Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Lista aponta 10 ‘práticas de corrupção’ do dia a dia do brasileiro.

Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox Populi.

Protesto AFP

Protesto anti-corrupção em Brasília: especialista avalia que jovens estão mais conscientes.

Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como parte do cotidiano.

"Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público", diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira.

Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público "O que você tem a ver com a corrupção", que pretende mostrar como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético.

Como lida diariamente com o assunto, Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar uma lista de dez atitudes que os brasileiros costumam tomar e que, por vezes, nem percebem que se trata de corrupção.

  • Não dar nota fiscal
  • Não declarar Imposto de Renda
  • Tentar subornar o guarda para evitar multas
  • Falsificar carteirinha de estudante
  • Dar/aceitar troco errado
  • Roubar TV a cabo
  • Furar fila
  • Comprar produtos falsificados
  • No trabalho, bater ponto pelo colega

  • Falsificar assinaturas
  • "Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções", afirma o promotor. "Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um guarda sem achar que isso é corrupção."

    Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.
  • Otimismo

    Mas a sondagem também mostra dados positivos, como o fato de 84% dos ouvidos afirmar que, em qualquer situação, existe sempre a chance de a pessoa ser honesta.

    A psicóloga Lizete Verillo, diretora da ONG Amarribo (representante no Brasil da Transparência Internacional), afirma que em 12 anos trabalhando com ações anti-corrupção ela nunca esteve tão otimista - e justamente por causa dos jovens.

    "Quando começamos, havia um distanciamento do jovem em relação à política", diz Lizete. "Aliás, havia pouco engajamento em relação a tudo, queriam saber mais é de festas. A corrupção não dizia respeito a eles."

    No Rio, manifestantes defendem "limpeza" no governo

    "Há dois anos, venho percebendo uma grande mudança entre os jovens. Estão mais envolvidos, cobrando mais, em diversas áreas, não só da política."

    Para Lizete, esse cenário animador foi criado por diversos fatores, especialmente pela explosão das redes sociais, que são extremamente populares entre os jovens e uma ótima maneira de promover a fiscalização e a mobilização.

    Mas se a internet está ajudando os jovens, na opinião da psicóloga, as escolas estão deixando a desejar na hora de incentivar o engajamento e conscientizá-los sobre a corrupção

    "Em geral, a escola é muito omissa. Estão apenas começando nesse assunto, com iniciativas isoladas. O que é uma pena, porque agora, com o mensalão, temos um enorme passo para a conscientização, mas que pouco avança se a educação não seguir junto", diz a diretora. "É preciso ensinar esses jovens a ter ética, transparência e também a exercer cidadania."

    Políticos x cidadão comum

    Os especialistas concordam que a corrupção do cotidiano acaba sendo alimentada pela corrupção política.

    Se há impunidade no alto escalão, cria-se, segundo Lizete, um clima para que isso se replique no cotidiano do cidadão comum, com consequências graves. Isso porque a corrupção prejudica vários níveis da sociedade e cria um ciclo vicioso, caso de uma empresa que não consegue nota fiscal e, assim, não presta contas honestamente.

    De acordo com o Ministério Público, a corrupção corrói vários níveis da sociedade, da prestação dos serviços públicos ao desenvolvimento social e econômico do país, e compromete a vida das gerações atuais e futuras.

    Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/11/121024_corrupcao_l...

    Autora:Mariana Della Barba.

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Comentário de adalberto oliveira martins filho em 5 novembro 2012 às 21:18

romildo...torecemos para que esta realmente seja a verdade...mas infelizmente  vejo que nao ha compormetimento , simplesmente por estarmos vivenciando uma inversão de valores...estamos infelizmente no oba-oba.....e tudo parece normal....talvez estou ficando muito velho..rs.rs..vejo barbaridades crescendo a cada dia, em todo ambito, estas geraçoes estão crescendo e ""educando seu novo carater"" pautado em valores falsos...pois lhe faltam ""educaçao"" de berço.....mas vamos tentar virar o jogo....afinal um fio de barba tem que valer mais que uma assinatura....parabens pela matéria!!!

tfa/adalberto

Comentário de José Cláudio da Silva em 5 novembro 2012 às 21:10

   Só dez? Algumas das mais comuns que eu conheço são: venda e compra de votos; receber benefícios sociais de forma fraudulenta; nepotismo escancarado; venda de produtos piratas; já encontrei em alguns mercados e farmácias produtos em oferta por estarem fora do prazo de validade,; professores que ignoravam determinadas matérias por afetarem suas religiões(reforma protestante); e o mais relevante para mim tem sido o comportamento dos participantes de "APRENDIZ" da rede Record... sem contar a lábia de cunho cristão que infelizmente a maioria de nós utiliza como justificativa para a nossa corrupção. 

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