Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Bancos públicos são responsáveis por 75% dos financiamentos na habitação

Bancos públicos são responsáveis por 75% dos financiamentos na habitação

Por InfoMoney

SÃO PAULO – Bancos públicos são responsáveis por 75% dos financiamentos na habitação. Mesmo com a crise financeira de 2008, os empréstimos para a compra da casa própria crescem, desde então, cerca de 40% ao ano, impulsionados pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Os dados são de Comunicado do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta quarta-feira (10).

De acordo com o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, Victor Leonardo Araújo, “independentemente do componente social do Minha Casa, Minha Vida, o programa foi uma das medidas de contenção da crise e se mostrou eficiente. Em 2009, os empréstimos habitacionais cresceram 55%, o que estimulou fortemente a produção nacional”.

Concentração

O estudo mostra ainda que a participação dos bancos públicos nos financiamentos para habitação vem crescendo nos últimos sete anos, de 67% em dezembro de 2003 para 75% em dezembro de 2010.

O comunicado aponta também que, em 2006, somente 22 instituições do sistema bancário brasileiro participavam do SBPH (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Apenas uma delas era federal, a CEF (Caixa Econômica Federal).

O financiamento imobiliário, com recursos direcionados, responde por 70% da carteira da CEF. A participação da instituição no mercado de crédito imobiliário atinge 77,4% do total.

Na modalidade de financiamento habitacional, os bancos privados responderam com defasagem, expandindo suas operações com mais vigor somente a partir de 2008. Esse cenário fez com que a CEF sustentasse o crédito habitacional na sua fase inicial.

Outros setores

De modo geral, a pesquisa mostra que, desde 2008, as instituições financeiras privadas reduziram o ritmo de aumento dos financiamentos. A taxa era de quase 25% e ficou abaixo de 10% em 2010. Ao mesmo tempo, os créditos concedidos por bancos estatais chegaram a subir acima de 30% em 2009, reduzindo os efeitos da crise mundial sobre o consumo e a produção no País. “O Brasil vive, desde 2004, um ciclo inédito de aumento ininterrupto do crédito. Até 2007, os privados puxavam os financiamentos. Em 2008, a curva se inverteu, o crédito dos bancos privados desacelerou fortemente e o crescimento foi sustentado pela atuação anticíclica das instituições públicas”, afirma Araújo.

O estudo revela ainda que, além de auxiliarem o governo em momentos de crise, os bancos públicos federais continuam tendo relevância nas políticas públicas de desenvolvimento econômico. Houve aumento da participação privada na concessão de crédito rural, provocada principalmente pela elevação dos preços das commodities, mas 55% do volume total continua concentrado em instituições estatais. “Além de ter maior parcela dos financiamentos, os bancos públicos atuam em segmentos que estão fora de setores mais capitalizados do agronegócio, como a agricultura familiar”, completa o técnico.

 

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