Através da compra de metade da joint venture que tinha com a Fiberweb e das unidades que essa empresa possuía na área de não tecidos, voltados ao segmento de descartáveis higiênicos (fraldas e absorventes femininos), o grupo Petropar tornou-se um player global no setor. A aquisição, que envolveu o desembolso de US$ 286 milhões e mais US$ 74 milhões em assunção de dívida financeira líquida das operações, foi concluída em 30 de dezembro do ano passado.
Com a iniciativa, a Petropar soma hoje 17 plantas industriais (divididas por suas controladas: Fitesa, Crown Embalagens e America Tampas), espalhadas por quatro continentes, oito países e sete estados brasileiros. Respectivamente, essas companhias atuam nos setores de não tecidos de polipropileno, latas de alumínio para bebidas e tampas plásticas.
Com a absorção da Fiberweb e outros investimentos, até o início de 2013 a capacidade de produção instalada de não tecidos do grupo Petropar saltará de 78 mil toneladas para 242 mil toneladas anuais, de latas de alumínio de 3,5 bilhões para 7,5 bilhões, e de tampas plásticas aumentará 40%, atingindo 4,2 bilhões de unidades.
Entre as ações em andamento, o presidente da Petropar, Geraldo Enck, salienta o aporte de US$ 20 milhões em uma nova fábrica de não tecidos em Gravataí, com capacidade para 9 mil toneladas ao ano. A operação do complexo começa neste mês de maio. Além disso, ele cita a instalação de uma fábrica no Peru, com capacidade para 15 mil toneladas do mesmo produto, que implicará recursos na ordem de US$ 55 milhões e começará as atividades em setembro. O foco da unidade peruana será o mercado da América do Sul, principalmente, os países andinos. O grupo também destinará mais US$ 70 milhões em uma planta de latas de alumínio, no Pará, que iniciará as atividades até janeiro de 2013.
O porte conquistado pela Petropar pode ser dimensionado pelo seu resultado financeiro. Ao considerar a receita líquida consolidada pro forma de 2011, incluindo as operações de não tecidos adquiridas no final daquele ano, as vendas líquidas atingiram aproximadamente R$ 1,6 bilhão. Em 2010, sem agregar os ativos da Fiberweb, o desempenho foi de cerca de R$ 623 milhões. “Mais que dobramos o tamanho da empresa em função da compra”, ressalta Enck.
O executivo não teme que eventuais oscilações da economia mundial possam afetar o desempenho do grupo que atuará em escala global. Ele argumenta que os negócios da companhia estão focados em produtos de consumo. “Esse tipo de indústria é o que sofre menos em períodos de desaquecimento”, ressalta o dirigente.
O grupo detém ainda ativos de reserva de valor no setor de florestamento, através do cultivo de florestas de pínus e eucaliptos pela subsidiária Petropar Agroflorestal. O objetivo comercial das florestas é uso múltiplo: toras finas para processo, de diâmetro intermediário para uso na construção civil e mais grossas para serrarias.
Mesmo com o salto que deu em capacidade de produção e geração de receitas, a Petropar não descarta, futuramente, mais ampliações. O presidente do grupo, Geraldo Enck, adianta que a meta é continuar desenvolvendo-se nos três negócios: não tecidos, latas de alumínio e tampas plásticas.
O executivo comenta que há possibilidades de expansões, especialmente na Ásia. A companhia já tem operação naquele continente, com a produção de não tecidos na China. O crescimento se daria através da compra de empresas e não da construção de novas unidades.
Enck argumenta que, no caso de não tecidos, a companhia busca os países que apresentam boas taxas de aumento populacional. O nascimento de bebês aquece esse segmento (fraldas) e por isso a China é um foco. Em mercados mais maduros, como Estados Unidos e a Europa, outra área que tem evoluído é a de fraldas para adultos.
Atualmente, os descartáveis higiênicos são a maior aplicação para os não tecidos de polipropileno tipo “spunmelt”, responsável pelo consumo de cerca de dois terços da capacidade mundial dessa tecnologia. Em fraldas infantis – o principal produto desta categoria – calcula-se que o consumo em 2011 foi de 140 bilhões de unidades e que crescerá para 170 bilhões até 2015. Em produtos para incontinência adulta, o consumo estimado no ano passado foi de 27 bilhões de unidades e a expectativa é aumentar para 37 bilhões até 2015. Outros mercados importantes incluem aplicações na construção civil (geotêxteis e coberturas de solo), industrial (colchões e móveis), vestimentas de proteção e roupas médicas, automotivas e outras utilizações.
