Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O segredo do desenvolvimento da China à disposição de todos

Os livros de história estão recheados de exemplos sobre desenvolvimento de países como os Estados Unidos da América, Japão, do próprio império Romano, neste momento em que o foco é a China parece que as coisas são muito diferentes.

 

O poderia haver em comum entre esses lugares, com culturas tão diferentes, que os levassem a se tornar marcos de desenvolvimento cultural, social e econômico?

 

Que lições podemos tirar dessas experiências e levar para nossas cidades, comunidades e empresas?

 

Imagine que 5.000 pessoas decidam realizar alguma coisa e trabalhem com afinco, dedicando-se integralmente a esse projeto, sem desistência, com uma fé imperturbável. Podemos crer que gerarão bons resultados, não?

 

Esse número é pequeno para um projeto arrojado? Considere então 100.000 pessoas.

 

Seria este um número suficiente para que provocasse um grande impacto numa região, num país? Lembre-se, todos atuando com enorme dedicação.

 

Máximo Górki, escritor Russo (1868-1936) dizia: “O homem é a única maravilha sobre a terra, todas as outras são produto de sua imaginação, de sua inteligência, de sua vontade criadora”.

 

Invista um bilhão e trezentos milhões de pessoas desse dom, da determinação de criar um local melhor para se viver, de trazer mais conforto para os familiares, de criar empresas competitivas e estará gerando uma enorme transformação não só num país, mas no mundo.

 

Assustadas ficam as pessoas que visitam a China pela primeira vez, e maravilhadas quando voltam pouco tempo depois numa segunda oportunidade.

A frase que mais se ouve é que as mudanças não são percebidas em décadas, anos, mas sim em meses e semanas. Ruas e edifícios se transformam como num passe de mágica, gerando um brutal movimento em direção à modernidade, ratificando aquilo que Gorki chama de vontade criadora.

 

O que levou e sempre levará países, empresas, a feitos extraordinários será a atitude positiva de um grupo de pessoas. Duas ou bilhões, mas sempre grupo de pessoas. Quanto mais cabeças pensando e braços trabalhando , maiores serão os resultados .

 

O segredo Chinês está mais na percepção do que no fato, prova disso é que os ditados duas cabeças pensam melhor do que uma e uma mão lava a outra são mais ditos que praticados.

 

A falta de dedicação e qualificação de governantes e dos exércitos levou impérios ao fracasso. Assim ocorre com as empresas, grupos de trabalho, onde quer que atuem. Sucesso consistente, duradouro, depende de qualificação, que é resultado direto de atitudes positivas que levam à vontade criadora.

 

Só se qualifica aquele que se dedica, estuda, se envolve com idéias, doa uma substancial parte do seu tempo para aprender, testar e gerar resultados.

 

É necessário dedicação para aprender, capacidade para se reinventar, de forma a superar os fracassos, e generosidade para aceitar os erros, principalmente os nossos, afim de que não desistamos no caminho.

 

Devemos a nós, devemos a nossos filhos, devemos às próximas gerações a construção de um país melhor. Com empresas mais competitivas, geradoras de emprego, para que um dia os livros de história contem a nossa luta e nossas vitórias.

 

Caso isso não seja suficiente para nos instigar, continuaremos com enormes dificuldades para competir contra as atitudes e vontade criadora de um bilhão e trezentos milhões de chineses, um bilhão e cento e trinta milhões de indianos e cerca de oitocentos milhões de africanos, cujas vontades criadoras começam a tomar melhor forma.  População que representa um sétimo da população do mundo e está distribuída em 54 países.

 

Podemos tê-los como nossos terríveis competidores ou como parceiros e clientes a serem atendidos.

 

Depende de um único detalhe: Descobrir o Segredo do Milagre Chinês.

 

Ivan Postigo

Diretor de Gestão Empresarial

Articulista, Escritor, Palestrante

Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652

www.postigoconsultoria.com.br

Twitter: @ivanpostigo

Skype: ivan.postigo

 

 

Autor dos trabalhos

Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área ...

Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios

Simulador de resultados adotando premissas

Simulador: Cálculo de Prospecção de Clientes  para Metas e  Cotas de Vendas

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Comentário de Edson Baron em 21 dezembro 2011 às 18:10

Ivan,

Nada como uma discussão saudável e inteligente pois crescemos muito com ela. Gosto de participar desse fórum de debates. Quando possível participo de outros também. Brinco com minha esposa: "Roubem-me tudo, não me roubem a leitura".

Por formação, tenho uma veia de consultor também, pouco exercida, é verdade, pois resume-se à ajuda voluntária a alguns micro empresários conhecidos.

Vejo-me como formador de opinião. Não tenho dúvidas de que você também é. Basta uma leitura de algo que escreve e rapidamente já identificamos isso. Há outros nesse fórum.

