A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) revelou que o Brasil gera, por ano, 170 mil toneladas de lixo têxtil. Desse total, considerando a produção mensal das principais empresas recicladoras, 40% são reprocessados pela indústria de transformação, gerando um total de 72 mil toneladas por ano.
O consumo consciente e a preocupação com a utilização de técnicas de produção menos prejudiciais ao meio ambiente, sobretudo na indústria têxtil, vem influenciando cada vez mais as decisões de compra do público. Os consumidores tendem a repudiar marcas que, comprovadamente, tenham relação com trabalho indigno, de crianças ou análogo à escravidão. Além desses casos mais graves, as questões ambientais e de sustentabilidade também balizam cada vez mais a preferência dos compradores, em especial os mais jovens.
Essa nova realidade de consumo foi diagnosticada pelo publicitário Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, que apontou, ainda, o alto custo de alguns produtos sustentáveis. Não fosse o fator preço, sua popularização seria mais rápida. O especialista será moderador de um dos painéis da 33a Convenção da IAF (International Apparel Federation), principal evento de moda mundial e que será realizado pela primeira vez no Brasil, em outubro.
“Produtos sustentáveis utilizam materiais menos prejudicais ao meio ambiente, são fabricados evitando ao máximo o desperdício de recursos naturais e tudo isso tem um custo, enquanto os produtos menos sustentáveis tendem a ser mais baratos. Essa é uma lógica difícil de ser compreendida pela maior parte dos consumidores brasileiros”, explica.
Renato Meirelles destaca que empresas vêm investindo cada vez mais na produção com sustentabilidade e na contratação legal de seus colaboradores como mecanismos de valorização das marcas.
“O que precisa ser entendido pelos empresários é que o custo de ser pego com mão de obra escrava ou com produto fabricado com grande desperdício de recursos naturais afetará a imagem da marca. Por isso, do ponto de vista fabril, o empresariado precisa ter práticas sustentáveis em algum momento. Se não for por uma questão de valores, que seja por uma questão de inteligência”, conclui o presidente do Instituto Locomotiva.
O painel “A influência da responsabilidade socioambiental nas decisões de compra do consumidor final” acontece no dia 17 de outubro e terá a participação de Rony Meisler, CEO do Grupo Reserva, Roberto Martini, CEO da Flagcx, e Jacinta FitzGerald, da Project Just.
https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/450322/em-um-ano-sao-ger...
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Senhor Romildo, o título desta matéria soa alarmante, porém na minha opinião precisa ser esclarecido o que quer dizer "lixo têxtil".
Trabalhei durante 40 anos na Paraguaçu Têxtil e sei bem o que é sobra do processo industrial, o que chamamos "resíduo", e não lixo. Desse resíduo, apenas o pó do algodão não era rebeneficiado. O restante,quer seja oriundo do próprio algodão e sobras de fios e retalhos de tecidos, são repassados a outra empresas do seguimento têxtil.
Outra questão é a mistura de "mão de obra " infantil ou clandestina, ou mal remunerada, com estas questões. Intendo que é assunto de grande relevância, e como tal, tem que ter um tratamento específico, o que, alias, já faz um bom tempo que vez por outra , este assunto vem à tona.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) revelou que o Brasil gera, por ano, 170 mil toneladas de lixo têxtil. Desse total, considerando a produção mensal das principais empresas recicladoras, 40% são reprocessados pela indústria de transformação, gerando um total de 72 mil toneladas por ano.
José Rosa Reis disse:
Senhor Romildo, o título desta matéria soa alarmante, porém na minha opinião precisa ser esclarecido o que quer dizer "lixo têxtil".
Trabalhei durante 40 anos na Paraguaçu Têxtil e sei bem o que é sobra do processo industrial, o que chamamos "resíduo", e não lixo. Desse resíduo, apenas o pó do algodão não era rebeneficiado. O restante,quer seja oriundo do próprio algodão e sobras de fios e retalhos de tecidos, são repassados a outra empresas do seguimento têxtil.
Outra questão é a mistura de "mão de obra " infantil ou clandestina, ou mal remunerada, com estas questões. Intendo que é assunto de grande relevância, e como tal, tem que ter um tratamento específico, o que, alias, já faz um bom tempo que vez por outra , este assunto vem à tona.
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