Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Tumulto barra pastor em comissão; nova tentativa será feita hoje a portas fechadas

Vídeo mostra Feliciano pedindo senha do cartão de fiel

No Globo:
Em vídeo que circula pelas redes sociais, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), indicado para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, recolhe doações de fiéis da Assembleia de Deus, na Catedral do Avivamento, sua igreja. Feliciano aceita doações de motocicletas, pede cheques, dinheiro e anuncia recompensas divinas. Em determinado momento, com um cartão na mão, ele diz: “
É a última vez que eu falo. Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale. Depois vai pedir o milagre pra Deus e Deus não vai dar e vai falar que Deus é ruim.”

Logo em seguida, um fiel tetraplégico anuncia que vai doar R$ 1.000. O pastor, então, diz: “Ele veio como murmurador. Vai voltar como o homem mais abençoado da festa. Eu ainda vou pregar com você por aí, garoto”.

As cenas de recolhimento de dinheiro prosseguem. Marco Feliciano afirma que R$ 500 é o suficiente: “Tem mais (dinheiro) aqui na frente? Glória a Jesus!”, diz ele, pegando um cheque. “Deixa eu ver o sobrenome dele. Feliz de Souza (risos). Mais um (cheque). Amém, amém. Tem gente que diz: ‘Pastor, pastor, R$ 1.000 eu não aguento’. Traga R$ 500. Você só não pode é perder a benção. Quem crê dá um jeito.

Por Eugênia Lopes, no Estadão:
Em meio a protestos de ativistas e grupos de direitos humanos e bate-boca de parlamentares, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que é acusado de ser homofóbico e racista, não conseguiu ontem ter o nome oficializado para comandar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. A sessão foi transferida para hoje e, por ordem do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a escolha do presidente da comissão ocorrerá a portas fechadas. A expectativa é que o pastor Feliciano, membro da Assembleia de Deus, seja eleito hoje com voto de 12 dos 18 integrantes da comissão.

O presidente da Câmara determinou que integrantes de movimentos sociais não poderão entrar na sala da comissão hoje. Ontem, a sala ficou lotada de manifestantes com nariz de palhaço, mordaças, faixas e balões negros que entre vaias e gritos xingavam o pastor de “racista”, “homofóbico” e “satanás”. Deputados pró-Feliciano e contrários à indicação do pastor também bateram boca durante as quase duas horas de sessão.

Diante da confusão, o presidente da comissão, Domingos Dutra (PT-MA), suspendeu a sessão. “Vou devolver para os líderes e para o presidente da Câmara o abacaxi que criaram. Quem pariu Mateus, que o embale”, disse Dutra. Com a interrupção da sessão, o líder do PSC, André Moura (SE), e Feliciano foram à presidência da Câmara pedir a intervenção de Henrique Alves.

Deputado federal em seu primeiro mandato, o pastor Marco Feliciano voltou a afirmar ontem que não é “nem homofóbico, nem racista”. Ao final da sessão, disse que seus “direitos como ser humano” foram “tolhidos”. Afirmou também que chegou a “apanhar” dos manifestantes e “levar arranhões” em meio à confusão instalada na sala da comissão. “Xingaram a minha família, a minha mãe. Mas meu espírito cristão não me permite revidar”, afirmou o pastor.
(…) 

Por Reinaldo Azevedo

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