Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Dos helicópteros Eurocopter ao caviar Petrossian, passando pelas cobiçadas bolsas Hermès, a indústria do luxo lança-se à conquista do Brasil, um mercado emergente muito apetecível. Estas marcas apostam na evolução do gosto do consumidor brasileiro para produtos clássicos e de qualidade, menos centrados na moda.

«Os ricos emergentes brasileiros têm um pouco o comportamento do milionário russo de há 10 anos. Mas isso vai mudar e, dentro de dois a três anos, vai passar de um milionário bling-bling a um milionário mais sofisticado, como o são as grandes famílias tradicionais brasileiras», afirma Eric Fajole, director da Ubifrance para o Brasil.

No passado mês de Maio, a Ubifrance organizou uma missão francesa no Brasil. «Era sobretudo composta por artesãos que executam ofícios muito complexos, em ateliers da época dos reis, com um know-how muito francês e muito precioso», sublinha o responsável da agência pública que apoia as empresas francesas a expandir-se internacionalmente.

Com um volume de negócios em progressão constante, estimado em 8,2 mil milhões de dólares este ano e com um crescimento de 28% relativamente a 2010, o mercado do luxo é «muito prometedor no Brasil», confirma Carlos Ferreirinha da consultora de luxo MCF Consultoria.

O Brasil, onde as classes abastadas e ricas totalizam cerca de 10 milhões de pessoas, converteu-se no segundo mercado do continente americano, a seguir aos EUA. «Os novos ricos vêm do negócio agrícola, motor do crescimento económico, dos recursos naturais (minas, petróleo, gás) e da finança», revela Ferreirinha.

A capital do luxo é São Paulo, que concentra 75% do consumo do sector. A Hermès abriu o seu primeiro ponto de venda em 2009 e prepara-se para abrir um segundo. A Chanel inaugurou a sua primeira loja em Novembro último. Todas as marcas do luxo vão expandir-se para outras cidades como Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, segundo os analistas.

Este nicho muito rentável é dominado pela França e pela Itália. Mas a indústria francesa vinga igualmente em mercados inesperados como o dos helicópteros, muito apreciado pelos homens de negócios que fogem dos engarrafamentos de São Paulo, graças à Helibras, a filial brasileira da Eurocopter, e o da náutica. «Durante o salão náutico no Rio no mês passado, com barcos vendidos por mais do dobro dos preços franceses devido às taxas, os construtores Jeanneau e Bénéteau efectuaram excelentes vendas», assegura Fajole.   

 

Fonte: AFP

 

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