Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

As empresas prometem construir 28 outlets no Brasil até 2019. Se vai deixar de valer a pena fazer compras em Nova York é outra história

São Paulo - Não resta dúvida, ao menos para quem viaja para o exterior com certa frequência, de que poucos povos do planeta são compradores tão contumazes quanto o brasileiro. Nenhum turista gasta tanto em Nova York quanto o viajante verde-amarelo: as compras são tantas que os Estados Unidos decidiram recentemente facilitar a concessão de vistos em seus consulados no Brasil.

E é nos outlets — centros de compras onde são encontradas roupas baratas de marcas famosas — que os brasileiros gostam de fazer a festa. Há 181 outlets nos Estados Unidos. O que ninguém conseguia entender é: por que, mesmo com uma gente tão compradora, o Brasil tem apenas um out­let?

Pois, finalmente, grupos empresariais acordaram para essa oportunidade óbvia — planeja-se, hoje, uma onda de inaugurações de outlets no Brasil. Se todos os investimentos anunciados recentemente saírem do papel, o país terá 29 outlets em sete anos.

A administradora de centros de compras General Shopping saiu na frente: inaugurará, em 28 de junho, o Outlet Premium Brasília na rodovia BR-060, a 60 quilômetros da capital federal. A empresa também fechou parceria com o banco BR Partners para inaugurar outros cinco outlets.

A reação da BR Malls, maior administradora de shoppings do país, mostrou que as empresas do setor realmente veem nos outlets uma forma de diversificar sua atuação, hoje concentrada em centros de compras tradicionais. A companhia anunciou em abril parceria com a americana Simon Property Group, maior empresa de capital aberto do mercado imobiliário no mundo.

As duas empresas criaram a Premium Outlets Brasil — o plano é inaugurar 12 deles até 2019. A consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle planeja inaugurar nove outlets até 2016, em parceria com diferentes construtoras. E a incorporadora JHSF completa a lista de interessados no setor. Para colocar todos os projetos de pé, essas empresas terão de investir cerca de 3 bilhões de reais.

A série de anúncios colocou os grupos empresariais em rota de colisão. Além de disputar o mesmo mercado, BR Malls e General Shopping terão de brigar pelo uso das marcas que escolheram para atuar no Brasil.

Os empreendimentos da General Shopping chamam-se Outlet Premium, mas a Simon utiliza nos Estados Unidos, há anos, a marca Premium Out­lets — procurada, a BR Malls afirmou que não comenta se vai contestar ou não o uso da marca pela rival.

O primeiro outlet da BR Malls ficará no quilômetro 45 da rodovia Castello Branco, no interior de São Paulo — a apenas 15 quilômetros de distância do Catarina Fashion Outlet Premium, da JHSF, que deve ser inaugurado em cerca de um ano. A briga promete.

Não é a primeira vez que as empresas investem em outlets no Brasil. Na década de 90, o país teve oito experiências, todas malsucedidas. Na época, o maior erro foi construir os outlets dentro das cidades, em terrenos caros — o que inviabiliza o modelo de negócios de quem pretende vender barato.

Os projetos atuais copiam o modelo americano de construir à margem de rodovias. As lojas têm apenas um andar e os espaços são abertos para reduzir os gastos com obras e energia elétrica. O grande chamariz para a atual onda de projetos foi o sucesso do único out­let do país, construído pela General Shopping na cidade de Itupeva, a 76 quilômetros de São Paulo. Seu faturamento cresce 20% ao ano.

O aumento da concorrência é uma esperança para que os outlets consigam algo que nunca aconteceu para valer no Brasil — ter preços realmente irresistíveis. Um levantamento feito por EXAME mostra que o desconto oferecido na venda de uma camisa polo da marca francesa Lacoste no outlet de Itupeva é de cerca de 40%.

Nos Estados Unidos, supera os 70%. As empresas  garantem que chegarão a patamar semelhante em seus outlets brasileiros. A triste realidade é que nem mesmo essa facada nos preços vai conseguir acalmar a turma que se habituou a fazer compras no exterior.

“Em razão de nossos altos custos de fabricação e de importação, ainda será muito mais barato comprar nos Estados Unidos”, diz a consultora especializada em luxo Gabriela Otto. “A maior vantagem de comprar aqui será a chance de parcelar no cartão crédito, o que lá não é possível.” À vista em Nova York ou parcelado na BR-060? Os compradores brasileiros decidirão.

Fonte:|http://sis.sebrae-sc.com.br/sis/setor/noticia/visualizar?idNoticia=...

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Bom Dia !!!  Quem conhece o interior de PE, no entorno de Caruaru, Toritama e Sta Cruz do Capibaribe, frequenta há um bom tempo a "Sulanca" de Caruaru,  e ou o "Shopping de atacado" de Caruaru, e ou a Feira de Sta Cruz onde vemos algumas caracteristicas peculiares:

 

- Tem pousadas e alojamentos no entorno da Feira.

- A Feira abre por volta das 03:00 hs e fecha por volta das 18:00 hs.

- Funciona de sexta à segunda ( Confirmar esta info ). 

 

Bem, estes empreendimento funcionam como "out Lets", comercializam grande volume de confecções, tem preços competitivos ( calça jeans por cerca de R$ 15,00 a R$ 20,00 ), são empreendimentos gigantescos. Vale a pena conferir, e tbém pelo visto serem melhor divulgados.  

- Recebe visitantes do Norte e Nordeste.  

Acho que o brasileiro não tem noção do que é um outlet mesmo, bem sucedido.
Eu não conheço nordeste, nem o sul... Mas falar que existem outlets de grande porte nesses locais??? Me poupe, fiz um trabalho pra outlet esse ano, e sinceramente...NINGUÉM, ninguém dos entrevistados (especialistas no setor de outlet) conhecia outros outlets aqui no Brasil que deram certo. Agora inaugurou um Outlet Premium em Brasília, só.

Um outlet tem que se destacar a ponto de ser conhecido em escala nacional ou pelo menos regional, senão não é outlet. Porque ele abrange uma área de influencia gigantesca, que na minha opinião em Brusque não suportaria 6 ou mais outlets. Em Caruaru, esse polo textil é outra história, porque não tem marcas renomadas como tem o de São Paulo ou Brasília (e não precisam ser necessáriamente internacional) e nem o desenho de um outlet. Mas não deixa de ser um grande negócio pro ramo.
Quem sabe daqui alguns anos esses outlets mostrem para o brasileiro o que realmente é o modelo, o layout open air, estacionamento animal e fácil acesso, além das vantagens de passar um dia num lugar desse e parar de ficar gastando NOSSO dinheiro na gringa...que particularmente não gastaria nem aqui.

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