Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Grandes empresas vão liderar em RPA na América Latina, diz Automation Anywhere

Empresa de automação destacou papel da região em sua estratégia. Executivos concordam com CIOs: desafio da automação é cultural, não tecnológico.

Marcelo Gimenes Vieira*
Aymeric Ratel e Marcio Lebrão. Fotos: Divulgação

Grandes empresas devem ser os impulsionadores do mercado de automação robótica de processos (RPA) na América Latina e no Brasil, muito embora, ao menos entre os atuais clientes da Automation Anywhere na região, metade do faturamento ainda seja oriundo das pequenas e médias (PMEs). É o que revelou a empresa nessa quarta (5), em conversa com o IT Forum durante o Imagine 2022, em Nova Iorque*.

“Eu diria que a gente tem mais ou menos metade/metade [do faturamento dividido entre PMEs e enterprises]. Mas eu diria que a tendência é aumentar a presença em grandes contas”, disse Marcio Lebrão, diretor de vendas para o Brasil da AA. “Estamos muito representados nas pequenas e médias, mas temos mais foco nas empresas grandes que efetivamente estão demandando mais jornadas de automação.”

A empresa americana lançou operação na América Latina no primeiro semestre de 2018, ou seja, cerca de quatro anos atrás. Atualmente tem presença em México, Colômbia, Argentina, Peru, Chile e Brasil. Segundo Aymeric Ratel, vice-presidente da AA para a América Latina, a razão é tanto pelo reconhecimento da América Latina como mercado de forte potencial para a empresa, mas também a necessidade de estar próximo de cada cultura que compõe a região.

Ratel também acredita que o aumento do uso de RPA entre as grandes companhias é consequência direta da pandemia, que “as forçou a ser mais digitais e remotas na experiencia oferecida ao consumidor, criando desafios que eles não estavam acostumados”.

Entre os grandes clientes da empresa na América Latina estão players da área de mineração (Vale) e óleo e gás (Petrobras), cujas operações globais têm se beneficiado da automação para aumentar produtividade, principalmente em back-offices. Os executivos também citam bancos, operadoras de telecomunicações, indústrias e varejistas como grandes clientes locais.

“São setores que naturalmente investem mais em tecnologia. A adesão à nossa tecnologia não tem tanta relação com o setor em que a empresa atua”, disse Ratel, argumentando que os benefícios da automação são os mesmos para empresas de qualquer setor. “Temos uma visão muito clara que queremos ter clientes entre as cinco maiores empresas da América Latina em cada vertical.”

Canais e parcerias

Segundo o VP para a América Latina da AA, a empresa é a única no mercado de RPA “com presença” na região, enquanto os competidores atuariam principalmente via canais. Mas, também segundo ele, a força dos parceiros de integração é necessária tanto em termos de capilaridade, ou seja, para alcançar pequenos e médios negócios em todo território nacional, como também na sustentação de projetos maiores em grandes empresas.

“Muitas empresas grandes, mesmo as baseadas no Brasil, como a maior empresa de mineração da América Latina, são globais. Eles veem muito valor em operar direto com a marca. Por causa da importância, estrategicamente falando, temos a flexibilidade de trabalhar com eles ou com parceiros”, explica Ratel. “Muitos dos trabalhos que fazemos são com parceiros. Não queremos nesses projetos só vender o software e sair, queremos dar continuidade.”

Segundo Lebrão, as vendas diretas são feitas principais para clientes estratégicos, que passam a contar com um executivo de sucesso do cliente dedicado. Mas mesmo nessas os parceiros passam a ser também provedores de serviços e a colaborar com o sucesso dos clientes.

“Isso garante o relacionamento direto, mas também que os parceiros entreguem diretamente serviços de construção de novos bots”, explica o diretor brasileiro.

Tecnologia ou processos?

Seja qual for o modelo de comercialização, os executivos garantem que os lançamentos anunciados durante o evento de Nova Iorque chegarão aos clientes e canais brasileiros em tempo quase real, uma vez que “os nossos releases são globais”. E destaca o potencial, para o mercado brasileiro, da solução de mapeamento de processos, considerando que muitas vezes o desafio do RPA para os CIOs não é tecnológico, mas sim processual.

“Muitas vezes as áreas sabem e percebem que existem possibilidades de automação, mas o que eu vou dar prioridade? Quais processos estarão na fila e iniciarão os desenvolvimentos? A gente está lançando ferramentas para facilitar a decisão”, defende Lebrão. “Ofereço a liberdade para todos os usuários submeterem processos que possam ser automatizados, com descritivos e características, e já se consegue identificar o ROI [retorno sobre o investimento] para aquele processo.”

Ratel concorda que aprimorar e mapear processos é um desafio maior do que implantar tecnologias como o RPA. Para ele, um desafio chave da automatização é a mudança de cultura dos trabalhadores e companhias.

“Quando se tem mudança significativa, a menos que se tenha boa visão da execução, vai ser complicado”, ponderou.

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