Venho acompanhando as informações publicadas neste fórum têxtil, que por sinal é excelente no sentido do alcance que tem dentro do setor têxtil, mas o que vem de deixando intrigado é o tom pessimista da maioria das informações postadas neste conceituado fórum. É claro que o país está enfrentando uma grave crise econômica e institucional e que não se deve “tapar o sol com a peneira”, mas algumas informações veiculadas, muitas inflando alguns dados, como o número de empresas que encerraram suas atividades ou o número de postos de trabalho fechados durante um determinado período, não trazem nenhum benefício prático ao setor. Qual é a vantagem de se destacar marcas negativas? Sensibilizar o governo para que adote medidas para estimular a produção de nossa indústria têxtil? Poderia até ser e é louvável a atitude, porém o que ocorre na prática é o contrário. Este tipo de notícia tem servido apenas para consolidar a crise no setor, inclusive sendo utilizado por instituições financeiras como justificativa para restringir o crédito às empresas do setor, sob a justificativa de que em vista de tamanha crise, as indústrias têxteis não teriam capacidade financeira para quitar suas obrigações. Ou seja, por maior boa vontade que se tenha no momento de publicar a informação e, vou além, por mais verídica que ela seja, isto só serve para alimentar um ciclo negativo de crise à desconfiança à mais crise.
Eu, como profissional vendedor de máquinas para a indústria têxtil e que vi de perto uma das maiores empresas deste segmento ruir, sei exatamente o significado que tem para o mercado as informações negativas e não quero que isto aconteça também com os meus clientes, dos quais dependo para obter sucesso profissional, portanto peço um maior cuidado e critério no momento de publicar informações negativas ao setor. Vamos nos focar em temas que possam levar ao crescimento e reestruturação do setor! Eu sei que é difícil, pois a própria natureza do ser humano tende a ter mais interesse por notícias ruins (aquele jornal vespertino de grande audiência que o diga), mas se nós, profissionais da indústria têxtil, queremos mesmo ver nossa indústria retomar o crescimento e consequentemente recuperar postos de trabalho, passa também por nós cuidarmos que não tenhamos a situação ainda mais agravada por conta de informações que talvez nem precisassem ser divulgadas.
Sucesso a todos!
Caio Ramos
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intrigante o sei intrigamento: Entao sera o nosso pessimismo a causa da crise.
Nao amigo, Vc esta pondo o carro adiante dos bois.
Foram os demando de um bando de larapios, que destruiram a oitava maior economia do mundo e ESSES DESMANDO nos poe "putos-da-vida", irritados e sem SACO para balelas e masturbacoes mentais de microcefalos.
Prezados, particularmente essas informações são extremamente úteis e me ajudaram muito, pois me obrigaram e obrigam a fazer estudos mais aprofundados e antever/simular situações com esses históricos e dados, bons e ruins, portanto de uma forma bem honesta e simples, posso afirmar que é muito relevante e positiva as informações contidas nesse fórum..... Pior, as informações se concretizam quase sempre... Melhor, conseguimos sobreviver, porém devo admitir que não sei até quando, pois não há nada de bom acontecendo (macro), não sou empresário, porém considero quem é um herói... Um abraço a todos.
Para reflexão: "O Burro nem com o Sábio aprende, enquanto o Sábio até com o Burro aprende."
Julio Caetano
Colega Caio e todos os demais:
O rabo não pode balançar o cachorro. Se estão falando algo é por que algo existe.
O colega Edson disse que tem mais de 5.000 industrias têxteis ativas só na grande São Paulo. Por que não escreveu 6.000 ou 8.000? Os números frios não são fatos!
A verdade é que nunca enfrentamos uma crise como a atual por que atinge não só a "nossa" Indústria Têxtil que é a primeira a entrar na crise e a última a sair, como todos os demais ramos industriais. Isso é fato!
Sou responsável por uma indústria que começou produzindo acessórios têxteis injetados em plásticos. Hoje 15% do faturamento é ainda da indústria o restante é da indústria alimentícia.
Meu tio Serafim trabalhou 30 anos numa grande indústria do Rio de Janeiro, que ficava em Del Castilho. Não era a Nova América, mas a Remignton. Esta indústria chegou a ter mais de 3.000 empregos diretos e mais de 10.000 indiretos (números...rs). Hoje esta indústria não existe mais. Por que? Por que ninguém compra máquina de escrever.
Quem quiser ficar atado a "nossa" indústria têxtil, que fique. Será lembrado como um herói. Mas eu desaconselhei meus filhos a seguirem outra carreira. Hoje meu futuro está garantido. Meus filhos!
Caros colegas, fico satisfeito em ver tanta gente debatendo o tema, expondo suas opiniões, mesmo que contrárias à minha. Na verdade, algumas das opiniões postadas até me convencem a mudar de opinião. Sou inteligente e humilde o suficiente para admitir que, ao redigir meu texto, talvez tenha sido inocente, ou juvenil, como classificou o colega Sam de Mattos, ou quem sabe eu tenha sido motivado pelo fator emocional, ávido por receber notícias positivas, como a que o colega Ferreira postou há pouco sobre o ICMS, afinal sou um ser humano passível de erros e nem de longe o dono da verdade. É claro que quando você começa a ser desrespeitado por expressar sua opinião, não se sente confortável, porém só de poder constatar que existe gente como o colega Rafael Machado pensando como eu, no sentido de procurar o caminho do diálogo para debater ideias para enfrentar a crise, já me deixa muito satisfeito. Obrigado a todos e espero que continuem trocando ideias construtivas. Eu, por minha vez, vou procurar continuar colaborando com o este fórum, porém em temas que eu tenha um pouco mais de domínio, como comércio exterior ou máquinas têxteis, já que as aulas de Economia nunca me agradaram na faculdade.
Caio,
Citei na minha inserção no início que seria um tema de forte relevância e, assim o foi!
Parabéns pela suas palavras de reconhecimento e humildade e, acredito, ganhamos todos com estes dois dias de opiniões diversas e essencialmente contraditórias (as respeitosas é claro!)
Fico feliz de poder fazer parte deste cenário têxtil mesmo com todas as adversidades e, meus filhos que hoje trabalham comigo - e também são técnicos têxteis como o pai - estão aprendendo da melhor forma possível, que é com a adversidade! Sairemos mais fortes!
Parabéns a todos por suas intervenções (as respeitosas é claro!) e vamos em frente, mesmo que não venha alguém atrás!
Como diz o nosso velho e ótimo compositor Renato Teixeria: Temos que "Compreender a marcha e ir tocando em frente".....
Que venham mais debates....
Boa noite e abraços amigos desse tão dileto blog!
Edson Machado
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