Depois do primor apresentado por Chanel e Valentino, fica difícil falar sobre o que veio em seguida, mas há surpresas. Como Jean-Charles de Castelbajac: o nobre francês deixou a roupa militar, os xadrezes de cobertor e as camisetonas com figuras pop e virou tropicalista, com estampas de água, coqueiros e prédios, como se fosse uma imagem de praia urbana, tipo Copacabana ou Ipanema. Um vestido curtinho tem um coqueiro de alto a baixo, quase um look da Osklen. Deu até impressão de estar delirando, com a localizada de outro vestido, com uns dentes na imagem. Mas está muito mais comercial, menos manifesto, principalmente na série com folhas verdes, que sobem pelos ombros e formam as mangas. Surpreendente.
Infelizmente nâo se pode dizer o mesmo de Paco Rabanne. Mudou a designer – já está difícil acompanhar as trocas, a última que curti foi a Rosane Rodrigues, há uns cinco anos ou mais. Depois dela, é o caos. Hoje foi muito estranho, muito couro azul, com aberturas laterais, uns relevos que parecem de espuma nas saias. Os famosos vestidos de plaquinhas metálicas do Paco Rabanne, nos anos 1960, foram estilizados com plaquinhas transparentes, provavelmente de vinil ou acetato. Nem comento sobre os sapatos, modelos gladiadoras ou guerreiras, pesadões, de tiras subindo pelas pernas.
Outra que agora podemos considerar das antigas é a Junko Shimada. Há 30 anos, era uma japonesinha modernosa, que mostrava tricôs fofos e estampinhas divertidas. Ela está de cabelos grisalhos, continuia fazendo uma roupa jovem, mas com mais luxo nos tecidos. Vai ver, era por causa do aniversário – teve até pirâmide de docinhos no final (não distribuídos na plateia). Uma moda bonitinha, festiva, de calças e túnicas em tecidos tipo cetins e tafetás, tons de azul. Mais verâo, os vestidos de alcinhas, sempre com brilhos sedosos. Arranjos de cabeça sem exageros, feitos para completar até na vida real.
Por fim, Sarah Burton para Alexander McQueen. Outra proeza, esta substituição. Hoje Sarah superou a primeira fase de comparações e parece ter se dado ao luxo de homenagear o amigo, falecido há dois anos. Como no último desfile dele vivo, havia projeçâo no fundo da sala. Como em muitas de suas coleçôes, a inspiraçâo tinha algo de vitoriano – crinolinas, corpetes, a alfaiataria preciosa, meticulosamente cortada em tecidos em jacquard escuro e dourado. O sapato também lembrava a época de McQ, extravagante, com salto vírgula. Para quem viu algumas fase de McQueen, como os desfiles feitos para Givenchy, pareceu repetitivo, como se quisesse esgotar um tema. Aliás, o tema tinha a ver com abelhas, colmeias, rainhas, flores. No tom do mel, foi empregado material com visual tartaruga, muito bonito. Ok, Sarah Burton, ficou à altura do Alexander McQueen. Vai em frente.
Sandálias no estilo gladiadora de Paco Rabanne
Foto: Getty Images
Valentino mostra coleção feminina na semana de moda da capital francesa
Desfile Valentino
Desfile Valentino
A grife Jean-Charles de Castelbajac levou cores fortes e estampas para a passarela de Paris
Desfile de Jean-Charles de Castelbajac
arca Junko Shimada mostra transparência e tendências étnicas em desfile
Desfile da Junko Shimada
A grife Paco Rabanne mostrou coleção com sensualidade, transparências e detalhes metalizados na passarela de Paris
Desfile de Paco Rabanne
Desfile de Paco Rabanne
Desfile de Paco Rabanne
Desfile de Paco Rabanne
Misturas de florais, listras e estampas, além da junção entre looks femininos e masculinos marcaram a coleção de Paul & Joe
Desfile de Paul & Joe
Fonte:http://moda.terra.com.br/moda-no-mundo/paris/paris-traz-surpresas-e...
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