Executivo destacou a importância do Edge e anunciou novas soluções criadas para inteligência artificial na abertura do Dell Technologies World.
“O futuro da IA será descentralizado, de baixa latência e hiper eficiente.” Com essa afirmação, Michael Dell iniciou sua apresentação na keynote de abertura do Dell Technologies World 2025. O evento, realizado anualmente pela Dell, ocorre em Las Vegas entre os dias 19 e 22 de maio e, neste ano, traz anúncios e dados relevantes sobre o futuro da inteligência artificial (IA).
Segundo o CEO, embora o tema não seja novo para o mercado, a presença da IA tende a crescer na rotina de empresas e pessoas. Dados apresentados indicam que 75% das organizações consideram a IA essencial para suas estratégias, e 65% delas já conseguiram implementar projetos com sucesso.
Para Dell, a IA deixou de ser uma tendência e passou a ocupar um papel fundamental, comparável ao da eletricidade, ao liderar uma transformação na forma como as pessoas pensam, se relacionam e trabalham. O próximo passo dessa mudança está nos agentes de IA, apontados como a principal aposta do setor para 2025.
No entanto, a adoção efetiva da tecnologia depende de infraestrutura – especialmente da gestão e movimentação de dados. “A IA seguirá os dados, e não o contrário”, afirmou o CEO. Com base nessa premissa, a Dell tem direcionado investimentos para o desenvolvimento de hardware e software capazes de viabilizar o crescimento da IA, com impacto direto nos principais componentes da indústria de tecnologia.
Atualmente, 80% dos dados estão armazenados em ambientes de arquivamento a frio. A expectativa da Dell é que, em breve, esses dados migrem para áreas de maior circulação – chamadas de quentes e mornas – com milhares de sistemas multiagentes executando milhões de tarefas. “Em muitos aspectos, a arquitetura moderna não é um destino, e sim uma via de inovação contínua”, afirmou o executivo.
Além da visão tecnológica, a fala também se apoia em projeções econômicas. A Dell estima que, em 2025, os investimentos globais em IA chegarão a US$ 1 trilhão. Até 2030, a tecnologia poderá adicionar US$ 15 trilhões à economia global. Desde 2024, a empresa atua com uma nova estratégia chamada AI Factory, baseada na oferta de soluções integradas à infraestrutura dos clientes.
Mais de 3 mil empresas já utilizam os recursos da AI Factory. Durante o evento, a Dell anunciou uma nova fase da estratégia, com foco na borda (edge), que deve se tornar o principal ponto de geração e processamento de mais de 75% dos dados empresariais.
Para atender a essa demanda, a companhia apresentou o Pro Max AI PC, primeiro equipamento portátil com NPU de nível corporativo integrada. O modelo utiliza o chip de inferência Qualcomm AI 100 PC, possui 32 núcleos de IA e 64 GB de memória, sendo voltado a engenheiros de IA e cientistas de dados que operam grandes modelos.
Segundo Michael Dell, “os PCs atuais estão se transformando em estações de trabalho de IA extremamente rápidas. O nosso Dell Pro Max com Nvidia GB 300 oferece até 20 petaflops de desempenho e 800 GB de memória – o suficiente para executar e treinar modelos a um trilhão de quadros por segundo.”
A Dell anunciou a atualização da sua plataforma de dados Lightning, que agora opera com uma taxa de transferência até duas vezes maior que a versão anterior. O investimento acompanha a adesão crescente dos clientes à estratégia AI Factory, que conta com a Nvidia como parceira estratégica desde o início.
Lançada em 2024, a AI Factory foi desenvolvida em colaboração com a fabricante de chips. Durante a keynote, a Nvidia marcou presença com um vídeo do cofundador e CEO, Jensen Huang. Na ocasião, a Dell apresentou a versão 2.0 da AI Factory, que passa a contar com suporte à plataforma Nvidia Vera Rubin, por meio do novo servidor Dell PowerEdge XE, projetado para sistemas integrados em rack escaláveis.
Como parte dessa nova fase, a empresa lançou uma solução integrada para incorporar a plataforma de dados de IA da parceira, com foco na aceleração de aplicações e ferramentas de IA agêntica. Também foram apresentados novos servidores PowerEdge, capazes de suportar até 192 GPUs NVIDIA Blackwell Ultra, com refrigeração líquida direta ao chip.
Com o aumento da potência e da escalabilidade, cresce também o consumo de energia. Em resposta, o CEO da Dell reforçou o compromisso da companhia com a sustentabilidade. Os novos processadores contam com um sistema de resfriamento que consome até 60% menos energia em comparação com equipamentos equivalentes.
Segundo o executivo, “estamos vivendo uma era de ouro do progresso, mas isso exigirá muita infraestrutura e muita energia. Diante disso, precisamos de novas fontes de energia renovável e data centers hipereficientes, com gerenciamento inteligente de energia e refrigeração líquida otimizada. Para concretizarmos as possibilidades da IA, precisamos fazer isso com responsabilidade.
*a jornalista viajou à Las Vegas a convite da Dell Technologies
https://itforum.com.br/noticias/ia-seguir-dados-michael-dell/
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