Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O que falta no nosso modelo de gestão empresarial é combatividade

Termina um ano, começa outro. 2.012 está ai!

 

Estará tudo bem ano que vem?

 

Diz o noticiário, de tempos em tempos, que empreendedores estrangeiros com negócios no Brasil, apesar de voltarem a ganhar dinheiro não planejam investimentos substanciais em nosso mercado, e mostram nítida preferência por países asiáticos, China e Índia, onde os resultados são substancialmente maiores. Perdemos muitas fábricas e empregos por esse motivo.

Não tenho apenas tratado desse assunto em textos, como já conduzi o fechamento de operações fabris por essa razão, depois de meses de luta para reverter o panorama.

 

O mundo capitalista sabe que o dinheiro é esperto e covarde: aparece sempre nos bons momentos e some ao menor sinal de perigo. Isso não será mudado. Essa é a sua natureza!

 

O adiamento do crescimento sustentado torna o Brasil um país inviável pela queda de representatividade de seu PIB frente à economia globalizada, pelo sucateamento do parque industrial, pela baixa qualidade dos produtos frente às novas tecnologias.

 

Um país com estradas e porto precários, que provocam atrasos nas entregas dos pedidos e desperdícios, com produtos tecnologicamente defasados, com altos custos, não pode pretender ser competitivo no mercado internacional.

 

Isto pode parecer apenas manchetes estampadas em nossos jornais, contudo essa é a realidade de nosso mercado, a qual não é percebida em sua totalidade pela paralisia que vivemos há anos.

 

Voltados ao mercado interno, sem modelo exportador, os bons momentos da nossa economia não nos permitem ver nossa fragilidade frente à globalização e avaliar nossa competitividade.

É importante saber que aquilo que não exportarmos, logo estaremos importando.

As razões são muito simples: Tecnologia defasada, baixa escala produtiva que afeta os preços, marcas sem notoriedade, moda, conceitos, são aspectos que levam o consumidor a buscar novas experiências.

  

Representar as empresas junto ao governo, discutindo a carga tributária, as altíssimas taxas de juros, os problemas de infraestrutura, é papel dos sindicatos e associações de classe, os quais exigem a participação de nossos empreendedores para uma discussão ampla já, contudo há temas internos que precisam ser tratados e estão ao alcance dos gestores para ação imediata.

 

Produtividade é um tema sobre o qual falamos, mas temos que praticá-lo. Desperdícios são inaceitáveis. Marketing é matéria a ser aprendida.

O debate e avaliação de nosso desempenho têm que ser diário. Metas de melhoria e crescimento têm que ser estrategicamente estabelecidas, atribuições aos colaboradores tem que ser delegadas e seu acompanhamento efetivamente realizado.

 

Rentabilidade do capital investido nas empresas é questão determinante do futuro. A forma como produzimos, como alocamos a mão-de-obra nas empresas, os métodos de trabalho que usamos os mercados em que os produtos são colocados, a forma como são vendidos, são aspectos que influenciam a lucratividade e a rentabilidade do capital aplicado.

 

Esses temas são acessíveis a todos os gestores, contudo o que nos falta é o exercício e o debate.

Planejar, controlar, questionar, reivindicar, nos leva a sermos mais combativos , seja nas questões internas das empresas , seja na abertura de novos mercados.

As dificuldades que enfrentamos para competir no mercado externo nos colocam frente às nossas ineficiências, em cheque com nossa cultura na solução de problemas e da morosidade na tomada de decisão.

 

Nossas empresas não podem viver apenas de alguns bons momentos de mercado, de bolhas de consumo, desenvolvendo um mercantilismo ponto a ponto. É preciso um plano estratégico de atendimento ao mercado, de exploração de oportunidades e de crescimento sustentado.

 

Encontramos no país ilhas de excelência, onde se destacam empresas, regiões e ou segmentos de negócios, então temos que usar a máxima de mercado: ”Se alguém pode fazer então todos podem”.

 

Aprender com modelos vencedores, abrir debates sobre eficiências e ineficiências, é a única maneira de tornar as nossas empresas competitivas, fazendo com que o mercado brasileiro seja atrativo ao capital externo e o mundo interessado em nossos produtos.

 

Sem uma radical e efetiva mudança de comportamento, sem profundos e imediatos debates, muitas empresas não só deixarão de competir pela “medalha de ouro” como estarão fora das próximas “olimpíadas” de mercado.

 

Ivan Postigo

Diretor de Gestão Empresarial

Articulista, Escritor, Palestrante

Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652

www.postigoconsultoria.com.br

Twitter: @ivanpostigo

Skype: ivan.postigo

 

 

Autor dos trabalhos

Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área ...

Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios

Simulador de resultados adotando premissas

Simulador: Cálculo de Prospecção de Clientes  para Metas e  Cotas de Vendas

Exibições: 88

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