Bem, estou no meio de um tiroteio de atividades diversas: Primeiro estou tentando – decentemente – lançar o meu primeiro livro em português, O PAPA BESOUROS. Creio que o lançamento de um livro e talvez tão difícil como escrevê-lo, principalmente quando se trabalha arduamente na Indústria Têxtil.
Na atividade secundaria de escritor, temos que assinar contratos, participar de eventos e informá-los aos amigos e colaboradores, separar livros para divulgação e distribuí-los, ouvir cuidadosamente as minhas queridas editoras, a Salete Moraes e a Guacira Gil (Redes Editoras, Porto Alegre), e obedecer as diretrizes da Miss Roberta Martinewski-Livi, a nossa Agente Literária, que sempre pensa melhor do que eu.
Aliás sempre achei que as mulheres pensam melhor do que nόs homens e sempre gosto de trabalhar com elas. Não é por “gavionisse” ou “galinhagem”, mas por bom senso. A mulher é como minorias étnicas ou imigrantes: Creio que elas têm que ser melhor do que os homens para receberem igual tratamento. Mas isso é outra vertente, e dela me saio.
Também há a versão do livro para o inglês, que será o THE BUG EATER, para a qual pedirei ajuda alhures, por falta de tempo. Também há o problema dos anglicismos: depois de passar 2/3 de minha vida fora do Brasil e longe da comunidade de imigrantes brasileiros, o português começa a se tornar o segundo idioma e mais cuidado é preciso para não usar o “gerenta” e “presidenta”.
Há também o trabalho de arte da capa, e de arrebanhar amigos atarefados a finalizar os seus comentários nas costas do livro e trabalhar no sumario das orelhas – alem de registra o livro propriamente no Brasil e alhures, e uma serie de coisinhas que consumem tempo e enche até saco de filό de Nova Friburgo.
Tudo isso seria mero trabalho braçal, fosse eu escriba de tempo integral: Mas tal não é o caso: a minha vida profissional, o meu tempo integral é com a Indústria Têxtil, a qual, como a tão decantada “mulher de vagabundo” do Nelson Rodrigues, quanto mais dor de cabeça eu tenho, parece que gosto mais. “Bata-me que eu gosto”, deveria ser o nosso lema. Alias não entrarei nesse assunto, mas todos nόs aqui sabemos que a nossa indústria é uma CACHAÇA! É um vicio. Há dias em que acordamos e contemplamos outras ofertas e possibilidades, mas, mesmo em tempos de Kaliuga (tempos horríveis - Hinduísmo), mesmo apanhando como “boi ladrão”, ameaçamos, vituperamos, mas não arredamos o pé do Têxtil. Eu sou assim - e tenho certeza que a maioria aqui concorrera comigo.
Voltando ao corre-corre do livro, tive que coordenar e adequar ao trabalho; vou tirar sete dias de férias para o lançamento do livro; tenho que voar a Porto Alegre e umas três outras cidades para cuidar de temas como esse. Nesse intervalo visitarei minha mãe, Dona Yolanda de Mattos, em Vitoria, e ainda estou tentando convencê-la a estar em Porto Alegre durante o lançamento; mas para isso tenho que organizar a sobrinha Mariana a ir com a ir com ela, pois a mãe e uma guria de 86 anos...
Enquanto isso, ando coordenando uma compra de maquinas (teares Sulzer a projeteis) feita na America Latina e finalizar a compra de 30 falatórios Open Ends Schlafhorst, e me preocupar em encontrar e comprar mais maquinários - que já desaparecem dos mercados: as maquinas mais novas, são sugadas pelas fabricas da China e as mais modesta pelas fábricas da Índia, Paquistão e Bangladesh. Também à medida que o parque industrial têxtil Brasileiro se moderniza para aumentar a competição com a China, mais maquinas usada surgem no mercado brasileiro, que aí mesmo são bem vendidas (geralmente a três compradores locais), mas boa sorte para todos os compradores e vendedores locais - principalmente para esses últimos - e eu corro para outros mercados de venda. Aliás, quando eu compro maquinas no Brasil, eu assino um termo contratual de vendê-las fora do Brasil e cumpro a minha palavra. Mas essa coisa de vende-las no Brasil, muitas delas caem no semi-árido, em fundo de quintais, na “industria informal”, e por maior que seja a produção e eficiência das “grandes”Industrias, não há como competir com o infame “fundo de quintal” que não tem carteiras de trabalho assinadas, e são liberais no pagamento de impostos... Mas isso não é diretamente o meu problema, não posso evitar os meus amigos de atirarem em seus próprios pés.
Mas o “ferro velho” da Indústria Têxtil Brasileira, vendido localmente, é o menor de seus muitos problemas. O grande problema é o fio e o pano entrando no Brasil ilegalmente, contrabandeado ou com notas fiscais “michas”: O importador/contrabandista compra 150 mil metros de Denim, por exemplo, faz toda a papelada “bonitinha” e no “esquema”, e entra mais 850 mil metros “por fora”. Isso é uma sacanagem que existe, é uma vergonha: o contrabando entra por todos os portos e fronteiras, e todos nόs sofreram com isso; mas isso é um problema da PF e do IR. Boa sorte para ambos.
Bem Sam, já ouvia a sua choradeira, diria você: O que tem ela a ver com a sua mal escrita aqui no blog? Você anda “tuteando” no meio do “você” (misturando isso com isto), comendo palavras e até relógio que logicamente deve ser atrasado você o “adianta” e sem falar as falta de acentos, má aplicação de algumas crases, etc. – e sem contar com os erros decorrentes da nova ortografia...
Verdade, amigos: aos sábados, quando acordo mais cedo para dar uma olhada nos meus escritos, vejo as “rateadas”. Alguns amigos/as do blog ou do facebook me dão umas aulas gramaticais aqui e acolá (obrigado os amo mais por isso) e vou empurrando a coisa com a barriga. Por exemplo, já não tenho mais tempo de escrever os meus “jornais”, os meus “diários”. Então uso vocês como cobaias, e esse bla-bla-bla é mais a guisa de substituir os jornais não mais escritos.
Claro, que eu não gosto não gosto de coisas mal escritas, ainda que seja só para esta meia dúzia de amigos que lêem estes rabiscos. Mas, assim mesmo, prometo a vocês que: (1) Vou re-ler o que escrevi; (2) Vou tentar olhar para o monitor depois de cada sentença (só uso quatro dedos e não sei digitar com os olhos na tela). (3) Vou tentar editar um pouquinho mais.
Esse é o mínimo de cortesia de posso oferecer a vocês.
Semper Fidelis,
Sam de Mattos
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