Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Têxtil Lepper Terceiriza 30% da Produção e Importa Mais

Gabriela de Loyola: "A China é a solução para produtos mais elaborados"

Criada há 104 anos e como uma tradicional empresa de produção verticalizada, a Lepper, do ramo de cama, mesa e banho, agora vai passar a terceirizar parte da sua produção com parceiros no Brasil e no exterior que permitem a diversificação de produtos a custos mais baixos. A partir deste ano, ela entra em uma linha de jogos de cama, uma linha para itens de cozinha e outra de quarto de bebê, todas com marca própria, e todas produzidas fora do seu parque fabril próprio, localizado em Joinville (SC).

Parte dos parceiros na área de cama, em especial na fabricação de edredons, foram contratados em Santa Catarina. "Alguns são faccionistas (terceiros que fazem a confecção no tecido importado pela Lepper), outros são produtores de quase todo o produto já pronto", explica Gabriela Carneiro de Loyola, vice-presidente da Lepper. Além da terceirização no Brasil, a Lepper começou a trazer uma gama maior de produtos semi-acabados e prontos da China e do Paquistão (lençóis, sobrelençóis e fronhas).

"A China é a solução para produtos mais elaborados (com muita costura e à base de fios sintéticos) porque os médios varejos brasileiros também já estão se unindo comprar lá fora. Antes, no começo desse processo, só os grandes varejistas tinham essa facilidade de importação pelo volume maior que possuem. Mas, hoje em dia, os médios e pequenos fazem grupos para realizar a importação em conjunto. Com a globalização, sempre vai ter esse processo de buscar onde fazer melhor. Isso não tem mais volta. E, para a Lepper, essa também tem sido a solução", explica Gabriela sobre o reposicionamento da empresa.

A Lepper não tem planos de filial no exterior, mas, de olho no avanço das compras externas, criou um departamento de outsourcing. Uma equipe, que fica em Joinville, tem sido responsável por pesquisar melhores oportunidades de negócios em todo o mundo. Antes, esta era uma responsabilidade compartilhada entre as áreas de desenvolvimento de produtos, de marketing e comercial.

A produção terceirizada deverá representar 30% do faturamento da Lepper em 2012. O produto importado deve responder por cerca de 20% das vendas. No ano passado, a importação era cerca de 10% e estava presente mais em mantas de microfibra. Em 2011, não havia produção terceirizada no Brasil.

Os parceiros são usados para diversificar a oferta de produtos que deve crescer cerca de 30% em 2012 em relação ao ano passado. As vantagens vistas pela Lepper é que os terceiros permitem que ela diminua custos da folha salarial e comece a vender outros itens, como produtos nas quais ela não entraria a não ser que fizesse alto investimento em novas máquinas. A operação com parceiros também dá flexibilidade e diminui o risco do negócio porque, a qualquer problema nas vendas, a Lepper pode suspender as compras e a produção terceirizada, sem ficar com capacidade produtiva própria ociosa por conta disso.

O reposicionamento deve ajudar no crescimento. Em 2011, a Lepper registrou queda de 11% no faturamento em relação a 2010. A meta é atingir um faturamento de R$ 180 milhões neste ano ante R$ 121 milhões em 2011, segundo o diretor comercial da Lepper, Ênio Kohler.

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/2590684/lepper-terceiriza-30-da-pr...

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Empresa Familiar Busca Mudança na Cultura Interna

O movimento da Lepper, de deixar de ser tão verticalizada (a empresa tem todas as etapas de transformação industrial do fio até o produto final dentro de sua estrutura produtiva), é tardio em relação ao que outras companhias do setor já vêm fazendo há mais tempo. Para a vice-presidente Gabriela Carneiro de Loyola, houve uma demora porque foi necessário alterar a cultura da organização.

"Está tarde, mas uma empresa familiar tem essa cultura de que tudo tem que ser feito internamente. Toda vez que se tentava abrir um pouco algum processo para terceiros, havia essa cultura de que o que era feito em casa era melhor. A ideia era verticalizar. Mas isso passou. Agora, o processo é o de olhar para fora", disse ela, que representa a terceira geração à frente dos negócios. Na presidência está sua irmã Maria Regina Loyola Alves.

O presidente do Conselho, Henrique Loyola, já vinha alertando, há cerca de quatro anos, que a Lepper precisava ser uma distribuidora acima de tudo, atendendo ao mercado de cama, mesa e banho. "Mas entre querer e fazer, foram alguns anos. Não se muda uma cultura em pouco tempo", diz Gabriela.

Um exemplo prático dessa mudança veio em 2011, quando a empresa decidiu que não mais construiria uma nova instalação, mudando para uma nova planta em Joinville (SC). " Há seis anos começou um projeto de saída do centro da cidade. Mas decidimos, no ano passado, que vamos apenas melhorar as instalações onde a Lepper está e investir em terceirização. Há uma superoferta de tecidos no Brasil e no mundo, por que vamos investir nisso se tem quem nos vai oferecer?", questiona a empresária.

Por enquanto, a Lepper não tem planos de investimento em varejo próprio, como outras empresas do segmento já começaram a fazer. (VJ)

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/2590698/empresa-familiar-busca-mud...

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Respostas a este tópico

A dura realidade: O terceirizado que se dane. Tem que se preparar para receber encomendas e parar no momento que o contratante quizer! E não adianta ter contrato. " Pare ou não lhe pago"

Solucao viavel e necessaria para o sobrevivencia da veneravel firma. Melhor assim do que fechando as portas. Que nao vendam fardas para as Forcas Armadas e para confeccao de Bandeiras. O reste se entende, Sobrivivam! SdM

a cada dia estamos fortalecendo o gigante Asia!!!! até qdo vai esta burrice???? ja dei exemplos de custos aqui....o custo de um produto da china é menor que o custo de materia prima aqui no Brasil!!!! isto é globalizaçã????economias diferentes NAO PODEM SER GLOBALIZADAS!!!! é um principio basico !!!!

mas vamos continuar a esmolar para que mantenham trabalhando algumas confecçoes ......até importarem 100% da Asia!!!

pelo amor de Deus : TEMOS QUE DAR UM BASTA NESTA MERD...AGORA!!!!!SOMOS RRESPONSAVEIS POR ASSISTIR TUDO DE GALERIA E DEIXAR O PAÍS QUEBRAR!!!!!SOMENTE RECLAMAMOS ....NADA FAZEMOS DE CONCRETO !!! ESTA PORCARIA ESTÁ CADA DIA PIOR!!!!E DEPOIS DA MANIFESTAÇÃO DO DIA 4......NO MINIMO O GOVERNO DIRA: ESTAMOS ESTUDANDO!!!!VAMOS REINDUSTRIALIZAR O BRASIL!!!  e acreditamos!!!!! pessoal vamos tomar atitudes mais energicas, de acordo com nosso cenario economico!!!!!QUEREMOS INDUSTRIAS E PONTO FINAL!!!! TODOS OS SEGMENTOS...MAS... INDUSTRIAS JÁ!!!!!

É do veneno que se extrai o antidoto.

Tomara que essas "indústrias" que estão importando de terceiros para vender no mercado interno, aprendam a ser tão eficientes quanto as empresas das quais estão comprando.

Se os seus clientes aprenderem o caminho, certamente irão comprar direto e ai,Tchau !

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