Criatividade, inovação, revolução mercadológica são palavras muitos usadas, contudo a prática sempre foi observar o líder. Este lança um produto, um expositor, uma campanha, alguns cartazes, imediatamente será seguido.
Os líderes têm a tendência de adicionar talentos, competência, o que é muito diferente de contratar trabalhadores ou empregados.
Para o líder, cada projeto é um novo negócio, cada colaborador um empreendedor.
O empreendedor desenvolve sim a capacidade de absorver novas tendências e aplicá-las rapidamente, mas tem outra qualidade fundamental que é se livrar dos velhos conceitos.
O que cria barreiras para que muitas empresas se tornem grandes e melhores empreendimentos não é a dificuldade de entendimento e acesso a novas tecnologias e técnicas, e sim a resistência a se livrarem dos velhos procedimentos e vícios, que impedem a mudança de atitude.
A era do poder de quem tinha informação acabou, você pode obtê-la a qualquer hora. Hoje, o que importa é seu uso rápido. Tudo aquilo que for possível ser vendido em larga escala rapidamente terá seguidores, virará commodity e terá seu preço achatado.
O cover, a cópia, a imitação, a clonagem, podem ser um recursos no início de um projeto, como forma de entendimento e aprendizado, não como consolidação de uma trajetória.
Gestores presos a idéias ultrapassadas, em empresas cujas culturas assim se consolidaram, aprenderão de forma bastante contundente que é mais fácil destruir a organização do que mudá-la. As sementes das novas tendências precisam de campos férteis em nossas mentes para desenvolvimento.
Muitas empresas demoram anos para aceitar o futuro, quando o atingem tudo já se tornou ordinário.
A ânsia de seguir o líder e obter os mesmos resultados leva empresas a copiar tudo o quer for possível, de produtos e procedimentos a gestos.
Tivessem meios, contratariam todos os funcionários de seu concorrente, fariam os mesmos produtos e os venderiam nos mesmos lugares. Como isso não é possível, tentam conseguir alguns e vão ao mercado em busca de semelhantes.
Ao mesmo tempo em que procuram um perfil profissional, tentam encontrar linhas de pensamento idênticas à deles, que não necessariamente é a linha do concorrente, gerando um pequeno conflito.
Num mundo de iguais, como poderíamos ser tão iguais, uma cópia perfeita, o ponto de nos destacarmos e sermos diferentes?
Neste mundo de clonagem, pode-se obter adaptação, nunca evolução. As idéias serão sempre as mesmas.
O concorrente atingiu essa posição no mercado por uma série de atributos e não apenas por um, por isso representa algo na mente do consumidor. Qualidade que a cópia não terá.
A questão que deve ser analisada é porque alguém pagaria o preço de original por uma cópia, se pode ter acesso a ele?
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira...
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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