Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Meses atrás, escrevi artigo intitulado “Perdemos o Rumo?” Isso mesmo, uma pergunta. Hoje, acredito realmente que o rumo está perdido. Não sou pessimista, mas, com tudo o que tenho visto, desde as mobilizações, passando pelos black blocs, políticos “estupradores” de boa fé e a Lei democrática, o Brasil perdeu o rumo.

A matemática no Brasil é simples. A propaganda política é realizada durante quatro anos. Nesse mesmo período, o político pressiona a população com tributos sem se preocupar em entregar serviços públicos com qualidade para a sociedade. Nem Pitágoras consegue explicar a realidade brasileira.

E, para piorar, o projeto do país nunca é debatido. Educação, saúde, saneamento e competitividade internacional pioraram ou pararam no tempo. O Brasil é um país “democrático ao extremo”. A liberdade de pensamento é para a direita e para a esquerda, mas nunca para frente. É perverso enganar o povo mais marginalizado com uma bolsa em troca de voto. O que o povo brasileiro mais carente, que recebe “Bolsa Família”, realmente ganha? Será que ele tem melhores condições de saúde, educação, transporte e alimentação? Nas regiões onde é maior a distribuição de bolsas, são piores os indicadores de saneamento básico e a expectativa de vida das pessoas é mais baixa. No entanto, esses fatores não atrapalham porque, considerando que a família média que recebe “Bolsa Família” tem 6 membros, os governantes literalmente esculacham com o bom senso brasileiro e faturam os votos.

Venho acompanhando a percepção do Brasil no mundo. Pude perceber que a imagem do país entrou em rota de desgaste e declínio. Para muitos investidores internacionais, a presidência da República não fez as mudanças que prometeu e, muito menos, as mudanças efetivamente necessárias ao desenvolvimento do país. Agora, a um ano das eleições, tem início a propaganda política. O chefe conclama as redes para uma “batalha virtual” e o governo entrega casas populares, mesmo sem teto, sem lenço e sem documento, como diria o cantor que censura biografias. “Era uma casa, muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada”.

Em 2014 temos, além da trágica eleição, a Copa do Mundo que será realizada no país. No entanto, a violência brasileira já anuncia de antemão o “Salve Geral”. Na verdade o “pau vai comer” em 2014 e a tragédia já está anunciada há anos. Os 200 milhões de brasileiros e os turistas estrangeiros, que se cuidem, pois o país corre o grande risco de pegar fogo. O grupo criminoso mais organizado da América Latina, patrocinado por bandidos, políticos e até advogados e juízes (que abusa da liberdade e da perversidade da legislação brasileira), já deu o seu “salve” e, além de ameaçar de morte alguns governantes, irá “tocar o terror” em 2014 e aproveitar a mídia internacional que estará com os olhos atentos sobre nós.

Somos o país da propaganda. A passividade do cidadão de bem é irritante. O cidadão do mal já “gritou o seu salve” ou destruiu o patrimônio público para chamar a atenção, sem resultado algum. Os passivos questionaram o aumento de R$ 0,20 do transporte público. Depois disso, entretando, o prefeito da cidade de São Paulo pressiona a população paulistana com o aumento de até 30% do IPTU para 2014. Mas o engraçado é que a conta aumenta para atender o gasto público ineficiente..

Já que o povo só se mobiliza para futebol e carnaval, as companhias aéreas, visando a lucros perversos ou salvaguardando seu mal planejamento, esculacham a sociedade e os turistas. A alguns mesdes da Copa do Mundo de 2014, um trecho Rio-São Paulo pela principal companhia aérea do país custa mais de R$ 2.500 . Mais uma vez, o brasileiro que paga impostos não recebe nada em troca. Durante o período da Copa, é melhor ir para Nova York do que assistir aos jogos no seu próprio país.

Apesar disso, a propaganda é positiva, ou melhor, a desinformação continua, claro, 2014 está aí. No leilão pelo campo de Libra, o governo colocou em risco mais de US$ 300 bilhões em uma estratégia mal planejada, entregando o principal pólo de produção do pré-sal para os chineses. Justificativa: “fechar as contas do governo”. Fica o questionamento: o que a Petrobras fez nos seus 60 anos de desenvolvimento? Nada? Vomita arrogância para a sociedade, funciona como um grande cabide sindical e, no fim, não dispõe de tecnologia suficiente para a exploração do pré-sal? E ainda vai encarar os chineses neste processo? Lembremos o que aconteceu com Angola e outros países africanos.

O sistema é perverso, dada que a demasiada passividade da Nação brasileira. Assim, considerando uma visão realista da política internacional e a “natureza humana sempre maldosa”, o Brasil vive de um mal: a política não interessa para o dia-a-dia e, por conta da passividade dos cidadãos, as políticas públicas atendem apenas a uma pequena classe, que se esconde atrás do “gasto público”.

E a esperança, que é conhecida por ser a última que morre, já morreu.

Somos estuprados diariamente com a carga tributária, o sistema fiscal e a escalda vertiginosa da violência. E, na contrapartida, o brasileiro comum paga caro por alimentação, não dispõe de saneamento básico em sua casa, não conta com escola de qualidade para seus filhos, utiliza transporte público indecente e sobrevive 60 anos, em média, sem viver e curtir, viajar, ou aproveitar o melhor da vida. A lógica é perversa: vive pensando todos os dias em como vai fechar as contas do mês.

Caro leitor, que realidade é essa? Ou resolvemos em 2014 ou entregamos tudo de vez para o político corrupto mais próximo! Ou ainda para os black blocs, que vão arrebentar com tudo de uma vez por todas. Só não poderemos reclamar da violência e dos “salves” depois.

http://www.imil.org.br/artigos/ptperversidade-passividade/

Autor: Fabio Pereira Ribeiro

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Comentário de Romildo de Paula Leite em 29 outubro 2013 às 14:07

Caro leitor, que realidade é essa? Ou resolvemos em 2014 ou entregamos tudo de vez para o político corrupto mais próximo! Ou ainda para os black blocs, que vão arrebentar com tudo de uma vez por todas.

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