Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Geração "nem nem" : quase 10 milhões de jovens!

Ficou conhecida como geração “nem-nem” aquela que nem trabalha, nem estuda. Pois bem: o IBGE divulgou dados que estimam em quase 10 milhões a quantidade de jovens entre 15 e 29 anos nessa situação, predominantemente formada por mulheres (70%).

Dessas jovens que não têm atividade produtiva, 58,4% tinham pelo menos um filho. A maior parte dos jovens “nem-nem” (38,6%) tem ensino médio completo, ou seja, deveria ter seguido para um curso superior ou ingressado no mercado de trabalho.

No outro extremo, um porcentual também alto, de 32,4%, sequer completou o ensino fundamental. O Nordeste é a região com maior proporção de jovens que não estudam nem trabalham, em todas as faixas etárias estudadas.

São dados bastante preocupantes. Se for o caso de uma opção voluntária do casal, onde a mulher escolhe ficar em casa para investir na educação do filho enquanto o homem trabalha, menos mal. Mas quantos casos são realmente isso? Quantos casais podem se dar a esse luxo?

Mais provável deve ser o caso de falta de alternativa ou estímulo do próprio governo para tal situação. Faltam creches decentes, por exemplo, enquanto o próprio governo distribui esmolas para quem não trabalha. Diante deste quadro, as mulheres mais pobres acabam preferindo ficar em casa, recebendo um “salário” do governo, mesmo sem trabalhar.

O modelo de estado de bem-estar social acaba incentivando isso. Em um ambiente mais liberal com a concomitante responsabilidade individual, o custo de abrir mão dos estudos ou do trabalho será muito elevado para os indivíduos. Terão de pensar duas vezes antes de terem filhos sem a devida condição de criá-los.

Já no welfare state, o custo é jogado para ombros alheios, e quando “todos” pagam a conta, independentemente de suas próprias escolhas, claro que haverá maior negligência e descaso dos indivíduos. Que os outros trabalhem para me sustentar, ora bolas!

Só vejo um caminho para mitigar esse problema: cobrar mais responsabilidade individual. A geração “nem-nem” precisa se dar conta de que tais escolhas têm um custo que deve ser pago por ela mesma, não pelos demais. Nossos filhos não deveriam ser um fardo financeiro para terceiros.

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/

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