O governo da Argentina pediu “um pouco de paciência” aos empresários brasileiros a respeito das novas medidas alfandegárias anunciadas pelo país que podem restringir a importação de produtos do Brasil. Em reunião com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf, os ministros da Economia, Hernán Lorenzino, e da Indústria, Débora Giorgi, defenderam que o setor produtivo brasileiro “não sofra por antecipação”.
Em vigor desde a última quarta-feira, a nova norma exige que as importações devem ser comunicadas previamente à Receita, antes mesmo da emissão da ordem de compra. A medida poderia funcionar como um controle seletivo acerca de quais produtos podem entrar na Argentina, visando a substituição de importações.
Na saída do encontro, Skaf se mostrou otimista com as negociações, dizendo que na reunião foram discutidas “mais soluções do que reclamações”. O empresário afirmou que a nova medida “ainda não mostrou seus efeitos”.
“A reunião correu dentro da expectativa, foi construtiva, levando à busca de um entendimento cada vez maior no sentido não de reduzir vendas brasileiras para a Argentina, mas sim de aumentar as vendas da Argentina para o Brasil”, argumentou Skaf. “Não temos que reduzir o Mercosul, temos que aumentá-lo”.
Segundo Skaf , o Brasil vai se “esforçar para comprar mais da Argentina”. De acordo com o industrial, uma agenda comum em relação às ameaças das importações de produtos de “terceiros países”, como a China, também foi discutida. “Esse tema é de interesse tanto da Argentina como do Brasil, no sentido de buscar cada vez mais um caminho de entrosamento de comércio entre os dois países, que aumentem a duas mãos e busquem o equilibro”, disse.
Skaf voltou a mencionar a necessidade de buscar aberturas, no lado brasileiro, para a entrada de produtos com disponibilidade na Argentina, como no setor naval. Segundo, ele, o governo argentino pediu que os empresários brasileiros “não se precipitem” e tenham “um pouco de paciência” para “não sofrer por antecipação”
“Tenho a confiança de que, como disseram, o objetivo não é prejudicar o comércio com o Brasil. Temos que aguardar com equilíbrio, paciência, serenidade, e não nos antecipar às coisas”, disse ele, se referindo a afirmações do ministro de Economia argentino e de Moreno, manda-chuva das restrições à importação de produtos. “Senti que há boas intenções dos dois lados”, afirmou.
Barreira
Uma das preocupações entre os empresários brasileiros é a de um possível agravamento da lentidão na entrada de produtos destinados ao consumo na Argentina – que representam cerca de 75% das exportações brasileiras ao país -, aumentando a já crescente tensão no comércio bilateral. Em uma consulta realizada pela Fiesp, empresários apontam demoras de mais de 300 dias para a liberação de produtos, cuja soma de valores supera os US$ 7,5 milhões.
Calçados, máquinas, pneus, autopeças, móveis de madeira, têxteis, fios de cobre, linha branca, ferramentas, parafusos e diversos itens agrícolas e alimentícios, como tomate, milho, balas, chocolates, queijos, biscoitos e massas sofrem, desde o ano passado, uma demora exagerada na liberação de suas licenças na alfândega argentina. “A reunião não foi para discutir produto por produto que estão presos. Discutimos de uma forma macro para que estas medidas não prejudiquem nem empresas argentinas nem brasileiras”, disse Skaf.
O industrial esclareceu que o otimismo não se deve a nenhuma garantia oficial, pois não está em Buenos Aires como representante do governo. “Vim como sociedade brasileira, como setor produtivo”, disse ele, afirmando a disposição dos ministros argentinos em recebê-lo durante cerca de duas horas mostram “respeito com os setores brasileiros”.
No início da manhã, Skaf se reuniu com representantes de empresas brasileiras na Argentina para discutir os problemas sentidos pelos distintos setores industriais no ingresso de produtos no país. Entre as empresas participantes estiveram a Petrobrás, Vale, Gerdau, Itaú, Banco do Brasil, General Motors, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Correa e JBS.
Fonte:|http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/19615/argentina+suge...
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"Segundo Skaf , o Brasil vai se “esforçar para comprar mais da Argentina”. De acordo com o industrial, uma agenda comum em relação às ameaças das importações de produtos de “terceiros países”, como a China, também foi discutida. “Esse tema é de interesse tanto da Argentina como do Brasil, no sentido de buscar cada vez mais um caminho de entrosamento de comércio entre os dois países, que aumentem a duas mãos e busquem o equilibro”, disse."
Como escrevi anteontem, ai esta o X do problema, nos comendo pelas beiradas.
Sem mais ira ou ironia. Oucam o Skaff. Nao pertence ao Nosso Blog (Santo de Fora), e politico e deve saber muito mais...
Não entendí; o Presidente da FIESP vai à Argentina dicutir os entraves das exportações brasileiras para a Argentina e volta animado em aumentar as importações de produtos argentinos pelo Brasil?
Temos que ter paciência!!! nao podemos sofrer por antecipação!!! muito bonito mas sem eficiencia!!! nada foi feito...somente ""boas intenções""....portanto não existe ação!!!!
a Argentina está correta!!! em qualquer crise é lei de proteção que vale, pois a sobrevivência é a busca de todos!!!conhecm o ditado...""morreu...lamento , mas antes ele do que eu...."""
apoio a postura da Argentina, vão apenas ""selecionar"" o que entra, valorizando desta maneira seu produto interno.....o argentino vai passar a com prar produtos nacionais!!!! o que é absolutamente normal!!!!Alias a Argentina nao é de hoje que nos nos ""avisa"" qdo colocam barreiras vagarosas....e neste momento, para não sucumbir obrigatoriamente tem que tomar ATITUDE ...o que não acontece com o nosso governo!!!!!!!!!!E nós temos que fazer o mesmo!!!!!!! Vejam, que a Argentina está criando novas empresas, esta crescendo, gerando PIB .....e nós ainda somos uns ""cordeiros"" e aceitamos de mao beijada toda a tirania e imposição deste desgoverno incapaz!!!!
SKAF...pare de tanta mediocridade e politica barata.....por qual motivo o Brasil vai se esforçar para aumentar importaçoes Argentinas????? que sentido faz???? Por favor Skaf.....tenha a santa paciência e trabalhe para desenvolver e proteger o parque fabril do Brasil!!! se esquecermos um pouco de importaçoes , ou no minimo colocar cotas.....e agragar lentidão em liberaçoes de L.I......já estará de bom tamanho!!!!Raciocine Paulo Skaf.....faça algoi por nós!!!! alias é sua obrigação como presidente da FIESP !!!!!!!!! vc deixou por conta dos sindicatos .....e nada acontece !!!! nao vamos parar em protesto da degradada situação que estamos entrando em função das importaçoes desenfreadas????nao se fala mais nisto???? alias, sindicatos somente serve para esfolar o patrão.....nao participa em nada para mudar a situação!!!!!!
ACORDA BRASIL!!!!! VAMOS PARAR ESTE PAIS E OBRIGAR O GOVERNO A TOMAR PROVIDENCIAS IMEDIATAS!!!! NADA FAZEM PELO PRESENTE E FUTURO DESTE BRASIL!!!!!!!!!!!!
adalberto
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