22h, e no sábado e domingo, das 10h às 22h. A entrada é franca.

O Salão Internacional do Artesanato – Raízes Brasileiras,é uma realização da Secretaria de Trabalho do GDF e tem promoção da Rome Feiras. O evento está inserido no calendário comemorativo do cinqüentenário de Brasília e por isso a opção em enfatizar o artesanato do DF. As peças serão exibidas nos estandes da Secretaria do Trabalho, em estandes de associações e cooperativas de artesanato e nos projetos da Brasiliatur. O visitante poderá comprovar a qualidade do trabalho que vem sendo desenvolvido através de ações feitas pela Secretaria do Trabalho em parceria com a Brasiliatur, o SEBRAE e a UnB, visando qualificar e dar identidade ao artesanato do DF. O trabalho envolve vários projetos de sustentabilidade e de reciclagem.

A Secretaria do Trabalho tem 15 mil artesãos cadastrados no DF e constantemente busca oportunidade de levá-los a apresentar seus produtos. Neste 2º Salão, a Setrab terá a participação de 60 artesãos e 10 associações e ainda oferecerá 32 oficinas. Fará ainda exposição de móveis artesanais de madeira, fibras vegetais e mosaico de cipó, de acessórios em fibra e de objetos de decoração feitos com cerâmica, madeira, fibras vegetais, flores do cerrado e machetaria, souvenirs em reciclado, mármore, pedra, pintura em cerâmica, resina e pedra sabão.

A proposta do Salão Internacional do Artesanato – Raízes Brasileiras, é não apenas mostrar o que se tem feito de mais inovador e relevante, social e ecologicamente, mas também propiciar a compra e venda de produtos em grande escala. Por isso, o evento conta com uma Rodada de Negócios, marcada para o primeiro dia, dia 21, das 8h às 18h, reunindo compradores de outros estados e do DF. São lojistas e exportadores que vem para negociar diretamente com os artesãos. Só no ano passado, a Rodada gerou mais de R$ 1.200.000,00 em vendas (um sucesso para a primeira edição). Está confirmada a vinda de alguns dos maiores compradores de artesanato do Brasil.

O evento incluirá ainda oficinas gratuitas de artesanato – diariamente, serão quatro oficinas -, palestras e cursos de gastronomia. No local, grupos folclóricos também farão apresentações e haverá uma praça em homenagem aos mestres artesãos, como o pernambucano Jaime Nicola de Oliveira, ou Nicola, de Jaboatão, reconhecido pelas cabeças de anjo e santo esculpidas em pedra calcária e madeira, que trará ao Salão 60 esculturas.

Destaques - No estande dos Correios, o público vai conhecer programas como o Exporta Fácil: um conjunto de serviços para atender empresas e pessoas físicas (artesãos, artistas, estilistas, entre outros) que desejam exportar seus produtos de maneira mais simples. Ele oferece ao exportador a possibilidade de vender seus produtos para mais de 200 países. Outro serviço é o Marketing Direto, alternativa de comunicação direta e eficiente com o cliente. Os Correios também aproveitam a oportunidade para apresentar o EcoPostal - um programa de disseminação da consciência ambiental, juntamente com a uma idéia social, que, ao dar tratamento adequado ao descarte de malotes e uniformes de carteiros, ajuda várias mães de alunos da Intituição Amigos do Vôlei transformando os malotes e os uniformes, antes incinerados, em eco bags e outros artigos de tecido.

A Petrobrás promete mostrar exemplos de projetos de artesanato que a empresa apóia no Brasil inteiro. Iniciativas como o Programa Fibra Viva, que auxilia famílias carentes, na cidade de Bonito/MS, misturando origami de tecido reciclado e neoprene reciclado dos trajes de mergulho do Recanto Ecológico do Rio da Prata. Ou o projeto Sementeiras de Tucumã, de comunidades do sul de Roraima, que oferece jóias feitas com sementes. Do Distrito Federal, há o programa Mãos de Esther, que congrega centenas de costureiras da Estrutural.

O Sebrae desenvolve ações em quase todos os municípios brasileiros, mas o estande nacional da instituição será dedicado ao SEBRAE-DF. Mas outras representações do Sebrae também estarão presentes, como o SEBRAE-MG, que trará a Brasília o trabalho das artesãs do projeto Pólo Veredas (Vale do Urucuia). Recentemente, o projeto foi vencedor do 1º Prêmio Objeto Brasileiro na categoria ação sócio-ambiental, como reconhecimento pelo desenvolvimento do processo de coloração na tecelagem sem o uso de produtos químicos. O procedimento não causa mal à saúde, nem ao meio ambiente, e ainda gera ocupação e renda para mulheres do Noroeste do Estado.

