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Nem praias badaladas escapam do esgoto na costa brasileira - Banho coliformes

 

 

 

 
 

Nem praias badaladas escapam do esgoto na costa brasileira

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO


Por causa talvez do cenário deslumbrante, poucas pessoas percebem. Mas a verdade é que várias praias badaladas da costa brasileira passam boa parte do tempo impróprias a um mergulho no mar.

Cheia de famosos, Leblon é conhecida, no Rio, pela poluição

Isso significa que mesmo as celebridades que entram nas águas do Leblon, no Rio, ou os turistas do Mercosul que lotam a praia dos Ingleses, em Florianópolis, não estão livres de pegar uma virose.

A orla carioca, por exemplo, é repleta de praias impróprias durante várias semanas do ano. Em 2012, o Leblon ficou 70% do ano imprópria. As águas de São Conrado -o pior caso- ficaram 95% do ano sem condições de banho.

No caso de Florianópolis, as praias costumam ficar mais tempo impróprias perto dos rios. Na praia dos Ingleses, por exemplo, o ponto próximo do rio Capivari gerou placas vermelhas em quase 90% do ano.

"Os rios são as fontes poluidoras, pois carregam o esgoto até a praia", diz Haroldo Tavares Elias, gerente de pesquisa da FATMA (Fundação do Meio Ambiente), de Santa Catarina.
O problema também aparece em grandes capitais nordestinas, como Maceió (AL), Fortaleza (CE) e Recife (PE).

SANEAMENTO

A baixa balneabilidade tem dois culpados, segundo especialistas. O primeiro é a falta de saneamento básico eficaz, o que gera lançamento de esgoto nos rios. Esses dejetos em algum momento são despejados no Atlântico.

O segundo é a poluição difusa, que atinge principalmente as grandes cidades. Aqui entram toneladas de cocô de cachorro, que ficam sobre as calçadas. Quando chove, é tudo levado para as galerias pluviais. De lá, seguem para o mar.

De acordo com técnicos da Sabesp, isso ajuda a explicar o caso de Santos, em São Paulo. A cidade atingiu 100% de coleta e tratamento de esgoto, mas a qualidade das praias continua ruim.

Prefeituras e Estados afirmam que investem em saneamento e na educação ambiental da população. No Rio de Janeiro, há um programa com investimentos de R$ 150 milhões em despoluição das praias.

 

 

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