Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

MARCELO G. RIBEIRO/JC
Geraldo Enck comanda empresa que hoje soma 17 plantas em quatro continentes
Geraldo Enck comanda empresa que hoje soma 17 plantas em quatro continentes

Através da compra de metade da joint venture que tinha com a Fiberweb e das unidades que essa empresa possuía na área de não tecidos, voltados ao segmento de descartáveis higiênicos (fraldas e absorventes femininos), o grupo Petropar tornou-se um player global no setor. A aquisição, que envolveu o desembolso de US$ 286 milhões e mais US$ 74 milhões em assunção de dívida financeira líquida das operações, foi concluída em 30 de dezembro do ano passado.

Com a iniciativa, a Petropar soma hoje 17 plantas industriais (divididas por suas controladas: Fitesa, Crown Embalagens e America Tampas), espalhadas por quatro continentes, oito países e sete estados brasileiros. Respectivamente, essas companhias atuam nos setores de não tecidos de polipropileno, latas de alumínio para bebidas e tampas plásticas.

Com a absorção da Fiberweb e outros investimentos, até o início de 2013 a capacidade de produção instalada de não tecidos do grupo Petropar saltará de 78 mil toneladas para 242 mil toneladas anuais, de latas de alumínio de 3,5 bilhões para 7,5 bilhões, e de tampas plásticas aumentará 40%, atingindo 4,2 bilhões de unidades.

Entre as ações em andamento, o presidente da Petropar, Geraldo Enck, salienta o aporte de US$ 20 milhões em uma nova fábrica de não tecidos em Gravataí, com capacidade para 9 mil toneladas ao ano. A operação do complexo começa neste mês de maio. Além disso, ele cita a instalação de uma fábrica no Peru, com capacidade para 15 mil toneladas do mesmo produto, que implicará recursos na ordem de US$ 55 milhões e começará as atividades em setembro. O foco da unidade peruana será o mercado da América do Sul, principalmente, os países andinos. O grupo também destinará mais US$ 70 milhões em uma planta de latas de alumínio, no Pará, que iniciará as atividades até janeiro de 2013.

O porte conquistado pela Petropar pode ser dimensionado pelo seu resultado financeiro. Ao considerar a receita líquida consolidada pro forma de 2011, incluindo as operações de não tecidos adquiridas no final daquele ano, as vendas líquidas atingiram aproximadamente R$ 1,6 bilhão. Em 2010, sem agregar os ativos da Fiberweb, o desempenho foi de cerca de R$ 623 milhões. “Mais que dobramos o tamanho da empresa em função da compra”, ressalta Enck.

O executivo não teme que eventuais oscilações da economia mundial possam afetar o desempenho do grupo que atuará em escala global. Ele argumenta que os negócios da companhia estão focados em produtos de consumo. “Esse tipo de indústria é o que sofre menos em períodos de desaquecimento”, ressalta o dirigente.

O grupo detém ainda ativos de reserva de valor no setor de florestamento, através do cultivo de florestas de pínus e eucaliptos pela subsidiária Petropar Agroflorestal. O objetivo comercial das florestas é uso múltiplo: toras finas para processo, de diâmetro intermediário para uso na construção civil e mais grossas para serrarias.

Grupo avalia novas expansões mesmo após salto em capacidade

Mesmo com o salto que deu em capacidade de produção e geração de receitas, a Petropar não descarta, futuramente, mais ampliações. O presidente do grupo, Geraldo Enck, adianta que a meta é continuar desenvolvendo-se nos três negócios: não tecidos, latas de alumínio e tampas plásticas.

O executivo comenta que há possibilidades de expansões, especialmente na Ásia. A companhia já tem operação naquele continente, com a produção de não tecidos na China. O crescimento se daria através da compra de empresas e não da construção de novas unidades.

Enck argumenta que, no caso de não tecidos, a companhia busca os países que apresentam boas taxas de aumento populacional. O nascimento de bebês aquece esse segmento (fraldas) e por isso a China é um foco. Em mercados mais maduros, como Estados Unidos e a Europa, outra área que tem evoluído é a de fraldas para adultos.

Atualmente, os descartáveis higiênicos são a maior aplicação para os não tecidos de polipropileno tipo “spunmelt”, responsável pelo consumo de cerca de dois terços da capacidade mundial dessa tecnologia. Em fraldas infantis – o principal produto desta categoria – calcula-se que o consumo em 2011 foi de 140 bilhões de unidades e que crescerá para 170 bilhões até 2015. Em produtos para incontinência adulta, o consumo estimado no ano passado foi de 27 bilhões de unidades e a expectativa é aumentar para 37 bilhões até 2015. Outros mercados importantes incluem aplicações na construção civil (geotêxteis e coberturas de solo), industrial (colchões e móveis), vestimentas de proteção e roupas médicas, automotivas e outras utilizações.