O Pólo Veredas é desenvolvido pelas artesãs do Vale do Urucuia, no noroeste de Minas Gerais, congregando cinco municípios, Riachinho, Uruana de Minas, Arinos, Natalândia e Bonfinópolis. Conta com a participação de 150 artesãs de cinco associações da região, que formam uma rede de produção, que inclui o tingimento, a fiação e a tecelagem. O trabalho é feito com folhas de manga, goiaba, serragens de árvores e casca de cebola e um total de 18 corantes naturais.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, através do Programa do Artesanato Brasileiro, está viabilizando a participação de artesãos de todo o país, disponibilizando ao público a diversidade da produção artesanal brasileira. A mobilização de cada estado e seleção dos artesãos foi feita pelas respectivas Coordenações Estaduais do PAB.

Programação - A partir do dia 22, será possível conhecer os truques e segredos de diversas técnicas artesanais, em cursos oferecidos gratuitamente no local. Serão ministradas oficinas que combinam arte e preservação ambiental: montagem de flores do cerrado, chaveiro de chita, bijuterias de capim dourado, cerâmica, bordado, machetaria, flores de tecido, decoupagem em vidro, crochê, embalagens, bijuterias de papel artesanal, biscuit, flores de saco de cimento, bijuteria de lata, bonecas de garrafa pet, animais do cerrado feitos em fibra vegetal, pintura, mosaico, frutas de tecido, escultura, cestaria e almofadas, entre outras. Interessados devem chegar com uma hora de antecedência e fazer a inscrição.

O ciclo de palestras, realizado nos dias 22 e 23, será especialmente destinado a gestores de programas de artesanato, artesãos e representantes de ONGs, Associações, OSCIPs e demais entidades que tenham envolvimento com o setor. Serão discutidos temas como Políticas Públicas para o Artesanato Nacional, comércio justo, comercialização, distribuição, mercado solidário e desenvolvimento de produtos, com foco no resgate do artesanato tradicional.

O espaço gastronômico ficará a cargo da empresa Kaza Chique e contará com cinco (5) aulas, cada uma de um prato típico de uma região brasileira. Representando a região Norte, o Pato no Tucupi. Para o centro-oeste, uma receita de Paella do cerrado, com ingredientes muito consumidos e representativos da região. O Sudeste será brindado pela região de Minas com petiscos especiais, daqueles que todo mineiro gosta. A região Nordeste foi concentrada na deliciosa Moqueca Baiana e o Sul entrará com um prato típico simples, o verdadeiro arroz de carreteiro.

Todos os chefs convidados têm alguma ligação com a região representada. Ana Bandeira é nordestina, formada em Gastronomia e com atuações como professora em várias disciplinas na área. Leninha Camargo é chef com formação internacional no Italian Culinary Institute – ICIF e ganhadora de prêmios internacionais. Lucilene Silva é culinarista nascida em Eirunepé no Amazonas e chefia o Restaurante Beitkahama de sua propriedade, famoso por suas delícias árabes. Sérgio Raffaelli é chef proprietário do Café Cassis e do Café Cassis Express, tem formação na Suíça (na Ecole Internationale La Chataigneraie e no Centre International de Glion), trabalhou na França, nos Estados Unidos, no Maksoud Plaza em São Paulo. É casado com uma gaúcha, admira e interpreta muito bem os pratos dessa região. E Viviane Cortat Feijó é mineira formada pelo Senac, como Cozinheira Profissional. Possui Extensão em gastronomia e Segurança Alimentar pela UnB e fez cursos na Escola de Artes culinárias com Laurent.

Com exceção da aula de Paella do Cerrado, com Leninha Camargo, marcada para acontecer entre as 14h e as 16h do domingo, todos os demais cursos ocorrerão diariamente, das 19 às 21h. As inscrições serão feitas no local do evento, com até uma hora antes do início das aulas. [Site www.salaodoartesanato.com.br].

Salão Internacional do Artesanato – Raízes Brasileiras, nos dias 21 a 25 de outubro de 2009,de quarta a sexta, das 16h às 22h; sábado e domingo, das 10h às 22h, no Centro de Convenções – Brasília. Entrada franca.