Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Com este blog pretendo mostrar quanto ela pode colaborar com o crescimento do país, assim como apresentar ao caro leitor o descaso do governo com essa indústria

A literatura acadêmica sobre economia criativa vem crescendo muito ao longo da década, mas ainda é pequena e com algum grau de discordância entre autores. Basicamente podemos dividir esta literatura em três tipos de abordagem. A primeira é a discriminatória, que defende que economia criativa é formada por alguns setores específicos da sociedade e discutem basicamente quais setores participam ou não deste nicho.

Outra abordagem se contrapõe à discriminatória e se mostra totalmente generalista, ou seja, não importa de qual indústria a empresa participa, mas sim o quanto de criatividade ela abarca em seu processo de criação de valor.

Por último temos uma abordagem legalista, que afirma que economia criativa é formada por toda e qualquer empresa que se apoia em direito de propriedade intelectual para gerar receita.

Entrarei em mais detalhes acerca de cada abordagem em futuras postagens, mas seria impossível dormir à noite se eu não utilizasse estes primeiros dois mil caracteres para falar da forma como o Brasil trata a economia criativa atualmente.

A primeira coisa que me entristece é ver um país tão criativo possuir tão pouco apoio do governo para o desenvolvimento da moda e design, áreas que trouxeram para a lista dos 10 mais ricos da Forbes o dono da Zara, e para décimo segundo o dono do grupo LVMH (detentor de marcas como Gucci).

Embora o primeiro seja um expoente do fast fashion, enquanto o segundo um representante da moda high end, ambos vêm de mercados onde tanto a economia criativa quanto a política de pesquisa e desenvolvimento de produto são valorizadas. Curioso, inclusive, notar que neste exemplo, a representante espanhola está à frente do conglomerado francês.

Em outra constatação, vemos países como a Itália, que antigamente era vista somente como fornecedora de mão de obra para mercados como o francês, e que hoje é importante exportadora de moda e design, ao passo que o Brasil só exporta consumidores.

Em suma, este é comprovadamente um setor que emprega muito e responde por uma parcela significativa do PIB em alguns países. Mesmo com tal importância, infelizmente vemos no Brasil um governo que pensa que investir em economia criativa é tão somente fazer ações como a bolsa cultura e vira as costas para todas as outras vertentes, como a moda e design, que têm grande capacidade de gerar muitos empregos.

Pretendo com esse blog desmistificar o que é economia criativa, mostrar o quanto ela pode colaborar com o crescimento do país, assim como apresentar ao caro leitor o descaso do governo com a indústria criativa. Espero que aprecie o passeio pelo setor que mais crescerá no século XXI.

http://www.istoedinheiro.com.br/blogs-e-colunas/post/20140428/hora-...

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