Vejo isso como uma grande responsabilidade e por isso procuro ser cuidadoso. Não significa que eu não possa errar, sou humano. Não significa que não me irrite com certas colocações.  Acho que você já percebeu isso. Tento "endurecer sem perder a ternura".

O mundo é cruel. Como um grão de areia no oceano, com palavras ou ações, tento torná-lo menos cruel. Sei que é muito pouco diante de um todo, mas procuro fazer minha parte.

Ações opressoras, partam de onde partirem - seja da China, dos EUA, ou de qualquer outro lugar - sempre serão nefastas. Concordo com muito do que escreveu.

Incomodo-me muito com a atual conjuntura da indústria brasileira. Que há muito o que melhorar por aqui, em todos os aspectos, não tenho a menor dúvida.

Por essas dificuldades deixemos que ela morra?

Também me incomoda muito com o que faz a China, inclusive com a concordância de gente daqui, também não tenho a menor dúvida. Há muita falta de escrúpulos em todo lugar.

Diante da dificuldade em mudar o que deve ser mudado no estado brasileiro, tentamos brigar pelo que é possível, embora às vezes o que achamos que é possível também pareça impossível.

Sou totalmente contrário à tributação do setor produtivo. Com exceção do previdenciário, nenhum outro imposto deveria incidir sobre a cadeia produtiva, qualquer uma delas. A incidência deveria ser apenas no produto final. É uma utopia, sei disso.

Voltando à China, não gosto de ditaduras. Aliás, odeio-as. Por essa razão tenho dificuldade de tratá-las com qualquer tipo de carinho. Odeio os ditadores, não os oprimidos. Daí dizer que você foi poético demais no seu texto.

Penso que não há poesia lá, também há pouca poesia cá. A batalha é sangrenta.

Ainda assim, como formadores de opinião, nosso caminho é mais estreito porque o compromisso é muito maior.

Não sei se você entende assim.

Um grande abraço,

Edson Baron

Comentário de Ivan Postigo em 21 dezembro 2011 às 17:00

Resumido o que disse e o que escrevi e perdi: "O maior de todos os meus medos é nossa impotência!"

 

 

Comentário de Ivan Postigo em 21 dezembro 2011 às 16:20

Que pena , perdi uma parte do que havia escrito ....

 

 

Comentário de Ivan Postigo em 21 dezembro 2011 às 16:18

Edson, fantástico poder debater contigo essa questão. Há momentos para criticar e momentos para aprender.

Não gosto de muita coisa na ação chinesa e critico, mas também observo que há um enorme esforço para superação de dificuldades e reconheço.

Estamos falando de um povo, que como diz o ditado: Come tudo que anda, exceto ao carros e tudo o que voa, exceto os aviões.

Sabe por que? É um povo marcado pela fome.

Na india, outro país de contrates,  o povo sai caçar ratos para comer.

O que faria você para alimentar a sua família e mudar o rumo da vida  se a unica coisa que esta tivesse como alimento fossem os ratos?

Apanhemos dois gigantes comunistas: China e União soviética ( quando existia)  e analisemos as diferenças.

Veja o resultado dessas duas Potências na área do comércio.

Veja o resultado dessas potências  nações na fabricação dos produtos.

Veja a ação desses povos  em outros países e sua representatividade em feiras.

Veja o trabalho interno de construção e reconstrução.

Dificil comparar o que faz a china e o que fez  a União soviética, não?

A fome os envia à cidade e o desejo de sair dessa situação os leva ao trabalho duro.

Vou evitar falar em ação de ensino, desenvolvimento tecnológico, vou me prender apenas ao esforço bruto.

Há exploradores nesse meio? Sim. Uns poucos? Não!"Uns muitos".

Só lá? E aqui? As grandes cidades brasileiras foram construidas com que mão-de-obra?

A construção de Brasilia e outras grandes obras foram um paraíso?

Ainda que dificil de aceitar, a força exploradora também gera oportunidades.

Estou defendendo essa ação? Não, mas tenho que reconhecer que a ação da China de contrastes está criando uma potencia comercial e industrial.

Usando o seu exemplo do Santos, se este entrar em campo com 20, contra o Barcelona com 11, se ninguém impedir, ainda que poucos reclamem, ele será aclamado vencedor.

Qual é a regra no mundo que os impede de agir assim?

Seriam eles mais danosos com seus produtos que  que os americanos com suas ações bélicas e menos fantásticos, porque o país dos  gringos é uma potencia tecnologica? E olha que não suporto o dano que estão provocando ao meio ambiente!

Nesse sentido, nossa população é maior que a de muitos países e estamos atrás deles. Estamos perdendo jogos com 20, onde entraram em campo apenas 11, ou menos. Sem terremoto, maremoto, vulcões e furacões.

