Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Em um ano são geradas cerca de 170 mil toneladas de lixo têxtil no país

O consumo consciente e a preocupação com a utilização de técnicas de produção menos prejudiciais ao meio ambiente vem influenciando cada vez mais as decisões de compra.

Em um ano são geradas cerca de 170 mil toneladas de lixo têxtil no país

Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) revelou que o Brasil gera, por ano, 170 mil toneladas de lixo têxtil. Desse total, considerando a produção mensal das principais empresas recicladoras, 40% são reprocessados pela indústria de transformação, gerando um total de 72 mil toneladas por ano.

O consumo consciente e a preocupação com a utilização de técnicas de produção menos prejudiciais ao meio ambiente, sobretudo na indústria têxtil, vem influenciando cada vez mais as decisões de compra do público. Os consumidores tendem a repudiar marcas que, comprovadamente, tenham relação com trabalho indigno, de crianças ou análogo à escravidão. Além desses casos mais graves, as questões ambientais e de sustentabilidade também balizam cada vez mais a preferência dos compradores, em especial os mais jovens.

Essa nova realidade de consumo foi diagnosticada pelo publicitário Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, que apontou, ainda, o alto custo de alguns produtos sustentáveis. Não fosse o fator preço, sua popularização seria mais rápida. O especialista será moderador de um dos painéis da 33a Convenção da IAF (International Apparel Federation), principal evento de moda mundial e que será realizado pela primeira vez no Brasil, em outubro.

“Produtos sustentáveis utilizam materiais menos prejudicais ao meio ambiente, são fabricados evitando ao máximo o desperdício de recursos naturais e tudo isso tem um custo, enquanto os produtos menos sustentáveis tendem a ser mais baratos. Essa é uma lógica difícil de ser compreendida pela maior parte dos consumidores brasileiros”, explica.

Renato Meirelles destaca que empresas vêm investindo cada vez mais na produção com sustentabilidade e na contratação legal de seus colaboradores como mecanismos de valorização das marcas.

“O que precisa ser entendido pelos empresários é que o custo de ser pego com mão de obra escrava ou com produto fabricado com grande desperdício de recursos naturais afetará a imagem da marca. Por isso, do ponto de vista fabril, o empresariado precisa ter práticas sustentáveis em algum momento. Se não for por uma questão de valores, que seja por uma questão de inteligência”, conclui o presidente do Instituto Locomotiva.

O painel “A influência da responsabilidade socioambiental nas decisões de compra do consumidor final” acontece no dia 17 de outubro e terá a participação de Rony Meisler, CEO do Grupo Reserva, Roberto Martini, CEO da Flagcx, e Jacinta FitzGerald, da Project Just. 

https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/450322/em-um-ano-sao-ger...

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Senhor Romildo, o título desta matéria soa alarmante, porém na minha opinião precisa ser esclarecido o que quer dizer  "lixo têxtil".

Trabalhei durante 40 anos na Paraguaçu Têxtil e sei bem o que é sobra do processo industrial, o que chamamos "resíduo", e não lixo. Desse resíduo, apenas o pó do algodão não era rebeneficiado. O restante,quer seja oriundo do próprio algodão e sobras de fios e retalhos de tecidos, são repassados a outra empresas do seguimento têxtil. 

Outra questão é a mistura de "mão de obra " infantil ou clandestina, ou mal remunerada, com estas questões. Intendo que é assunto de grande relevância, e como tal, tem que ter um tratamento específico, o que, alias, já faz um bom tempo que vez por outra , este assunto vem à tona.

Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) revelou que o Brasil gera, por ano, 170 mil toneladas de lixo têxtil. Desse total, considerando a produção mensal das principais empresas recicladoras, 40% são reprocessados pela indústria de transformação, gerando um total de 72 mil toneladas por ano.

José Rosa Reis disse:

Senhor Romildo, o título desta matéria soa alarmante, porém na minha opinião precisa ser esclarecido o que quer dizer  "lixo têxtil".

Trabalhei durante 40 anos na Paraguaçu Têxtil e sei bem o que é sobra do processo industrial, o que chamamos "resíduo", e não lixo. Desse resíduo, apenas o pó do algodão não era rebeneficiado. O restante,quer seja oriundo do próprio algodão e sobras de fios e retalhos de tecidos, são repassados a outra empresas do seguimento têxtil. 

Outra questão é a mistura de "mão de obra " infantil ou clandestina, ou mal remunerada, com estas questões. Intendo que é assunto de grande relevância, e como tal, tem que ter um tratamento específico, o que, alias, já faz um bom tempo que vez por outra , este assunto vem à tona.

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