A demanda mundial de não tecidos de polipropileno tipo “spunmelt, no ano passado, foi de aproximadamente 2 milhões de toneladas e está projetada para atingir cerca de 2,4 milhões de toneladas até 2015. Apenas em aplicações de descartáveis higiênicos a demanda mundial foi de cerca de 65 bilhões de metros quadrados em 2011 e estima-se um incremento para 80 bilhões de metros quadrados até 2015.
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Esta é uma notícia excelente e demonstra que a INOVAÇÃO faz com que a indústria EVOLUA com SUSTENTABILIDADE.
Acho importante registrar, apenas, que, neste caso, a matéria prima é produzida no Brasil, mas a sua venda é notoriamente cartelizada, o que, aliás, já deveria ter sido objeto de investigação.
Mas, infelizmente, ninguem até agora (pelo que sei) teve coragem de formalizar a represenmtação junto ao Ministerio da Justiça.
Ou seja, ou o industrial se submete à coação e compra a matéria prima pelo preço oferecido (quase sempre bem mais alto do que o praticado no mercado mundial) ou opta por importar e aí corre os riscos das importações, das flutruações de preços e de câmbio, porque, neste caso, não conseguirá mais comprar no Brasil.
Parabens, Gerald Enck! Good Show. SdM
JS: Ponha a boca no trombone sobre esse cartel: Intelecto, analise, conhecimento e "cojones" não lhes faltam. Eduque-nos nessa matéria e ponha a boca no trombone! SdM
PS: Quanto estive recentemente em Pernambuco com um velho amigo que representa algo nessa área, ouvi a mesma conversa. A cotação nacional sempre um pouquinho abaixo da China, não importando o quão a China sobe ou desce os preços.
Jonatan Schmidt disse:
Esta é uma notícia excelente e demonstra que a INOVAÇÃO faz com que a indústria EVOLUA com SUSTENTABILIDADE.
Acho importante registrar, apenas, que, neste caso, a matéria prima é produzida no Brasil, mas a sua venda é notoriamente cartelizada, o que, aliás, já deveria ter sido objeto de investigação.
Mas, infelizmente, ninguem até agora (pelo que sei) teve coragem de formalizar a represenmtação junto ao Ministerio da Justiça.
Ou seja, ou o industrial se submete à coação e compra a matéria prima pelo preço oferecido (quase sempre bem mais alto do que o praticado no mercado mundial) ou opta por importar e aí corre os riscos das importações, das flutruações de preços e de câmbio, porque, neste caso, não conseguirá mais comprar no Brasil.
SAM,
Eu só sei deste cartel por conta de um trabalho de cosnultorai que fiz há uns 2 anos atrás. O fato é que só há duas industrias brasileiras produzindo a matéria prima e uma é controladora da outra.
A representação precisa ser feita por alguém do setor.
Aliás, segundo alguns já me disseram, estou aqui como "intruso", para dizer o mínimo.
Espero que alguem do setor resolva fazer a representação. E digo mais, me coloco à disposição para, SEM cobrança de honorários, minutar a representação e até mesmo para assinar a peça, como advogado. Mas é importante ressaltar que tal representação deve indicar, pelo menos, indícios razoáveis da prática...
..... nenhuma. Foi só uma questão de saco: O Dalberto anda irritado e tem alguns amigos aqui (eu no meio) furiosos com a situação atual da indústria textil, e com o Bulshit dos Cartolas! Dai quando o pessoal PENSA que um é pomposo jogam merda encima. Tal não é o seu caso. Quanto à questão de saco, lhe explico: O Dalberto quanto se levanta com o dito p’ro lado direito sai fora: Sobra kaka para todos. Voce é bem vindo, tem uma caçamba de coisas para adicionar ao blog, e sinta-se em casa. Quanto à representação essa, ou quanto ao assunto falarei com o mano LBL, pois ele esta procurando uma boa quantidade desse material a um preço competitivo, para fechar uma consultoria. É por ai. Fale comigo no samdem@aol.com e porei voces dois em contato. Pela madrugada, fale simples com ele. O mano é uma fera na tecnologia, e eu ficaria satisfeito só em aprende o que ele começa a se esquecer; ele conhece tudo - mas é simples “ba ca rah”! Fale simples. Hug, Sam
Grato, Sam.
Já lhe mandei um email para o endereço indicado.
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