Como vão nossos talentos mercantis?
Pensava nisso, quando me veio uma resposta: Regionais!
Minas Gerais tem grandes lições sobre distribuição de mercadorias, pouco conhecidas de nossos profissionais e escolas de negócios. Não citarei nenhuma, mas recomendo uma viagem e pesquisa pela internet, pelo menos, pois garanto, vale a pena.
Daí podem sair grandes dicas para atravessarmos fronteiras.
Em um mundo dominado por poucos poderes, não importa quem exporta – apenas alguns produzem-, importa quem importa. Assim nações criavam suas colônias e abriam novos mercados.
No mundo globalizado, onde a capacidade e a competência para produção estão disseminadas, a forte concorrência privilegia quem se destaca. Esse destaque é obtido pela qualidade, pela marca e, principalmente, pela forte referência da origem.
É bom porque o café é brasileiro; tem qualidade reconhecida. Estes são fatores de conquista de mercado, passaporte para as fronteiras.
E a marca, que papel exerce? Esta é o fator de preferência do consumidor!
Quando um empresário, sua empresa, produtos e marcas, lutam, isoladamente, para conquistar um mercado, enfrentam enormes barreiras pela diferença de poder na concorrência.
Pense comigo:
Quem tem maior probabilidade de conquista de mercado, a marca A de vinho – ainda que Francês - ou a ação em conjunto de vinhos Franceses?
A marca B de charuto – ainda que Cubano – ou a ação em conjunto de charutos Cubanos?
A marca C de eletrônicos – ainda que Japonês- ou a ação em conjunto de eletrônicos Japoneses?
Se lhe disserem que o relógio XYZ é de excelente qualidade – não sendo você um especialista – como o conceituará?
Ora, a informação que lhe deram não foi essa: “Este é um relógio da marca XYZ, Suíço!”
Faz muita diferença, não?
Pouco provável que tenha a qualidade questionada.
Marcas, mundialmente famosas, atravessam fronteiras e dificultam nossa percepção. Quando acontecer, volte na origem.
Verá que estas são as que permaneceram por terem conquistado a preferência do consumidor, entre muitas que conquistaram o mercado.
Nesse sentido precisamos aprender muito. Não são as grandes equipes, apenas, que dão destaque aos nossos jogadores. É o futebol brasileiro.
A família Gracie tem grande destaque no consagrado ambiente do Brazilian Jiu-Jitsu, que congrega atletas de diferentes “Escolas”.
Claro que profissionais reverenciados atraem os olhares e atenção ao nosso mercado, mas a continuidade não se dá pela relevância de um, mas pelo conjunto da obra de uma fonte.
Que grande lição nos deixam o voleibol e o automobilismo nesse aspecto!
Esse é um detalhe que ainda não nos demos conta, suficientemente, para levarmos a sério. Desconhecemos esse fato? Claro que não! É Obvio demais!
Regiões selvagens jamais seriam conquistadas por apenas meia dúzia de isolados pioneiros. A ação conjunta é que permitiu que tivessem sucesso.
Simples? Sim, mas conhecimento não serve para nada se não o aplicarmos.
Para isso é que servem as associações entre os homens: ações cooperadas.
Cooperando derrubamos barreiras e conquistamos o direito de estar presente em novos mercados; competindo conquistamos a preferência do consumidor.
Uma fantástica ação de coopetição – competir, cooperando - que precisamos reconhecer e incentivar.
Branding é o trabalho de construção e gerenciamento de uma marca no mercado. Esta precisa urgentemente de nossa união para destaque, em busca de relevância e visibilidade: Made in Brazil.
Sem relevância não importa o que façamos, pouco iremos exportar.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: Ivan.postigo
Autor dos trabalhos
Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área ...
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
Simulador de resultados adotando premissas
Simulador: Cálculo de Prospecção de Clientes para Metas e Cotas de Vendas
Comentar
Bom dia José Carlos,
Obrigado!
Há duas formas de se fazer o marketing: com empresas e com indústrias.
Com empresas é necessário recursos substancias, pois é uma ação isolada. isso é reservado às grandes.
A pequena empresa precisa agir com o conceito cooperativo ( que chamo indústria ).
Cooperando conquistarão mercado ( entrando, divulgado, estabalecendo conceitos, fixando origem, etc ) e competindo conquistarão clientes. A ação indústria é uma ação de coopetição.
O conceito cooperativo é que precisamos aprimorar no nosso país. Nosso modelo empresarial é extremamente individualista.
Essa é uma questão que temos que debater muito até tornar o conceito uma realidade.
Abraço !
Ivan, bom dia! Parabéns pelo raciocínio claro! Quero pensar mais a respeito - desconfio que isso vale até para micros mercados; de repente dá prá se pensar num mktg de pulgas, ao invés de elefantes! Ou num mktg de manada! Seja com o mix de produtos, seja com grupos de clientes! Ou seja - como potencializar o efeito residual das ações?
Obrigado!
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