Por Interface
texto publicado originalmente na edição de maio da Revista Guia Marítimo Especial
As escolhas feitas por cada tipo de gestão variam entre utilizar operadores logísticos ou administrar o próprio estoque, delegar parte da produção ao gestor das unidades de armazenagem, manter instalações próprias ou terceirizar os espaços por meio de cross-docking, compartilhar centros de distribuição com outros clientes do operador ou optar por unidades exclusivas.
Seja qual for a opção para gerenciamento logístico da produção, a atividade é imprescindível para a competitividade da empresa e interfere diretamente nos custos, integridade e imagem do produto.
Localizada em Contagem, no estado de Minas Gerais, a indústria de alimentos congelados Forno de Minas, cujo principal produto é o pão de queijo, optou por terceirizar todos os seus estoques, exceto o da própria cidade onde fica a fábrica. O gerente de logística da companhia, Luís Villani, conta que toda a mercadoria distribuída pela Forno de Minas no país é acondicionada em centros de distribuição terceirizados, compartilhados, e com operadores logísticos locais, “a maneira mais eficiente para fazer o produto chegar ao mercado bastante pulverizado”.
Já a indústria de produtos para iluminação OSRAM fechou recentemente as instalações de produção e de armazenagem em Osasco para transferir toda a atividade da empresa para um depósito recém-inaugurado com gestão da suíça Kuehne + Nagel, que fará não apenas as atividades de inbound e outbound como também será responsável pelo gerenciamento de estoque.
O transporte e a gestão de importações, bem como a distribuição dos produtos, ainda são realizados por prestadores de serviço contratados pelo próprio cliente. Porém, o CEO da OSRAM, Everton Mello, diz que a parceria deve se fortalecer pelos próximos anos.
Com três Centros de Distribuição espalhados pelo interior de São Paulo, o presidente do Grupo Martins, Lourival Martins, garante que a opção por espaços compartilhados, os chamados “Campus”, oferecem vantagens como custo e expertise, embora aumentem relativamente a possibilidade de erros nas operações.
Por outro lado, há empresas que viveram a experiência da terceirização, e hoje optam por administrar suas próprias unidades de armazenagem e distribuição, como a indústria de telhas Eternit, que mantinha um CD até abril de 2015, mas decidiu migrar os produtos para as unidades próprias e dispensou a gestão de operador logístico. “Atualmente, a Eternit efetua o armazenamento de produtos somente em suas unidades fabris, tendo como principal motivo para essa migração o custo da gestão e da movimentação”, conta Guilherme Ravelli Chicuto, Gerente de Suprimentos e Logística do Grupo Eternit.
Com operações essencialmente baseadas no transporte rodoviário e marítimo, especialmente nos fretes internacionais, a Eternit hoje em dia controla o fluxo das próprias mercadorias. “Utilizamos fortemente o modal marítimo, com algumas exceções aéreas, além de cabotagem para transporte nacional, de Manaus a Itapoá”, explica Guilherme Chicuto, que vem também avaliando operações envolvendo as ferrovias, um modal que a empresa já utilizou no passado, mas que considera estudar por conta de novas rotas criadas recentemente.
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