A demanda mundial de não tecidos de polipropileno tipo “spunmelt, no ano passado, foi de aproximadamente 2 milhões de toneladas e está projetada para atingir cerca de 2,4 milhões de toneladas até 2015. Apenas em aplicações de descartáveis higiênicos a demanda mundial foi de cerca de 65 bilhões de metros quadrados em 2011 e estima-se um incremento para 80 bilhões de metros quadrados até 2015.

Fonte:|http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=93497

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Respostas a este tópico

Esta é uma notícia excelente e demonstra que a INOVAÇÃO faz com que a indústria EVOLUA com SUSTENTABILIDADE.

Acho importante registrar, apenas, que, neste caso, a matéria prima é produzida no Brasil, mas a sua venda é notoriamente cartelizada, o que, aliás, já deveria ter sido objeto de investigação.

Mas, infelizmente, ninguem até agora (pelo que sei) teve coragem de formalizar a represenmtação junto ao Ministerio da Justiça.

Ou seja, ou o industrial se submete à coação e compra a matéria prima pelo preço oferecido (quase sempre bem mais alto do que o praticado no mercado mundial) ou opta por importar e aí corre os riscos das importações, das flutruações de preços e de câmbio, porque, neste caso, não conseguirá mais comprar no Brasil.

Parabens, Gerald Enck! Good Show. SdM


 

 JS: Ponha a boca no trombone sobre esse cartel: Intelecto, analise, conhecimento e "cojones" não lhes faltam. Eduque-nos nessa matéria e ponha a boca no trombone! SdM

PS: Quanto estive recentemente em Pernambuco com um velho amigo que representa algo nessa área, ouvi a mesma conversa. A cotação nacional sempre um pouquinho abaixo da China, não importando o quão a China sobe ou desce os preços.

Jonatan Schmidt disse:

Esta é uma notícia excelente e demonstra que a INOVAÇÃO faz com que a indústria EVOLUA com SUSTENTABILIDADE.

Acho importante registrar, apenas, que, neste caso, a matéria prima é produzida no Brasil, mas a sua venda é notoriamente cartelizada, o que, aliás, já deveria ter sido objeto de investigação.

Mas, infelizmente, ninguem até agora (pelo que sei) teve coragem de formalizar a represenmtação junto ao Ministerio da Justiça.

Ou seja, ou o industrial se submete à coação e compra a matéria prima pelo preço oferecido (quase sempre bem mais alto do que o praticado no mercado mundial) ou opta por importar e aí corre os riscos das importações, das flutruações de preços e de câmbio, porque, neste caso, não conseguirá mais comprar no Brasil.

SAM,

Eu só sei deste cartel por conta de um trabalho de cosnultorai que fiz há uns 2 anos atrás. O fato é que só há duas industrias brasileiras produzindo a matéria prima e uma é controladora da outra.

A representação precisa ser feita por alguém do setor.

Aliás, segundo alguns já me disseram, estou aqui como "intruso", para dizer o mínimo.

Espero que alguem do setor resolva fazer a representação. E digo mais, me coloco à disposição para, SEM cobrança de honorários, minutar a representação e até mesmo para assinar a peça, como advogado. Mas é importante ressaltar que tal representação deve indicar, pelo menos,  indícios razoáveis da prática...   

 

..... nenhuma. Foi só uma questão de saco: O Dalberto anda irritado e tem alguns amigos aqui (eu no meio) furiosos com a situação atual da indústria textil, e com o Bulshit dos Cartolas! Dai quando o pessoal PENSA que um é pomposo jogam merda encima. Tal não é o seu caso. Quanto à questão de saco, lhe explico: O Dalberto quanto se levanta com o dito p’ro lado direito sai fora: Sobra kaka para todos. Voce é bem vindo, tem uma caçamba de coisas para adicionar ao blog, e sinta-se em casa. Quanto à representação essa, ou quanto ao assunto falarei com o mano LBL, pois ele esta procurando uma boa quantidade desse material a um preço competitivo, para fechar uma consultoria. É por ai. Fale comigo no samdem@aol.com e porei voces dois em contato. Pela madrugada, fale simples com ele. O mano é uma fera na tecnologia, e eu ficaria satisfeito só em aprende o que ele começa a se esquecer; ele conhece tudo - mas é simples “ba ca rah”! Fale simples. Hug, Sam

Grato, Sam.

Já lhe mandei um email para o endereço indicado.

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