Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Especialistas afirmam que a indústria nacional não tem condições de se manter sem adquirir insumos têxteis do exterior.
 
Estima-se que de 2007 a 2011, as importações de roupas cresceram 240%, passando de 23 mil para 78 mil toneladas. A participação das peças vindas do exterior no armário dos brasileiros passou de 3% em 2005 para 9% em 2011 e a estimativa era que chegasse a 13% no fim de 2012. Diante deste cenário, a indústria têxtil brasileira entrou com um processo de salvaguarda junto ao MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Mas, de acordo com especialistas, esta é uma atitude incoerente, pois é possível afirmar que a mesma indústria têxtil que deseja menos importação hoje não sobreviveria sem os produtos adquiridos no exterior.
 
Segundo Dario Tomaselli Neto, especialista da Torent, a indústria têxtil nacional não tem capacidade fabril para suprir a demanda por diversos tipos de fios necessários para a confecção e tecelagem, assim como de produtos químicos utilizados no beneficiamento têxtil e também de aviamentos fundamentais para o acabamento de praticamente todos os itens fabricados. “Hoje é quase impossível encontrar um produto fabricado pela indústria têxtil brasileira que não contenha algum percentual de insumos importados, pois é incontestável o fato de que estes não são produzidos em quantidade suficiente no mercado doméstico”, destaca Tomaselli Neto.
 
Um exemplo é o fio de viscose: o Brasil consome 100 mil toneladas e somente 40 mil são fabricadas no país. Além disso, segundo o especialista, para a indústria nacional manter-se competitiva é preciso maquinário com tecnologia avançada, que, em sua grande maioria, são importados.
 
Para Tomaselli Neto, a importação de matéria-prima destinada à industrialização em território nacional não deveria ser alvo de retaliações por parte dos industriais, seus sindicatos ou do governo, pois todos necessitam destes insumos para manter seu processo industrial.
 
O presidente do Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau, região que concentra o segundo maior polo têxtil do Brasil, Ulrich Kuhn, critica a existência de uma corrente, no País, que caminha para o protecionismo em vez de resolver os problemas de Custo Brasil, câmbio e outros, que impedem a competição. “É preciso tornar a produção nacional mais competitiva no mercado mundial e isso não é feito com restrições comerciais, mas, sim, com uma política fiscal e tributária mais justa no País”, destaca Kuhn. 
 
Os principais insumos importados na área têxtil atualmente são fios, produtos químicos e aviamentos. Além destes, existem também inúmeros produtos acabados que são importados por distribuidores, lojistas e até mesmo indústrias.
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... o especialista Dario Tomaselli Neto, em vez de focar a falta de capacidade da produção nacional, devia complementar a informação, ensinando que, infelizmente, o ganho do trabalhador, achatado, impede que as indústrias invistam em novos equipamentos e tecnologias. Concluem que não vale a pena, já que a carga tributária penaliza, inclusive, a importação de máquinas e equipamentos. Bem como os insumos. E a mão-de-obra. E as matérias-primas. O transporte. E o comércio também, ora, que surpresa!!!

Certo está o Sr. Ulrich Kuhn, deve-se atacar a fonte do problema, que é o custo embutido em tudo, essa máquina estatal inchada, que não sabe usar o dinheiro arrecadado nos impostos, taxas e contribuições compusórias.

As empresas tem que se virar para ter lucro. E o Governo? Basta aumentar a carga tributária. Está tudo certo!

Se o Governo, que foi eleito por nós, e - em tese - são nossos representantes, não tem nenhum interesse em mudar nada, por que cargas d'água se continua a eleger, mandato após mandato, os mesmos calhordas, que se divertem às custas do povo?

Revolta, pois, pelo serviço mal feito.

O que falta no Brasil, desde o seu descobrimento em 1500, é planejamento e uso eficiente dos vultosos impostos que pagamos.

Planejamento para justificar onde cada centavo será investido e porque será investido.

Não existe em nenhum âmbito, seja municipal, estadual e federal.

Não existe no executivo, no legislativo, nem no judiciário.

Não existe nas gestões do PT, do PSDB, do PMDB, do PSB, do DEM, tampouco na gestão da PQP. Em todos as gestões há apenas algo em comum: a FARRA com os recursos públicos.

Um belo exemplo é a IPMF (0,25%), depois convertida em CPMF (0,38%). Vigorou durante todo o ano de 1994 e no período de  Jan/1997 a dez/2007. Foram doze longos anos de cobrança (7 anos de PSDB e 5 anos de PT) sem que a saúde pública, para a qual foi "imposta",  tivesse um arremedo de melhoria. A saúde pública continua caótica ou catastrófica desde aquela época até hoje.

Bem, mais o que isso tem a ver com a competitividade da indústria, ou das empresas em geral ? 

Essa falta de planejamento levou-nos a esse famigerado "CUSTO BRASIL" que engessa as empresas ao botar pesadas "bolas de chumbo em suas pernas", daí não conseguem caminhar sem proteção.

Se não protege, é impossível competir com custos tão díspares.

Se protege, as tornam ineficientes e acomodadas.

É preciso planejamento com prazos para definir o que deve acontecer e como deve acontecer, senão nada acontece.

O imbróglio da redução da conta de energia mostrou-nos apenas um pequeno exemplo de como é essa turma: A voracidade por recursos é impressionante. Ninguém quer tornar a máquina pública mais eficiente e reduzir seus custos, muito pelo contrário. Todas as gestões são um buraco sem fundo.

E assim, penam as empresas, penam os cidadãos.

   A  presidente irá fazer uma pequena reforma em alguns Ministérios para acomodar os políticos da base do governo. Porque não coloca gestores eficientes para tocar esas obras atrasadas, fazer as reformas necessárias para destravar esse nosso pais. Dona Dilma será que está se acomodando?

Pensando na reeleição?

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