Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Bope quer trocar uniforme preto por ser 'alvo fácil' e para evitar calor

Proposta é usar farda esverdeada, inspirada em americanos no Iraque.
A cor preta, no entanto, poderá ser usada em operações noturnas.

Soldado americano passa por pastor afegão durante patrulha na província de Kandahar nesta quarta-feira (21). (Foto: AP)
 
Bope propõe uso de uniforme semelhante aos dos soldados americanos no Afeganistão
Com termômetros marcando até 40º C neste verão, os homens de preto do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio podem ganhar uniformes mais leves e de cores mais claras. O projeto, ao qual o G1 teve acesso, é do subcomandante da unidade, tenente-coronel Fábio Souza.

Uma pesquisa realizada com policiais do Bope mostrou que 65,79% dos agentes acham o uniforme atual inadequado para ações em favelas cariocas. Destes, 48% reclamaram do calor da roupa de trabalho e 28% ressaltaram que a farda preta torna os agentes "alvos fáceis". 

 

Preto é identificado 2 vezes mais rápido
Pensando nisso, foram feitos testes na Favela Tavares Bastos, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, onde fica a sede do batalhão. Neles, foi possível comprovar a reclamação dos agentes. Em comparação com o uniforme camuflado proposto, os policiais de vestimentas pretas foram identificados duas vezes mais rápido do que os de roupas claras.

A ideia é usar o padrão digitalizado, inspirado no modelo norte-americano, que é mais leve, feito de algodão e poliamida, semelhante aos usados no Iraque e no Afeganistão. O tecido, segundo a polícia, é ainda resistente a chamas e seca mais rápido.

 

Policiais durante operação do Bope na Vila Cruzeiro nesta sexta-feira (26) (Foto: Felipe Dana/AP)
Policiais durante a megaoperação na Vila Cruzeiro em novembro
 
 
Calor vira sacrifício para policiais
O uso do uniforme preto, diz o documento, “se torna um sacrifício extra com possíveis casos reais de desidratação e intermação" e, "em indivíduos com condições de estresse máximo por calor, o mecanismo de transpiração torna-se ineficiente”.

O relatório do tenente-coronel lembra ainda que, o estado do Rio, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), fica exposto ao sol, em média, 173 horas por mês. “A cor preta absorve a luz solar, não a refletindo completamente e, com isso, retém calor”, diz o documento.

 

Preto continua para ação noturna
O projeto, ainda sem data certa para entrar em vigor, propõe a mudança apenas para operações policiais em morros e favelas durante o dia.

A pesquisa apresentada no relatório afirma, no entanto, que 96,05% dos policiais acham que o uniforme preto é eficiente para operações de resgate e retomada de reféns. Por isso e pelos testes, a unidade propõe que o uso do preto seja mantido em ações noturnas e de resgate.

 

Policial do Bope durante operação na Vila Cruzeiro nesta quinta-feira (25) (Foto: Felipe Dana/AP)
Policial do Bope em frente a blindado da Marinha, durante operação na Vila Cruzeiro

 

 

Policiais em ação carregam 25 kg
Segundo a polícia, o uniforme atual usado pelas equipes que atuam nas ocupações em favelas pesa cerca de 25 kg. A farda inclui colete tático preto (com local para colocar carregador de armas, rádio e kit de primeiros socorros), colete balístico, joelheiras, cotoveleiras, cantil, coturno, capacete, cinto de guarnição e coldre, todos pretos, além de uma pistola como segunda arma, e um fuzil como armamento principal.

Desde a criação do Bope, os agentes da unidade usavam farda azul marinho, sem coletes balísticos nem capacetes, apenas com um suspensório, cinto de guarnição, um boné e par de coturnos. A cor preta foi implantada em 1992, inspirada na tropa inglesa conhecida como SAS (Special Air Service), mas, na época, não foi realizado nenhum tipo de validação científica. A cor preta era vista como arma psicológica e tinha por objetivo principal intimidar o inimigo.

 

FONTE: PORTAL G1

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Comentário de Fabrício Leite em 21 fevereiro 2011 às 17:05

Boa observação Sam...

Já vendi muito fio para clientes que trabalhavam com licitações do exército.

E olha que os caras no recebimento faziam "n" análises, loucos para  multar o fornecedor! pegavam muito na questão da solidez que também acho importante mais tinha reprovação no delta H

Isso era de chorar!!! Será que fizeram isso com o importado???

Comentário de Sam de Mattos em 21 fevereiro 2011 às 16:45
 

O preto tem um impacto emocional grande. O "Bicho Papão" esta chegando!

Também conota a morte, o tão temido (na bandidagem) "exu caveira" - se um lenço vermelho fosse adicionado.

Camuflagem seria mais apropriado para os militares.

Mas se camuflagem realmente salvar vidas, que troquem os uniformes de todos os policiais para camuflagem não camuflagem de deserto, que eh amarelada e fora do deserto torna o policial tão visível – ou mais – como se vestido em preto.

A camuflagem do IRAQUE para uso em ruas e favelas é pura idiotice e síndrome de "Rambo". Ela é para se mesclar com o amarelo e pedras do deserto.

Para as ruas e favelas, a ideal seria a camuflagem parda e com desenhos tipo "DAZZLE", estes que os navios usavam na II Guerra mundial. Semper Fidelis, Sam de Mattos

OBSERVACAO: SEJA QUAL FOR O UNIFORME, Dona Dilma, que se resalvem que o TECIDO DEVE SER FABRICADO COM FIOS E TECIDOS BRASILEIROS, e nao importados da China, como fizeram com o uniforme de camuflagem do Exercito. Dona Dilma, aquilo foi SACANAGEM com a nossa sofrida Industria Textil brasileira e ate falta de PATRIOTISMO.

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