Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Famílias retornam ao controle de suas redes varejistas após gestão profissional

Famílias retornam ao controle de suas redes varejistas após gestão profissional

Mesmo com consultorias para preparar sucessores, dificuldades podem permanecer. Os conflitos com sócios e herdeiros continuam ativos e, comumente, o executivo contratado é colocado em xeque.

Por Sheila Hissa

A sucessão, inevitável em todas as empresas, continua sendo muito sofrida e difícil para o fundador ou sucessor da primeira geração. O processo dói mesmo quando o CEO reconhece que sua expertise não responde às mudanças do mercado e não alcança o avanço das tecnologias, a tomada de decisões com base em dados e a adoção de metodologias para implementar novos modelos. E, ainda que entenda a necessidade de agregar novos conhecimentos à companhia e de injetar sangue novo, o caminho percorrido normalmente provoca avarias.

Há anos várias empresas têm feito a lição de casa, mas nem sempre com sucesso. Embora contratem consultorias para preparar sucessores dentro da família e implementar práticas de governança e mesmo recorram a headhunters para atrair executivos do mercado, as dificuldades permanecem. Às vezes até pioram. Os conflitos com sócios e herdeiros continuam ativos. Comumente, o executivo contratado é questionado e colocado em xeque.

Filhos ou sobrinhos são retirados de seus cargos, e o fundador volta à liderança, num ciclo de avanço e retrocesso que geralmente desgasta acionistas, funcionários e a própria companhia. Avanços e retrocessos são previsíveis em qualquer processo de mudança, mas um dia (não muito distante) tudo se acomoda e a empresa segue mais atual e lucrativa. Ou não, depende do caso.

Marise Araújo, conselheira de empresas e ex-executiva de grandes redes do varejo alimentar, acredita que a alternância no estilo de liderança pode ser boa para a companhia. Para ela, muitas companhias conduzem o processo com eficiência e bons resultados. Porém há casos em que é preciso ter cuidado para não perder o foco nem a visão estratégica amplificada. Caso contrário, a própria organização pode sofrer com as mudanças.

José Barral, também conselheiro de empresas, ele próprio um ex-CEO de uma rede familiar, entende que a sucessão pode sofrer percalços pela própria complexidade do processo, mas acredita que a governança tem de ser verdadeiramente entendida e assimilada pelo CEO, pelos sócios e pelos herdeiros. “O papel de cada um na empresa, e também do conselho e dos conselheiros, precisa estar bem claro e fortemente enraizado”, argumenta. “Adotar a governança, sem convicção e aprofundamento, é algo ineficaz.”

O papel dos conselheiros

Os conselhos administrativos ou consultivos são fundamentais nas empresas e no avanço de um projeto sério de governança corporativa. José Barral e Marise Araújo, especialistas em varejo, conselheiros de empresa e membros do Grupo Conselheiros SA Varejo (serviço de aconselhamento da SA), apontam alguns desses benefícios:

  • Os conselhos são fundamentais para conferir equilíbrio ao processo de sucessão, servir como o fiel da balança e abreviar a curva de aprendizado
  • Eles dão espaço ao diálogo entre os sócios e permitem a eles pensar na empresa e entender o que está em jogo e o que pode ser mudado e alcançado
  • Alicerces de qualquer programa de governança, eles contam com conselheiros independentes, sem interesses, que trazem sua experiência para discutir propostas e estratégias benéficas à empresa em longo prazo
  • Os conselheiros não têm envolvimento sentimental, mantendo distanciamento e isenção, o que permite mediar o conflito de forma mais efetiva e propor ações mais racionais aos sócios e herdeiros
  • A principal função do conselho é garantir a perenidade da organização ajudando a definir uma boa liderança, a melhor estratégia e garantir a saúde financeira da companhia

Fonte: S.A. Varejo

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