Um em cada 10 trabalha no setor têxtil na RMM

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Fonte:|odiariomaringa.com.br/noticia|

Há seis décadas, quase toda a atividade econômica de Maringá e região girava em torno da produção, processamento e escoamento do café. No século 21, o mais próximo de uma polarização econômica na mesma área geográfica ocorre no setor de confecções. Um em cada dez empregados com carteira assinada na Região Metropolitana de Maringá (RMM) trabalha em alguma atividade relacionada ao setor.

Desde a preparação dos fios, até a venda final para o consumidor, a cadeia produtiva conta com 15.125 trabalhadores. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, referentes a agosto de 2009. O número representa 10,48% do total de trabalhadores com carteira assinada na RMM.

Só a indústria têxtil emprega 7.355 pessoas em Maringá. Ao longo da cadeia produtiva, 44,39% dos empregos são gerados na confecção de peças de vestuário, 19,78% na comercialização de roupas e 8,89% na fabricação de peças íntimas.

O ramo de confecções representa dois em cada dez empregos na indústria da região metropolitana (21,30%), – e um em cada dez postos de trabalho no comércio regional (12%).

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindivest), Carlos Roberto Pechek, a polarização deste tipo de atividade na região começou há cerca de dez anos, com um planejamento estratégico de diversas instituições.

“Empresários, juntamente com o Sebrae, Senai, universidades e prefeituras, começaram a planejar ações para fomentar a atividade que todos já percebiam como de grande potencial”, lembra Pechek.

Como resultado desse planejamento foi instalado no Parque de Exposições de Maringá o primeiro shopping atacadista, o Vestsul – hoje na rodovia PR-317.

Atualmente, Maringá conta com seis shoppings atacadistas, com 524 lojas. “Chegamos num ponto em que não tem mais como dar errado”, diz Pechek. O Sindivest representa 670 indústrias, mas a região conta com 1,2 mil unidades de fabricação de têxteis.


Obstáculos

Mesmo com todo peso econômico do setor, as condições para os empresários do setor não são ideais. Os encargos trabalhistas são muito altos e não há uma linha de crédito específica para aquisição de equipamentos, a exemplo do que ocorre no setor agrícola.

“Essa condição será dada a partir do momento em que o governo federal reconhecer o Arranjo Produtivo Local Cianorte-Maringá, que já está formatado”, afirma o empresário do setor e vice-presidente da Associação Comercial de Maringá (Acim), Edson Recco.