Lembre-se que o Japão entou em campo com muito menos jogadores ( uns 4 ou 5 , quem sabe) , venceu e tem vencido. 

Penso comigo: Não há nada que entre neste país sem nosso consentimento.

Você poderia me dizer, sendo enfático: E o contrabando?

Responderia: Ao ser comprado pelos consumidores há o consentimento!

Um contra-atqque seria: O povo não sabe desse artifício!

Esse argumento não tem sustentação, pois nao faltam noticias sobre apreensão e seus locais, que vivem lotados de pessoas.

Você poderia dizer, e com razão:  Na China, eles não pagam  os memos impostos que pagamos aqui.

É verdade, e isso temos que mudar com ações aqui , afinal não temos ingerência lá.

Bom, mas aqui está complicado, porque a cadeia está sem representatividade, ou o governo não faz nada, sei lá, "coisas do tipo".

Ora, o governo somos nós que elegemos.

Aqui o sujeito sai da cadeia e é o mais votado! Que representatividade podemos esperar?

Não podemos impedir, por exemplo que o Tiririca se candidate ( é um direito que ele tem como cidadão) , mas se for eleito temos que saber que pouco fará, ainda que seu esforço seja louvável. 

Ele está lá, eleito, pronto para receber nossos apelos. O que fará é outra história.

 

A China me preocupa? Sim, como preocupou a união soviética na guerra fria.

 

Medo, me dá a insanidade do homem:

Vi os sindicatos arrebetarem as empresas em São Bernardo do

Comentário de Edson Baron em 21 dezembro 2011 às 14:50

"Quando o trabalho é prazer, a vida é uma grande alegria. Quando o trabalho é dever, a vida é uma escravidão." - Máximo Gorki - Escritor russo

Ivan,

Considero que toda opinião que traga-nos boa reflexão, por si só já cumpre um grande e importante papel. Seu texto faz isso.

Mas algo me perturbou muito: A relação que você faz entre "vontade criadora" e "1,3 bi de chineses".

"...vontade criadora de um bilhão e trezentos milhões de chineses" ??? 


Não acha que é poesia demais, realidade de menos???


Talvez haja vontade criadora apenas nos camaradas do Partido Comunista chinês, mas não em boa parte dos chineses que apenas caminham "sob as chibatadas do estado", com muitos deveres e pouquíssimos direitos.


Questiono-lhe:

- Se você perguntasse a esses 1,3 bi de chineses se o trabalho deles é uma grande alegria ou é uma escravidão, qual você acha que seria o resultado?

Li em artigo recente e de boa fonte, que muitos chineses estão retornando aos campos porque sentem-se ludibriados pelo Partido Comunista. Acreditaram que teriam vida melhor na cidade mas só encontraram trabalho extenuante e pouco reconhecimento financeiro pelo enorme esforço.


Aproveito e faço ainda uma analogia:

Em importante decisão, 11 jogadores de cada lado, o Barcelona goleia o Santos por 4 X 0 (santistas, por favor, não fiquem bravos com o palmeirense aqui... rs).

Todo mundo mundo reconhece as virtudes do Barça: sua qualidade superior, seu toque de bola rápido e objetivo, sua disciplina tática, seu maior investimento, sua maior estrutura física, seu maior controle financeiro, e etc.

Em uma revanche hipotética, o Santos entra com 20 jogadores em campo contra 11 do Barça. O resultado é muito diferente: Vitória do Santos. Simplesmente não deixou o Barça jogar.

Alguém reconheceria a vitória do Santos???

É claro que a maioria não!

E porquê?

Porque o Santos simplesmente teria quebrado a mais elementar regra do jogo: a de que um jogo justo tem que começar com 11 de cada lado, deixando para a competência individual e coletiva de cada time durante o jogo possa decidir o resultado.

Bem, alguns santistas fanáticos diriam que foi justo porque as regras existem para serem quebradas mesmo. Paciência, cada cabeça uma sentença.


Você ainda tem alguma dúvida de que a China quebra a maioria das regras do jogo???

Você poderia até me perguntar:

- Qual regra do jogo, cara pálida?

Responderia-lhe:

- Do jogo uai!

O deslumbramento excessivo com a China e outros países manifestado no seu texto é, sob minha percepção, no mínimo preocupante.

Receio que essa crise mundial possa trazer retrocessos sociais enormes. Deus queria que não. Que seja apenas uma preocupação boba minha.

Mas digo-lhe que meus pensamentos jamais me permitiriam ousar favorecer a ditadura contra a democracia; a opressão contra a liberdade de escolha; o estado tirano contra o empreendedorismo.

Pra mim são coisas muito distintas.

Assim como copiar é muito diferente de criar. 

A história mostra que a tirania trouxe muito mais prejuízos do que benefícios à humanidade, embora muitos achem que não. 

É por isso que tenho medo da China.


Agradeço pela reflexão.

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