Intenção de consumo das famílias paulistanas recua 1,5% em agosto

[petrúcio josé rodrigues]

Intenção de consumo das famílias paulistanas recua 1,5% em agosto

Por InfoMoney

 

Dos sete itens analisados pela Fecomercio-SP, cinco sofreram retração em agosto, com destaque para consumo atual

 

 

 

Pontuação do ICF está próxima do valor mínimo de 120,3 pontos registrados em agosto de 2009 (Getty Images)

SÃO PAULO - A intenção de consumo das famílias paulistanas apresentou recuo de 1,5% em agosto, na comparação com julho, atingindo 120,6 pontos, segundo revelam dados divulgados nesta segunda-feira (23) pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

De acordo com o levantamento, a pontuação está próxima do valor mínimo de 120,3 pontos registrados em agosto de 2009, quando teve início a série histórica. Vale lembrar que a escala de pontos varia de zero a 200. No confronto com agosto de 2012, o ICF registrou queda 15,1%.

Itens

Dos sete itens analisados pela Fecomercio-SP, cinco sofreram retração em agosto, com destaque para consumo atual, que apresentou queda de 5,9%, com a pontuação chegando ao menor nível da série histórica (89,8 pontos).

O segundo pior resultado foi verificado em renda atual, com recuo de 4% e 131 pontos. As outras quedas foram em momento para duráveis (-3,8% e 113,6 pontos), acesso ao crédito (- 2% e 139,9 pontos) e emprego atual (-1,3% e 126,6 pontos).

Para a Fecomercio-SP, o resultado ainda é um sinal da insatisfação das famílias com as condições econômicas e com os serviços públicos, demonstradas nas manifestações de junho. Entretanto, a elevação de dois itens ligados a expectativas futuras, perspectiva profissional (+2,5%) e perspectiva de consumo (+4%), podem indicar uma perspectiva de reversão da trajetória do ICF, aliado à inflação desacelerada e à taxa de desocupação ainda baixa.

Renda

A análise do ICF por faixa de renda aponta, pelo quarto mês consecutivo, que as famílias com renda superior a dez salários mínimos estão menos satisfeitas do que as que ganham abaixo desse valor.

No mês passado, a pontuação ficou em 116,8 pontos (-2,6%) para os que ganham acima de dez mínimos, e em 121,9 pontos (-1,1%) para os com rendimentos de até dez mínimos.